Boletim Semanal: Economia Global e Ômicron ditam o mercado no começo do ano. Confira as projeções para bolsa, juros, câmbio e inflação

Comece o ano lendo o primeiro boletim semanal de 2022

Na última semana do ano de 2021 os mercados globais continuaram repercutindo os desdobramentos da Ômicron, nova variante da Covid-19. No dia 18/12, terça-feira, foi registrado o recorde para novos casos de infecções em um único dia, com cerca de 1.450.000 pessoas testando positivo para a doença ao redor do mundo.

Felizmente, o número de mortes não tem acompanhado o de infectados. Nos Estados Unidos, por exemplo, devido ao caráter menos agressivo da Ômicron, o CDC, Centro para Prevenção e Controle de Doenças, reduziu o período de quarentena para pessoas que tiveram contato com o coronavírus, passando de 10 para apenas cinco dias. Espera-se que, com essa medida, o impacto na mão de obra seja atenuado, uma vez que os funcionários afastados ficarão menos dias fora do trabalho.

A China continua no centro das atenções do mercado financeiro, embora preocupações com a Ômicron sejam monitoradas de perto, o mundo de maneira geral está ansioso por saber se o país é capaz de continuar crescendo a taxas altas como vem acontecido até então. Na última semana, as ações da incorporadora Evergrande chegaram a cair 9% em apenas um dia, logo após a veiculação de notícias de que a empresa não pagou dívidas internacionais. Apesar disso, o governo e o banco central chinês reafirmaram compromisso e apoio para o crescimento do país.

Com um PIB de cerca de US$15 trilhões, a China detém o título de maior economia exportadora do mundo e, atualmente, é o principal parceiro comercial do Brasil, tanto em importações como em exportações. Assim, os impactos no crescimento do PIB da China causam efeitos em toda a cadeia econômica global. Os produtos mais exportados do Brasil para a China são: soja, minério de ferro, açúcar e carne.

No Brasil saíram dados do IGP-M que subiu 0,87% em dezembro, ante 0,02% em novembro, sendo a segunda maior alta mensal do índice desde sua criação em 2002. O principal motivo para este aumento é a transformação do consumo gerado pela pandemia.

Leia também: Retrospectiva do mercado financeiro em 2021

Confira como o mercado encerrou a semana

Destaques do Ibovespa

Veja as empresas que mais valorizaram e as que mais se desvalorizaram na semana.

O grande destaque do Ibovespa na semana foi para as varejistas VIIA3 e MGLU3, que subiram 16,70% e 16,50% respectivamente. Não foi divulgado nenhum fato novo ou desconhecido pelo mercado, assim este aumento foi compreendido como uma correção devido às fortes quedas que estas ações sofreram nos meses anteriores.

Câmbio

O Dólar encerrou a semana com queda de 0,95% em relação ao Real, cotado em R$5,57/USD.

Carteiras Recomendadas

A casa de research independente Benndorf fez apenas um ajuste na sua carteira recomendada Absolute 15, removendo as ações da Petrobrás. O restante da carteira segue inalterado.

Já a Levante Corp retirou da sua carteira sugerida as ações da Lojas Renner (LREN3) e incluiu Gerdau (GGBR4).

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Boletim FOCUS

O Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central com as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado, foi divulgado hoje pela manhã. Historicamente, o primeiro relatório FOCUS do ano costuma ser o mais errado da série, uma vez que a dinâmica da economia vai se alterando ao longo dos meses seguintes, e as instituições fazem seus ajustes para refinar a previsão.

Confira as projeções do Boletim Focus para o ano de 2022

Ainda no assunto projeções para 2022, o Jornal Valor divulgou o gráfico abaixo com a previsão realizada por instituições financeiras para o Ibovespa ao final do ano.

Fonte: Valor

Confira os assuntos que podem impactar seus investimentos essa semana.

Na quarta-feira, 05/01, os mercados estarão atentos à divulgação da ata do FOMC – Federal Open Market Commettee – similar a ata do COPOM brasileiro, que deve dar mais detalhes sobre a subida de juros nos Estados Unidos. 

Na sexta-feira, dia 07/01 serão divulgados os dados sobre empregos não agrícolas também nos Estados Unidos.

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