Por iHUB 11 de maio 2023
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Saiba as vantagens e desvantagens de investir no Tesouro IPCA+ 2045

O Tesouro Direto é uma plataforma de investimento em títulos públicos do Tesouro Nacional. Ela é conhecida por proporcionar aos investidores opções mais seguras e acessíveis no mercado de renda fixa, sendo um de seus títulos mais conhecidos o Tesouro IPCA+.

Com os juros elevados no Brasil, os títulos públicos do Tesouro Direto vem se popularizando cada vez mais, fazendo com que muitos migrassem da renda variável para a renda fixa. 

Para os investidores de longo prazo, alguns títulos com prazos de investimento mais elevados podem ser alternativas relevantes a se analisar, como o Tesouro IPCA+ 2045.

Mas será que vale a pena investir no Tesouro IPCA+2045? Veja do se trata esse título, e entenda quais são os riscos associados a ele.

O que é Tesouro IPCA+ 2045?

O Tesouro IPCA+ 2045 é um título público de renda fixa cuja emissão é realizada pelo Tesouro Nacional. Nesse caso, a data de vencimento do título acontece em 2045. 

Os juros que remuneram o detentor desse título de dívida estão associados ao índice de inflação oficial do Brasil, o IPCA. 

Somado a variação da inflação acumulada até a data de vencimento, a rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 também possui uma taxa pré-fixada que, por sua vez, é acordada no momento da compra do título e não se altera ao longo do tempo depois de sua aquisição.

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O Tesouro IPCA+ 2045 é seguro?

O Tesouro IPCA+ costuma ser um título conhecido por sua segurança. Isso ocorre porque além do seu emissor ser o Tesouro Nacional, esse título público busca oferecer uma proteção contra a inflação, ou seja, oferece uma rentabilidade real (superior à inflação).

Vale destacar que o Tesouro Nacional é responsável pela administração da dívida pública do Brasil. Desse modo, é um órgão associado ao Governo Federal, o que torna baixo o risco de inadimplência para esse tipo de título, inclusive no caso do IPCA+ 2045.

Outro fator que aumenta a segurança do Tesouro IPCA+ é que é um título assegurado pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Esse é um mecanismo que garante o retorno de até R$250 mil por CPF, desde que ocorra falência da instituição financeira.

Basicamente, é um fundo que garante a devolução do valor investido em caso de insolvência da instituição. Por outro lado, as perdas atribuídas ao investimento propriamente ditas não são garantidas pelo FGC.

Uma das vantagens associadas ao IPCA+ 2045 em comparação aos demais títulos públicos do Tesouro Direto se dá em sua tributação. 

Isso porque a alíquota de Imposto de Renda (IR) diminui conforme o aumento do prazo de vencimento do título, podendo chegar a mínima de 15% no caso de papéis com vencimento superior a 720 dias (quase 2 anos).

Do mesmo modo, algumas das vantagens do IPCA+ 2045 estão relacionadas a sua rentabilidade mais previsível (em partes), facilidade de acesso e proteção contra a inflação.

Riscos do Tesouro IPCA+ 2045

Apesar de ser um ativo bastante seguro em diversos pontos, o Tesouro IPCA+ 2045 também traz certos riscos ao investidor. 

Um deles é no caso de o investidor decidir vender seu título antes do prazo de vencimento, existindo a possibilidade de que ele registre perdas, mesmo sendo um título de renda fixa, conforme a marcação a mercado do título no momento da venda, sendo este um dos riscos do IPCA+ 2045.

Além disso, embora os títulos de renda fixa do Tesouro Direto sejam conhecidos por sua segurança, os riscos associados ao papel se tornam maiores, à medida que o prazo de seu vencimento seja em uma data mais distante, sendo o IPCA+ 2045 um exemplo disso.

Quanto mais elevado for o prazo de vencimento de um título público, maior será a sua exposição às variações de juros. Com isso, o seu preço tende a ser mais volátil, fazendo com que seu risco se torne maior.

Outro ponto a se destacar é que investimentos a longo prazo na renda fixa podem trazer maiores incertezas de como estará o cenário macroeconômico da época de seu vencimento.

Assim, no prazo de vencimento do IPCA+ 2045, ou seja, daqui a 22 anos, a rentabilidade desses títulos podem ser mais ou menos compensatórios em relação aos papéis de curto prazo naquele momento.

Uma questão a ser analisada é a curva de juros futuro; se ela sobe, seja por um movimento de combate à inflação ou até mesmo por prêmio de risco em um momento de estresse, é aí que o produto pode sofrer variação negativa.

No entanto, se a curva de juros futuro diminuir, passando a precificar uma inflação menor e percebendo maiores cortes na taxa de juros em um momento breve, uma boa apreciação do produto pode acontecer, até mesmo render mais do que a taxa contratada, caso o investidor deseje retirar antes do prazo. Por exemplo, no último ciclo de corte de juros, esse tipo de papel chegou a render 40% em apenas 1 ano. 

Em suma, para gerenciar os riscos dos títulos de renda fixa de forma mais efetiva, como do IPCA+, o ideal é construir um portfólio diversificado, com exposição a diferentes tipos de papéis, índices inflacionários, taxas de juros e prazos de vencimento.

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