Por iHUB 25 de agosto 2022
6 minutos de leitura
Leitor automatico
1x
1,5x
2x

Não fique com dúvidas na hora de escolher o melhor fundo para investir

Na ótica do investidor, podemos dividir o universo dos investimentos em duas grandes categorias: Renda Fixa e Renda Variável. 

Como explicado neste artigo, fundos de investimento são “condomínios financeiros”. Quando o investidor realiza o aporte financeiro, adquire cotas (ou quotas) deste fundo, coloca seu dinheiro sob a gestão de uma equipe técnica e segue uma determinada política de investimento (que é prevista em seu estatuto e regulamento).

A política de investimento de um fundo indica em quais produtos do mercado financeiro esse fundo pode realizar suas aplicações.

“Sempre consulte a política de investimentos, o regulamento e a estratégia dos fundos de investimento antes de comprar uma cota”

Os fundos de investimento podem ser considerados de renda variável quando em sua política de investimentos é permitida a aplicação em produtos cuja rentabilidade futura não é prevista.

Embora os produtos de renda variável, tal como os fundos que investem nesses produtos sejam considerados mais arriscados,  podem oferecer melhores retornos no longo prazo, principalmente quando compostos em um portfólio bem diversificado. 

O que são fundos de renda variável?

Quando o assunto são fundos de renda variável, as pessoas costumam pensar apenas em ações, pois são a opção mais popular para esse tipo de investimento. No entanto, os fundos de renda variável utilizam de estratégias de investimento para superar alguma rentabilidade de objetivo que é informada ao investidor nos materiais de divulgação do fundo e que pode ser um índice de mercado como CDI, IMA-B, IPCA, IBOVESPA, S&P500 etc.  

Essa estratégia pode ou não incluir investimentos em câmbio, ETFs, FIIs, derivativos, criptomoedas e até mesmo em renda-fixa. Por essa razão, os fundos de investimento em renda variável, quando possuem objetivos e estratégias mais arrojadas, tendem a ter políticas de investimento mais permissivas. 

Portanto, se permitindo realizar operações mais arriscadas, expondo maior parte de patrimônio à risco tendendo portanto, a serem mais voláteis, ou seja, mais adequados a investidores com maior tolerância ao risco.

Vale ressaltar que o inverso nem sempre é verdadeiro, uma vez que apesar que alguns fundos possuam políticas de investimentos mais permissivas, não é uma regra que esses fundos apresentam grandes volatilidades no valor investido. 

Isso acontece porque o principal fator que define a volatilidade que esse fundo irá apresentar depende principalmente da forma como certos produtos financeiros são utilizados dentro da estratégia.

Importante destacar que não há nenhuma garantia que os fundos de renda variável irão atingir seus objetivos de investimento. Sendo assim, é fundamental informar que os investidores (ou cotistas do fundo) estão sujeitos a riscos, de modo que, a depender como são usados certos instrumentos financeiros, em alguns casos há a possibilidade de perdas da valores superiores ao valor investido (a cota pode ficar negativa, pedindo aportes adicionais ao investidor para compensação dos valores negativos). 

O principal aspecto que o investidor precisa estar muito atento antes de começar a investir em um dado fundo de investimento é se caso o mesmo permita em sua política de investimento se alavancar em valores superiores ao seu patrimônio. 

Nestes casos, apesar da chance disso acontecer ser muito pequena, é fundamental que haja cautela na hora de incorporar esta categoria de fundos em seu portfólio.

Tipos de fundos de renda variável

Apesar do termo “fundos de investimento em renda variável” ter caído no gosto da população para se descrever um fundo de investimento que investe em produtos desta categoria, o mercado financeiro utiliza termos um pouco mais específicos para as categorizações de seus fundos de investimento.

Fundos Fechados

Os fundos de investimento fechados são aqueles que não recompram as cotas de seus cotistas. Em outras palavras, são aqueles fundos que, para que o investidor possa vender, ele precisa vender para outro investidor e para isso, ele precisa estar listado em bolsa de valores.

Existem dois principais fundos de investimentos no mercado financeiro nesta categoria: Os ETFs e os FIIs.

Fundos de índice (ETF)

Os fundos de índice (ETFs – Exchange Traded Funds) são fundos que são constituídos a partir de uma coleção de ativos que podem ser comprados e vendidos na bolsa de valores, objetivando construir carteiras diversificadas com o objetivo de apresentarem uma performance idêntica à algum indicador do mercado financeiro. 

Alguns ETFs são projetados para espelhar índices de bolsas como a bolsa americana, brasileira ou até mesmo a chinesa, outros objetivam refletir a performance de setores específicos, como o energético, imobiliário, logística, alimentos, infraestrutura ou até mesmo o agronegócio.

E também há outros que trazem para o investidor uma coletânea de ativos de empresas com maior capitalização de mercado, small caps ou até mesmo de criptomoedas em um único ativo.

Por exemplo o BOVA11 que replica a oscilação do Índice Bovespa, ou o IVVB11 ou o NASD11 para as principais bolsas Norte-Americanas (S&P500 e Nasdaq) e o XINA11 para a bolsa chinesa. 

Também existe o HASH11, o ETHE11 ou QBTC11 que buscam replicar as variações dos principais cripto ativos.

Tendo em vista que os ETFs podem ser negociados como ações, eles são negociados ao longo do dia, e têm seus preços oscilando em proporções muito próximas ao seu índice de referência. 

Desse modo, os investidores podem colocar ordens alavancadas e até vender alguns ETFs a descoberto (depende da liquidez do papel, mas na maioria dos casos é possível), de acordo com determinada  estratégia de investimento.

Fundos de Imobiliários

Os fundos imobiliários são aqueles que têm como objetivo destinar os valores captados à aplicação em empreendimentos imobiliários ou em alguma etapa que envolva a administração, investimento, financiamento ou até mesmo compra, beneficiamento e revenda de empreendimentos no segmento imobiliário.

Fundos Abertos

Fundos de ações

Podemos definir ações como a menor parte do capital de uma empresa. Sendo assim, quando um investidor compra ações, ele compra uma “fatia” da empresa, fazendo com que o investidor torna-se sócio da empresa.

Como o próprio nome já diz, os fundos de ações investem principalmente em ações. Mas pela regulamentação podem investir até 33% da carteira em ativos de renda fixa e aplicar o mínimo de 67% em ações, situação que acontece geralmente quando o gestor acredita que o mercado pode passar por um mal momento na Bolsa. 

Como vantagem a alíquota de Imposto de Renda é de apenas 15% e não possui come-cotas(imposto de renda compulsório pago a cada 6 meses).

O risco dos fundos depende das ações em que investem. Se um fundo se concentra principalmente em ações de empresas menores, pode ser de alto risco, se investir em empresas de primeira linha com retornos estáveis, pode ser considerado com risco mais baixo.

Quer entender melhor como escolher os fundos de investimentos? Seja um membro da plataforma iHUB Lounge e confira relatórios e cursos exclusivos. O cadastro é gratuito aqui.

Fundos multimercados

Os fundos multimercados são formas de investimentos que não tem o compromisso de se concentrar em nenhum ativo específico, logo, leva em conta vários fatores de risco, por conta da variedade dos ativos. Portanto, devem ser diferenciados por alocação e por estratégia de cada fundo.

Contextualizando, por alocação podem ser balanceados ou dinâmicos, ambos investem em vários ativos, porém, os balanceados optam por um mix pré-determinado de possibilidades, e os dinâmicos não realizam essa pré-determinação. Além disso, dividindo por estratégia, podem ser: 

  • – Macro: operando diversos ativos de acordo com o cenário macroeconômico;
  • – Trading: o qual explora ganhos de curto prazo nos preços dos ativos;
  • – Long and Short: utilizando ativos e derivativos de renda variável, montando operações compra ou venda dentro de uma estratégia não direcional;
  • – Juros e Moedas: buscando retorno por meio de ativos de renda fixa com risco de juros e índice de preço de moedas estrangeiras;
  • – Capital protegido: operando em mercados de risco e com o intuito proteger, parcial ou totalmente, o capital investido;
  • – Estratégia específica: investimentos que impliquem em riscos específicos como commodities ou quantitativos;
  • – Livre: o qual não possui o compromisso de se concentrar em nenhuma estratégia específica.

Como escolher um fundo de renda variável? 

Como podem observar, existem muitos tipos de fundos de renda variável para escolher. Como resultado, para alguns investidores, um mundo tão vasto de produtos disponíveis pode parecer esmagador.

Sendo assim, antes de investir em qualquer fundo de renda variável, o investidor deve determinar seus objetivos de investimento, bem como, considerar sua tolerância ao risco pessoal e o resultado da inclusão de um produto dessa categoria, com suas características específicas, em seu portfólio de investimentos como um todo. 

Se por acaso o investidor queira tomar decisões por conta própria, sugerimos que seja levado em consideração o objetivo do fundo, sua estratégia de forma alinhada com seus valores de volatilidade, índice de sharpe e rentabilidade relativa principalmente no contexto de seu portfólio de investimentos. 

Por fim, mas não menos importante, os prazos de objetivo do investidor devem ser um dos principais balizadores da quantidade de risco atribuída no portfólio. Uma vez que, quanto mais longo o horizonte de investimentos, maior a tolerância ao risco que normalmente pode ser atribuída nessa parcela de investimento. Logicamente que isso deve ser feito sem se ignorar os fatores de tolerância, adequação ao perfil e adequação ao portfólio como um todo, conforme supracitados.

Você ficou com alguma dúvida? Deseja começar a investir em fundos? Preencha o formulário abaixo e um especialista da nossa empresa parceira entrará em contato.