Por iHUB 12 de setembro 2023
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Veja como uma estratégia de longo prazo pode ser essencial para lidar com a volatilidade em investimentos

A volatilidade dos investimentos é algo bastante comum no mercado financeiro, sobretudo nos ativos de renda variável. Ela se refere a uma medição econômica que mostra a intensidade e a frequência das alterações de preço de um ativo em um determinado período.

Existem investimentos que, de forma geral, costumam ser mais voláteis do que outros. Isso faz com que em momentos de instabilidade ou de euforia do mercado de renda variável, alguns ativos possam subir ou cair com mais intensidade.

Para ilustrar isso, vejamos um exemplo prático. Em março de 2020, quando se iniciou a pandemia de Covid-19, os mercados de renda variável “derreteram” rapidamente. 

O principal índice de ações, o Ibovespa, caiu 29,90% em março de 2020. O IFIX, índice de fundos imobiliários, tombou 15,85% nesse mesmo período. Geralmente, os FIIs do IFIX costumam ser menos voláteis que as ações do Ibovespa, embora não seja algo que sempre aconteça.

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Assim, em cenários adversos ou otimistas ao mercado de renda variável, há possibilidade de que o Ibovespa caia mais ou suba mais em comparação ao IFIX, embora isso não seja uma regra, mas apenas uma tendência. Mas e o investidor, como deve se comportar nas altas e baixas ao se deparar com a volatilidade dos investimentos?

Como se portar na alta e na baixa?

A volatilidade dos investimentos pode ser um aliado ou motivo de perdas para os investidores, a depender de seu comportamento e estratégia usada durante cenários mais voláteis.

Apesar disso, a volatilidade nos investimentos é vista de diferentes formas pelos distintos perfis e estratégias de investidores, sejam eles traders de curto prazo, usando a análise técnica e gráfica, ou investidores adeptos do buy and hold e análise fundamentalista.

Volatilidade para os traders

Existem profissões do mercado financeiro em que a volatilidade é essencial, como é o caso de trader. Nesse caso, pensando nos que realizam operações de curto prazo, ter um gerenciamento de risco bem elaborado é fundamental para lidar com as variações de preço, tanto para realizar os lucros, quanto para limitar as perdas.

Para os traders, apenas comprar e vender usando indicadores e a análise técnica, mas sem uma estratégia efetiva de gerenciamento de risco, com a utilização correta de “stops”, preço médio e outras medidas, pode ser o ponto-chave para o fracasso. Apesar desses cuidados, a volatilidade dos investimentos é fundamental para a profissão do trader, já que os ganhos podem vir justamente da variação de preço dos ativos negociados.

Nas altas, o trader poderá ganhar com a variação positiva de preço, comprando por um preço mais baixo e vendendo a um maior preço. Porém, nas quedas, se o trader realizar uma operação de venda a descoberto, apostando na queda do ativo, ele também poderá ganhar dinheiro com a volatilidade dos investimentos.

Volatilidade dos investimentos pode gerar oportunidades no longo prazo

Para os investidores de longo prazo, que investem na busca de geração de valor e renda passiva com dividendos, por exemplo, a volatilidade das ações pode representar oportunidades de compra, mas também de rebalanceamento da carteira.

Algo muito comum nos momentos de grande volatilidade, seja na euforia do mercado, ou pelo “pânico” em razão de crises geopolíticas e econômicas ao redor do mundo, é que os investidores se deixam levar pelo “efeito manada”, e não aderem a uma estratégia definitiva com visão de longo prazo.

Por isso, nos momentos de grandes quedas, muitos investidores vendem no prejuízo, não avaliando de forma correta se aquela queda é algo que tira de fato os fundamentos daquele ativo, ou se é apenas uma forte força vendedora de momento.

Do mesmo modo, quando os ativos voltam a subir, muitos seguem novidade a “nova onda” de comprar, muitas vezes a preços já bastante elevados, apenas porque os outros investidores também estão comprando.

Assim, os grandes investidores aproveitam a volatilidade dos investimentos para comprar ativos por preços atrativos (nas grandes quedas), ou vender e rebalancear sua carteira em ativos sobrecomprados e que não tenham tanto espaço para mais valorização e geração de valor. 

Em suma, é importante ter uma estratégia pré-estabelecida para estar pronto para agir na alta e na baixa dos ativos de renda variável, não deixando se levar apenas pelo preço da ação ou do fundo imobiliário, mas também da possibilidade de entrega de valor no futuro, por meio da análise de indicadores e das mudanças no cenário macroeconômico em épocas de volatilidade dos investimentos.

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