Por iHUB 15 de agosto 2023
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Analistas apontam se o Ibovespa está se recuperando ou não após a queda da taxa Selic

Ações de empresas, fundos imobiliários, moedas estrangeiras e commodities são alguns exemplos de investimentos de renda variável. Dessa forma, embora ofereçam a possibilidade de altos retornos, esses investimentos também carregam consigo riscos maiores.

Nesse sentido, o Banco Central (BC) iniciou o ciclo de quedas na taxa básica de juros (Selic), atualmente a 13,25% ao ano. Esse movimento estava previsto por vários especialistas para ocorrer em agosto, dando início a um ciclo de baixa da Selic que pode trazer de volta o apetite pelo mercado na renda variável.

Avanço do Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, apresenta um forte avanço desde o início de junho. Esse aumento é justificado em parte pela diminuição da Selic, mas também por outros elementos, como a recuperação econômica mundial e a apreciação do real. 

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Com isso, existem diferentes opiniões entre os analistas sobre o que este aumento do Ibovespa representa. Para alguns, trata-se de apenas um ajuste para um nível onde o índice deve se estabilizar, enquanto outros enxergam um ciclo de recuperação para a renda variável se iniciando nesse sentido.

Analistas veem momento positivo para a Bolsa

Como já destacado, existe uma divisão de opiniões entre analistas: alguns veem o avanço do Ibovespa como um simples ajuste, enquanto outros acreditam ser o início de um ciclo de recuperação da renda variável. 

Independente das divergências, é consenso que a queda da Selic deve impactar positivamente as ações, embora ainda seja cedo para determinar se o avanço do Ibovespa representaria uma retomada mais ampla do índice.

Com isso, investidores que estão buscando aumentar as posições na Bolsa têm diferentes estratégias à disposição. Uma das mais tradicionais é a “stock picking”, que envolve a seleção individual de ações com potencial de valorização. 

Essa escolha requer uma análise mais detalhada e permite ao investidor concentrar-se apenas nos riscos e nas oportunidades que acredita serem mais promissores, conforme explica Heitor De Nicola, especialista em renda variável e sócio da Acqua Vero.

Uma alternativa para investidores que querem aproveitar a recuperação dos ativos é investir em ETFs (Exchange Traded Funds), que replicam índices da bolsa. Um exemplo é o BOVA11, que acompanha a performance do Ibovespa. Conforme o Ibovespa apresentou uma alta de 9,91% em junho, o BOVA11 seguiu de perto com uma alta de 9,70% no mesmo mês.

ETFs como oportunidades para alocação em renda variável correndo menor risco

Os ETFs são uma excelente alternativa para os investidores que desejam ter exposição ao mercado de renda variável, mas não têm um profundo conhecimento de ações. O BOVA11, especificamente, atua como uma “cesta de ações”, replicando de perto a composição do Ibovespa, com alta exposição a empresas de commodities, bancos e exportadoras.

No entanto, para aproveitar o ciclo de corte nos juros que beneficia setores mais ligados à economia doméstica, como construção civil, varejo e educação, pode ser vantajoso observar o SMAL11, um ETF do índice de Small Caps da bolsa. 

Leandro Petrokas, mestre em Finanças e sócio da Quantzed, defende os ETFs como um excelente instrumento para exposição à bolsa brasileira. O SMAL11, em particular, tem boa liquidez e pode gerar bons resultados se a bolsa brasileira continuar a subir, embora seja mais concentrado em small caps e apresente mais volatilidade que o BOVA11.

“O argumento tático para as ações brasileiras é bem compreendido a essa altura: uma posição sólida em relação a outros emergentes, o primeiro grande BC a iniciar um ciclo de quedas de juros, níveis de valuation atrativos, retorno do fluxo de entrada doméstico e o benefício de mais estímulos na China”, afirma a XP Investimentos em relatório para investidores.

Nesse cenário, Daniel Abrahão, assessor de investimentos na iHUB Investimentos, em coluna ao Money Times, analisa que “as taxas de juros básicas determinadas pelos bancos centrais, afetam os mercados financeiros de várias maneiras. Quando as taxas de juros estão baixas, os títulos de renda fixa geralmente oferecem retornos menores, o que pode levar os investidores a buscar alternativas de investimento com maior potencial de retorno, como ações. Isso pode sustentar os preços das ações, à medida que a demanda por esses ativos aumenta”.

O que esperar da renda variável para o ano corrente? 

Essa pergunta não possui uma resposta muito conclusiva. As opiniões divergem entre alguns analistas: alguns veem uma recuperação no horizonte, enquanto outros preveem riscos significativos que poderiam resultar em uma queda generalizada do mercado.

Nesse sentido, existem diversos elementos que sugerem uma possível recuperação da renda variável neste ano. A economia global está se reerguendo da pandemia de COVID-19 que passamos recentemente.

Além disso, as baixas nas taxas de juros facilitariam empréstimos para empresas, incentivando o investimento. Os lucros empresariais fortes também são um indicador positivo. Por outro lado, também existem riscos consideráveis que podem resultar em uma queda no mercado de ações ainda em 2023, como as consequências contínuas da guerra na Ucrânia e a inflação, que ainda está em alto patamar. 

Por fim, um comportamento mais conservador dos investidores poderia resultar na retirada de dinheiro do mercado de ações em algum momento, enquanto para investidores de longo prazo uma queda pode servir para aproveitar novas oportunidades. Em suma, embora seja impossível fazer previsões precisas, ao que tudo indica, a recuperação do mercado de renda variável é uma possibilidade em 2023.

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