Por Paulo Cunha 09 de março 2022
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Entenda o que são carteiras recomendadas, como elas funcionam e de que forma o investidor pode adquiri-las

2022 promete ser um ano desafiador para os investidores, pela alta da inflação no Brasil e no mundo, pelas eleições presidenciais e mais recentemente pela guerra entre a Rússia e Ucrânia. Com esse “estresse”, há uma alta procura por aplicações recomendadas que podem ajudar a driblar o cenário de instabilidade. 

Nos últimos anos houve um forte crescimento no número de investidores na B3, e consequentemente a busca por carteiras recomendadas. 

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O Brasil chegou a marca de 5 milhões de contas abertas em corretoras, segundo um levantamento recente da bolsa de valores brasileira. Além disso, a B3 teve um aumento de 1,5 milhão de investidores no mercado de capitais. 

Mas, afinal, o que são carteiras recomendadas? 

É uma  quantidade específica de ações, geralmente de cinco a dez papéis, no qual um analista profissional vai definir com base em critérios preestabelecidos, como: perspectivas de crescimento, resultados apresentados no passado, cenário econômico e político, entre muitos outros fatores, por exemplo. 

Sempre é realizada uma boa diversificação, de modo a não concentrar muito em poucas ações. As carteiras recomendadas indicam aplicações para os investidores, além de responder perguntas frequentes, como: onde e quando investir e vender. 

Leia também: Conheça as principais estratégias das carteiras recomendadas de ações

A vantagem das carteiras recomendadas é que elas são sempre recalibradas de tempos em tempos, praticamente de forma automática. Desta forma, o investidor consegue ficar atualizado sobre as recomendações e estar mais protegido de eventuais instabilidades. 

Outro aspecto positivo é que elas são sempre pensadas para buscar uma ótima relação de risco versos o retorno, com empresas de diferentes segmentos e momentos de mercado. 

Como característica a versalidade, as carteiras recomendadas são ajustadas de tempos em tempos, de forma automática

E em períodos eleitorais, as carteiras recomendadas ainda são boas opções?

Sim, pois caso o especialista de investimentos perceba alguma oportunidade de um ativo que foi penalizado em excesso, devido ao período conturbado, também pode aproveitar e adicionar à carteira para obter um retorno mais robusto no longo prazo.

Basicamente, as carteiras recomendadas funcionam como um “apoio” aos investidores, pois é preciso aderir apenas uma vez e as trocas mensais, quinzenais ou semanais, são automáticas. 

Também retira do investidor a necessidade de ter que ficar acompanhando o mercado no dia a dia, uma vez que isto está sendo realizado por um analista profissional. 

Leia também: O investidor deve evitar ações em anos eleitorais?

Investir somente em carteiras recomendadas é mais que suficiente? 

Qualquer carteira de investimentos deve conter uma gama maior de ativos, de modo a diversificar e diluir riscos. 

As carteiras recomendadas são de ações, que naturalmente são ativos de maior risco, com isso, o ideal é que fique restrita a parcela da carteira total destinada a essa classe de ativos, de 5% a 25% do patrimônio, costuma ser o peso para os investidores mais arrojados.

O que diferencia elas dos fundos de investimentos, por exemplo, é que ao investir nelas o investidor sabe exatamente em quais ações ele está investindo, já no fundo, apenas o gestor possui essa informação. 

O maior erro do investidor é a falta de diversificação, na maioria das vezes ele busca o “Santo Graal”, aquele investimento que vai dar o maior retorno a curto prazo, e acabam concentrando tudo em uma aplicação e as carteiras recomendadas visam trazer esse recurso. 

Leia também: 5 perguntas e respostas sobre volatilidade nos investimentos

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