Às vésperas do 2° turno das eleições, Ibovespa beira os 120 mil pontos
No exterior, o mercado segue preocupado com as altas na inflação acima do esperado
Nesta semana, o Ibovespa encerrou a semana descolado positivamente dos mercados internacionais, reagindo às pesquisas eleitorais mais acirradas e puxada pelas estatais Petrobras e Banco do Brasil.
Enquanto isso, as bolsas norte-americanas voltaram a subir, com rumores de discussões entre os dirigentes do Federal Reserve de uma possível diminuição de alta nos juros na última reunião do ano em dezembro. Nos EUA, a produção industrial subiu 0,4% em setembro, acima da expectativa de 0,1%.
Além disso, o cenário inflacionário no mercado exterior veio acima da expectativa. Em setembro, subiu 1,2%, ante o esperado de 1% e acumulando 9,9% no ano. No Reino Unido, bateu 10,1% no ano, no maior nível desde 1982.
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Ademais, a primeira-ministra Liz Truss renunciou, após um fracassado plano de corte de impostos que repercutiu muito mal na população inglesa. A inércia da inflação no bloco Europeu aumentou a pressão sobre a próxima decisão de juros pelo BCE. O mercado agora prevê uma alta de 100 pts.
Renda Variável
No radar corporativo, o destaque positivo para estatais e empresas ligadas a commodities. Houve um aumento de fluxo do investidor estrangeiro, e petróleo com alta de 2,04% na semana, ajudaram a impulsionar o setor.
A Natura (NTCO3) teve a maior alta semanal, após comunicado envolvendo cisão ou oferta da Aesop. Do lado negativo, seguem se destacando varejistas e empresas ligadas ao consumo, devido à pressão de alta nos juros futuros e piora da expectativa pelos resultados referentes ao 3º trimestre de 2022.
Commodities e Câmbio
Encerraram a semana em posições divergentes, com leve alta do barril de petróleo e queda das commodities.
A recente alta dos juros norte-americanos fez o dólar se fortalecer perante as cestas de moedas, no entanto, o real se descolou apreciando sobre o dólar. O Banco Central realizou um leilão de linha na quarta-feira para aliviar a pressão sobre o real.
Curva de Juros
A curva de juros ficou estável na semana, entre influências do movimento forte de abertura da curva de juros nos EUA e do estreitamento da diferença das pesquisas eleitorais para presidente.
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Renda Fixa
As taxas de renda fixa continuaram em patamares elevados, com papéis pré-fixados sendo bastante procurados devido à sinalização do fim do ciclo de altas na Selic pelo Banco Central na última reunião do Copom.
Os papéis atrelados à inflação voltaram a ser mais procurados, dado que revela uma expectativa de alta na inflação já para o mês de outubro. Confira o boletim Focus de hoje (24/10).
Perspectivas para a semana
No mercado exterior, as atenções estarão voltadas para a decisão de juros na zona do Euro, onde os investidores esperam uma atuação mais firme do BCE subindo em 100pts os juros na região e a inflação ao consumidor nos EUA. Por aqui, teremos o Copom, onde se espera a manutenção da Selic em 13,75% a.a e IPCA-15 de outubro.
Por fim, a temporada de balanços do 3T22 começa com mais força no Brasil e nos EUA ainda teremos as Big Techs e Petroleiras. Aqui no Brasil serão divulgados após o fechamento do mercado.
Para esta semana teremos no dia 25/10 balanços da Neroenergia e Telefônica Brasil (Vivo). No dia 26/10, será a vez da Auren (ex-Cesp), Dexco, Klabin, Santander e Weg. Em 27/10, Ambev, Gol, Hypera, Isa Cteep, Suzano e Vale serão as empresas com balanços divulgados. Por fim, a Usiminas fará a divulgação na sexta-feira (28/10).
Confira abaixo o calendário do investidor dessa semana.
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