Criação de empregos nos Estados Unidos avança, mas inflação persiste e preocupa Bancos Centrais
Confira o boletim semanal da primeira semana de abril
Na última semana, investidores e empresários do mundo inteiro esperaram atentos os dados de inflação e emprego nos Estados Unidos. O Payroll, indicador do mercado de trabalho Americano, apontou a criação de +430 mil novas vagas de trabalho em relação ao mês anterior, isso contribuiu para que a taxa de desemprego caísse para 3,6%, número bem próximo ao do período pré-pandemia, que era de 3,5%.
Se por um lado a criação de novos postos de trabalho nos Estados Unidos animou os mercados, a inflação segue preocupando o Fed – Federal Reserve – Banco Central Americano. O deflator do PCE, índice que o FED utiliza para monitorar a inflação, atingiu 6,4% em março, maior valor desde 1982. Diante disso, boa parte do mercado já acredita que o FED fará altas mais fortes na taxa de juros básica já na próxima reunião, em maio.
Na China, segue rigoroso o combate contra o coronavírus, testagem em massa e isolamento de cidades inteiras onde são encontrados focos da doença fazem parte da política de tolerância zero imposta pelo país. Do ponto de vista econômico, a crise sanitária enfrentada pela China, que faz com que o fluxo na cadeia de produção diminua o ritmo, associada à forte inflação nos Estados Unidos preocupa os Bancos Centrais do mundo inteiro. Para compreender a magnitude deste impacto é preciso analisar a importância dos dois países no comércio internacional, onde os Estados Unidos é o maior importador e segundo maior exportador e a China o maior exportador e segundo maior importador do mundo.
Se por um lado a preção inflacionária segue forte, nesta última semana, o petróleo caiu de preço quando os Estados Unidos anunciaram a liberação de mais de um milhão de barris por dia oriundos da sua reserva especial. O preço da commoditie que era negociado próximo a US$120/barril caiu para cerca de US$105/barril. A medida visa diminuir a dependência do petróleo Russo pela União Europeia, além disso contribuir para frear a inflação no país.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro anunciou oficialmente sua candidatura à presidência e Sérgio Moro, um dos cotados para ser a terceira via anunciou sua desistência de concorrer ao planalto.
A bolsa brasileira, B3, informou ao mercado um erro de cálculo na sua metodologia que mensura o ingresso de investidores estrangeiros. O valor correto é cerca de R$27 bilhões a menos do que a bolsa anunciou, apenas para 2022. Os anos de 2020 e 2021 estão em revisão. Apesar disso, o mercado não encarou a notícia como algo ruim para as ações e o Ibovespa encerrou a semana em alta.
Confira como o mercado encerrou a semana
Destaques do Ibovespa
Veja as empresas que mais valorizaram e as que mais se desvalorizaram na semana
Não encontramos motivos específicos para as fortes altas de Cielo e Sabesp, em contrapartida, analistas da XP atribuíram a valorização das ações da Méliuz (CASH3) à aprovação feita pelo Banco Central da transferência do controle do Grupo Acesso para a Méliuz.
Para o destaque negativo foram as ações da Klabin (KLBN11) atribuído à queda do dólar, devido à grande parte da receita da companhia ser dolarizada.
Câmbio e juros
O Dólar encerrou a semana com queda de -1,76% em relação ao Real, cotado em R$ 4,74/USD. Analistas do mercado sugerem que parte da queda do dólar se deve ao forte fluxo estrangeiro que tem migrado para o Brasil pelo país ter alta exposição em commodities.
Já a curva dos juros futuro DI com vencimento em janeiro de 2031, apresentou queda de -48bps na semana e atingiu o patamar de 11,20%.
Projeções Macroeconômicas pela XP
O economista chefe da XP Investimentos, Caio Megale, revisou suas estimativas para o IPCA, PIB, Câmbio e Selic, confira abaixo.
Carteiras Recomendadas
A casa de análise independente Levante Corp fez alterações na sua carteira mensal, confira a seguir:
– Saem: Assaí (ASAI3) e Raia Drogasil (RADL3)
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Confira os assuntos que podem impactar seus investimentos essa semana
No cenário nacional o dado mais aguardado da semana será o IPCA referente a março que vai ser divulgado na próxima sexta-feira. Já no cenário internacional o mercado ficará de olho na Ata do FOMC – Comitê de Política Monetária dos Estados Unidos – na quarta-feira.