Por iHUB 17 de novembro 2023
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O caso da falência da FTX se tornou um dos mais emblemáticos do mercado; entenda os riscos de investir em cripto por meio de corretoras

Assim como qualquer tipo de investimento de renda variável, e até mesmo de renda fixa, as criptomoedas estão sujeitas a riscos. Por ser um mercado criado há poucos anos, ele ainda conta com uma estrutura regulatória pouco sólida ao redor do mundo. Por essa razão, esses riscos são maiores ao investir em cripto por meio de corretoras.

Um dos propósitos do mercado de criptomoedas é a descentralização, o que permite que transações sejam realizadas na forma “peer-to-peer”, ou seja, investir em cripto sem a intermediação de instituições financeiras e bancos.

Por outro lado, as corretoras são instituições financeiras que proporcionam maior liquidez ao mercado e facilitam as negociações, já que unem potenciais compradores e vendedores. Mas assim como qualquer empresa, as corretoras de criptomoedas estão sujeitas a riscos de insolvência, de governança e de segurança.

Quais os riscos de investir em cripto por meio de corretoras?

O caso da falência da FTX se tornou um dos mais emblemáticos do mercado de criptomoedas. Além da insolvência da corretora, repercutiram as diversas acusações de fraudes financeiras sobre o seu CEO e fundador, Sam Bankman-Fried, de suposto uso indevido do dinheiro de seus clientes e de fraudes financeiras.

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O grande problema, nesse caso, é que quem não conseguiu sacar seu dinheiro a tempo antes do colapso da FTX, acabou perdendo os ativos armazenados na plataforma. Por outro lado, aqueles que não tinham suas criptomoedas armazenadas na corretora ou sob a custódia da empresa, não apresentaram essas perdas.

Riscos de insolvência

Assim, um dos primeiros riscos de investir em criptomoedas por corretoras é o de governança, já que esquemas de corrupção, fraudes e mau uso dos recursos captados podem estar associados às mais diversas empresas e instituições. Com as “exchanges”, isso não seria diferente.

Esse fator também é agravado pelo fato do mercado de criptomoedas ainda não ter uma regulamentação abrangente nos mais diversos países, fazendo com que o armazenamento dos criptoativos em corretora não seja a forma mais segura de guardá-las.

Além disso, também existem as ETFs de criptomoedas, que acompanham os índices dos ativos digitais e apresentam uma segurança maior para o investidor pelo baixo risco de insolvência. Tanto que na Bolsa de Valores, existem cinco opções de ETFs de cripto, e mesmo que as criptomoedas não sejam regulamentadas no Brasil ainda, as ETFs de bitcoin possuem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para funcionar.

Falhas técnicas e de segurança

Outro risco de investir em cripto pelas corretoras está relacionado às possíveis falhas técnicas, seja durante as negociações ou na tentativa de realização de saques. Sendo assim, talvez seja interessante para o investidor utilizar a exchange por um certo tempo com uma quantia menor de recursos para testar sua funcionalidade e eficiência.

Um dos pontos mais importantes a serem considerados em uma corretora de criptomoedas é a sua segurança, visto que a falta disso pode levar a ataques hackers e instabilidades no sistema, comprometendo a segurança do dinheiro dos clientes.

Vale destacar que, diferentemente de outras instituições financeiras tradicionais do mercado convencional, como os grandes bancos, as corretoras de criptomoedas podem não trazer mecanismos que protejam o depósito dos investidores em caso de perda. Portanto, após investir em cripto, o ideal é deixar os ativos em uma carteira fria.

Fraudes e golpes

Apesar da possibilidade de falhas humanas e de governança dentro das grandes corporações, inclusive nas corretoras, existem algumas plataformas que são criadas apenas com o intuito de roubar o dinheiro de seus clientes. Alguns sites podem ser, na realidade, cópias de plataformas seguras e conhecidas pelo mercado.

Essas plataformas falsas podem aplicar golpes associados ao mercado cripto, o que inclui pirâmides financeiras, esquemas Ponzi e até mesmo ofertas iniciais de criptomoedas (ICOs) fraudulentas.

Falta de liquidez e volatilidade

O risco de investir em cripto nas corretoras também está associado ao risco do próprio mercado em si, como o de alta volatilidade de preços. Conforme acontecimentos importantes do próprio mercado, os criptoativos podem ser “despejados” na corretora, derrubando seu preço, ou até mesmo se tornarem escassos, o que potencialmente eleva as suas cotações.

Essa dinâmica de preços também está relacionada à liquidez, visto que pode faltar volume de negociação suficiente na corretora para que o investidor possa realizar uma negociação a determinado preço e quantidade.

Considerando todos os fatores elencados acima, é importante destacar que as corretoras são plataformas aliadas dos investidores na negociação de criptoativos, embora os riscos não possam ser ignorados. 

Ao investir em cripto, pode ser importante considerar o uso de uma carteira fria, com a custódia sendo feita fora da corretora. Nesse sentido, também é essencial guardar as chaves privadas com segurança já que, ao não ter mais esse acesso, os ativos podem ser perdidos de forma permanente.

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