Por iHUB 02 de setembro 2022
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Em evento exclusivo da iHUB Investimentos no Auditório XP, o convidado Felipe Arlsan comenta sobre as possibilidades de cenários do mercado financeiro. 

Em uma palestra realizada no auditório da XP INC, na última terça-feira (30/8), idealizada pela iHUB Investimentos, o sócio fundador e assessor principal da Vinland Capital, Felipe Arslan, detalhou o cenário global, em conjuntura da alta de juros americana.

Segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o PIB global teve contração de 3,4% em 2020, e de acordo com o FMI a dívida pública global alcançou o patamar de 98% do PIB mundial no mesmo ano, contra 84% de 2019. Nessa conjuntura, era difícil imaginar o crescimento financeiro de qualquer empresa, ainda mais uma gestora com diversos aportes no mundo. 

Contrariando a maré, a Vinland Capital foi uma das únicas gestoras no Brasil a não sofrer perdas expressivas durante as fases mais severas da pandemia. Um dos fundos multimercado gerido pela empresa chegou a crescer 1,36% em março de 2020, no início da adoção de medidas restritivas no Brasil. 

O foco do escritório é a preservação de capital dos investidores, alinhando liquidez e proteção dos ativos. A Vinland Capital faz estudos específicos buscando onde ganhar, prevenindo ao máximo possíveis perdas e ter um plano para o que fazer se der errado. 

Nos últimos nove meses, a gestora teve bons ganhos por estar alocada em uma volatilidade menor no exterior, evitando o mercado interno que passava por ruptura no Teto de Gastos Públicos, escalada agressiva da inflação, ruídos da política, entre outros fatores.

Além disso, a gestora é reconhecida por ter a melhor previsão no mercado sobre o IPCA (índice de preço ao consumidor amplo) e as perspectivas para a taxa básica de juros, a Selic. 

Em 2021, a Vinland Capital identificou a escalada de juros na economia brasileira, zerando suas posições em ações varejistas por conta da previsão assertiva de inflação forte e alta de juros.

Juros nos EUA podem chegar até 4,5%

O cenário norte americano é devastador. A inflação dos preços nos Estados Unidos é grande, retendo o poder de compra dos americanos. A previsão da gestora é de mais alta de juros por parte do FED. Conectados com a previsão, o escritório de investimentos zerou as posições de ativos em juros estadunidenses.

De acordo com Felipe Arslan, a taxa de juros americanos do deve atingir o intervalo entre 4% e 4,5% até 2023, atualmente encontra-se em um intervalo de 2,25% a 2,50% ao ano. “Com os discursos severos de Jerome Powell, os EUA devem subir mais os juros, e isso faz o risco de recessão ser iminente, levando a valorização dos títulos públicos e queda da bolsa”, afirma o analista.

Na última sexta-feira (26/08), Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, discursou no simpósio de Jackson Hole afirmando que “o Banco Central Americano está determinado a trazer a inflação para baixo e não pretende mudar o rumo, aconteça o que acontecer”. 

Para Arslan, o mercado financeiro norte americano está fora da realidade, com papéis valorizados. Como fuga para ativos de risco americano, a aposta do gestor para investimentos nos Estados Unidos é de títulos do governo.

Investimento em Fundos Multimercados para “driblar” a crise

Em uma gestora que destaca-se por seus fundos multimercados, Felipe Arslan não deixou de expor a sua opinião sobre esse investimento. De acordo com a visão do especialista, essa modalidade de investimento pode ser aplicada pelos investidores em qualquer cenário econômico.

“Um fundo multimercado é o camisa 10 do time, ele performa bem em diversos cenários. É possível dizer que ele é como se fosse um coringa, que alinha proteção e liquidez”, afirma o sócio da gestora.

Atualmente, a Vinland Capital possui um dos melhores fundos multimercado do Brasil, segundo a Revista Exame, e mais de R$15 bilhões sob custódia.

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Luz do fim do túnel no Brasil

O panorama para o Brasil é um pouco diferente para a Vinland Capital. Mesmo permanecendo com uma inflação elevada, a expectativa é de fim do ciclo de aperto monetário, com a Selic atingindo o teto de 14%. 

Além dos juros, o país passou por um afrouxamento fiscal, definindo um teto limite de 17% a 18% de ICMS para os estados, medida que derrubou o preço de itens como combustível e energia. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também teve sua alíquota reduzida a 35%, puxando para baixo a inflação local. Segundo a gestora, dependendo das consequências eleitorais, os juros podem começar a cair em 2023. 

“O Brasil está bem posicionado neste momento. Claramente o Banco Central fez um bom trabalho combatendo desde cedo a inflação no país, diferente de outros países que ainda vão precisar subir muito as taxas de juros”, comenta Felipe.

O fluxo de dinheiro que tem endereço os países emergentes deve continuar chegando à economia brasileira, independente do novo presidente eleito. O panorama da bolsa de papéis baratos, mais o cenário de inflação global e o aumento no preço de commodities, deve manter o fluxo de investimento estrangeiro.

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