Prefixado ou pós-fixado: como escolher o meu investimento?
Saiba quais as vantagens e desvantagens dos investimentos prefixado ou pós-fixado
Com o aumento da taxa de juros no Brasil, diversas opções de renda fixa se tornaram mais rentáveis. Existe um grande acervo de opções possíveis de se investir neste segmento, mas dúvidas sobre suas características são muito comuns, como por exemplo na escolha entre um título prefixado ou pós-fixado que oferece mais vantagem ao investidor.
Com relação aos investimentos de renda fixa, existem diversas possibilidades para as aplicações, com diferentes formas de rentabilidade. Existem investimentos que oferecem ao investidor a informação antecipada de quanto renderá suas aplicações, estamos nos referindo a um investimento prefixado.
Já quando o rendimento do título encontra-se atrelado a um indicador, trata-se de um investimento pós-fixado. Mas, afinal, prefixado ou pós-fixado, qual é o melhor para escolher?
Quais as diferenças entre prefixado e pós-fixado?
A principal diferença entre estes investimentos é que o prefixado possui rentabilidade fixa, enquanto o pós-fixado segue algum indicador financeiro, como, por exemplo, o CDI ou a taxa Selic.
Portanto, ao investir em títulos prefixados, no momento da compra do título, o investidor sabe exatamente quanto do seu dinheiro irá render, desde que permaneça com o investimento até a data de vencimento. Já para os pós-fixados, por conta do rendimento estar atrelado ao desempenho de outro indicador, essa rentabilidade total só é descoberta no momento do vencimento do título.
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Outra diferença pode ser compreendida em relação aos riscos. Embora ambos sejam investimentos conservadores, os títulos prefixados, caso tenham seu preço consultado antes da data de vencimento, podem apresentar rentabilidade negativa, por conta da marcação a mercado.
Essa marcação nada mais é do que uma atualização no preço dos títulos de renda fixa, servindo para que os papéis se adequem à rentabilidade e demanda do mercado, como, por exemplo, do Tesouro Direto. Além disso, a marcação serve para informar qual o preço de determinado investimento, caso esse seja vendido no dia da consulta.
Deve-se lembrar que a marcação pode variar tanto positivamente, quanto negativamente. Sendo assim, caso o investidor opte pelo resgate antes do prazo e a marcação derrube o preço do título, a rentabilidade pode ser negativa.
Importante ressaltar que os títulos pós-fixados também sofrem a mudança do mercado. Contudo, seus efeitos são menores, uma vez que essas aplicações seguem um indicador financeiro. Ou seja, se o indicador sobe, a rentabilidade o acompanha, e vice-versa. O investidor tem mais segurança do seu título ao acompanhar os principais indicadores do mercado, como Selic e o CDI.
Prefixado ou pós-fixado: qual e como escolher?
O ideal para todo investidor é escolher uma gama de ativos para compor sua carteira de investimento. Desse modo, não é necessário escolher entre prefixado ou pós-fixado para começar a investir em renda fixa, já que é possível optar pelos dois.
No entanto, se for necessário escolher entre as duas opções de investimentos em renda fixa, é importante entender algumas diferenças.
A principal diferença entre eles está nos riscos que cada um desses tipos de título oferecem por conta de suas características. Por via de regra, os títulos pós-fixados apresentam menos riscos ao investidor do que os prefixados.
Nos títulos prefixados, ao se travar a rentabilidade para um dado prazo, no momento de sua compra, toda a expectativa sobre os aumentos e reduções de taxas de juros (CDI e Selic) até essa data são precificados nesta taxa da compra do título, se, em um momento futuro à compra houver mudanças na expectativa sobre “curva futura” de juros há impactos diretos no preço do título.
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Além disso, ao se montar um portfólio bem alinhado aos objetivos do investidor, é mais comum que títulos pós-fixados tenham como horizonte de investimentos prazos mais curtos do que investimentos pré-fixados.
Além disso, os investimentos em renda fixa pré-fixado podem mais normalmente serem encontrados em estratégias mais arrojadas e, nestes casos são adquiridos com o intuito de serem vendidos antes do seu vencimento para se perseguir rentabilidades maiores do que a contratada
Por dentro dos indicadores
A taxa Selic consiste na taxa básica de juros, portanto, quanto mais alta essa estiver, mais caros ficarão os juros do cartão de crédito, dos empréstimos e dos financiamentos. Deste modo, caso a taxa Selic suba, os investimentos que se baseiam nesta taxa, também sobem em conjunto.
Por outro lado, o IPCA consiste na inflação oficial do país. Quando a inflação sobe, os preços de mercado aumentam, ou seja, o poder de compra dos brasileiros diminui. Dessa forma, na perspectiva dos investimentos, quanto maior for a inflação, menor a rentabilidade real do investimento, ou seja, menos ele irá de fato agregar em ganhos de poder de compra para o investidor.
A decisão entre um investimento prefixado ou pós-fixado dependerá do cenário econômico no país. Ou seja, digamos que você tenha dois investimentos de cinco anos, o primeiro é um CDB pós-fixado que rende 100% do CDI, já o outro é um CDB prefixado que rende 12% ao ano.
Ao analisar o CDI rendendo atualmente 13,65% ao ano, este se sobrepõe ao investimento prefixado. Contudo, daqui a alguns anos, a taxa Selic pode cair, se esta cair a 10% ao ano, por exemplo, neste caso o prefixado irá se destacar. O contrário também acontece, a taxa Selic pode aumentar, valorizando seu investimento.
Com isso, pode-se concluir que não há uma resposta concreta para a decisão entre prefixado e pós-fixado, isso porque tudo dependerá do planejamento, gerenciamento de risco, objetivos de cada investidor e principalmente de sua expectativa sobre os juros e a inflação no mercado financeiro.
Antes de investir, é importante consultar um especialista. Preenchendo o formulário abaixo, um assessor da iHUB Investimentos, empresa parceira do iHUB Lounge, poderá te ajudar a construir uma carteira ideal para o seu perfil.