Por iHUB 15 de maio 2023
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Balanços corporativos do Magazine Luiza, Banco do Brasil e Itaúsa serão divulgados nesta semana

Nesta semana, o Ibovespa trouxe dados positivos, diferentemente das bolsas mundiais, sendo puxada pelas varejistas, bancos e dividendos da Petrobras, apesar da instabilidade do mercado internacional. Além disso, o IPCA mais fraco aliviou novamente a curva de juros e o dólar recuou novamente. 

Ao mesmo tempo, as bolsas norte-americanas fecharam em posições mistas, sob alívio da inflação no valor esperado pelo mercado – sugerindo parada de alta nos juros nos Estados Unidos – e preocupações do teto da dívida do governo do país. 

A inflação nos EUA foi divulgada em +0,4% em abril, com núcleo de +5,5%, dentro das expectativas, e recuando perante os +5,6% de março. Enquanto na comparação anual recuou para +4,9% ante a 5% anterior.

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Na Europa, o Banco Central da Inglaterra subiu para 4,50% a taxa básica de juros. Enquanto na China, as importações chinesas recuaram em -7,9% contra a expectativa de -5,00%, levando o mercado a acreditar que a economia chinesa está comprando menos do que o esperado.

Fonte: Investing

Cenário Local

No Brasil, a ata do Copom reforçou a visão do Banco Central (BC) sobre a estabilidade das expectativas de inflação no médio longo prazo, no entanto, ainda reafirmou os riscos inflacionários e que o arcabouço fiscal pouco influencia na tomada de decisão dos juros, apesar de diminuir os riscos de uma dívida grande do governo. 

Além disso, a produção industrial em território nacional subiu 1,1% em março, acima das expectativas de +0,4%, enquanto o IGP-M caiu 1,13% em maio, com o atacado sendo o principal contribuidor da queda. A queda do dólar também influenciou o cenário.

Leia também: Como se proteger da volatilidade dos investimentos no Brasil?

Fonte: B3

A semana foi de alta para o Ibovespa acumulando 3,20% na semana à 108.464 pontos. O mercado vem trabalhando com bom humor mesmo após a ata da última reunião do Copom, divulgada na última terça, dia 09, onde não ficou claro quando a Selic pode iniciar o processo de queda. A alta do índice acompanhou os bons resultados corporativos referente ao 1º trimestre de 2023 que vêm sido divulgados nesta janela de temporada de balanços.

No radar corporativo, prevalece a percepção de que os ativos brasileiros seguem descontados em relação aos pares internacionais. O destaque da semana é para Yduqs (YDUQ3) que encerrou a semana em alta de 34,20%, após reportar balanço com lucro líquido de R$ 149,5 milhões, resultado 96,6% maior que o mesmo período do ano passado.

As empresas do setor varejista, seguem beneficiadas com mercado projetando cortes à frente na Selic, o que pode aumentar o apetite por vendas do setor e corroborar com melhora de resultado para estas companhias. Na ponta negativa, o destaque vai para JBS (JBSS3) com queda de 11,7% após apresentar resultados fracos, podendo levar o questionamento da eficácia da estratégia de diversificação da companhia. 

Fluxo estrangeiro

O fluxo estrangeiro para a bolsa em maio (até 11/05/23) está negativo em -R$1,26 bi e no ano positivo em R$ 9,9 bi. Os últimos 10 pregões foram de saída de R$ 1,69 bi, sendo 4 positivos e 6 negativos.

Veja o Comentário Técnico por Gilberto Coelho Jr.

O IBOV está em tendência de alta no curto prazo pela média de 21 dias e acima dos 109.000 começa a supera a média de 200 dias, favorecendo novas altas na direção dos 111.500 a 115.000. Abaixo dos 107.400 teria sinal de realização mirando suportes em 105.000 ou 101.000. Destaque para o IFR perto de sobrecompra, o que combinado com uma perda dos 107.400 favorecerá a uma realização.

O SP500 está indefinido no curto prazo, testando a média de 21 dia. Acima dos 4.160 teria projeções em 4.200 ou 4.400. Abaixo dos 4.098 favorece realização mirando suportes em 4.050 ou 3.970.

O DOLM23 após teste da média de 21 dias como resistência, segue em tendência de baixa. Uma perda dos 4.926 projetaria teste dos 4.880 ou 4.824. Um fechamento acima dos 4.975 traria sinal de repique altista mirando de 5.020 a 5.080.

Juros

A ata do Copom aliada às falas de Gabriel Galípolo, indicado pelo governo na diretoria de política monetária puxaram os juros, no entanto, as declarações da Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, a respeito da inflação mais amena seguram um estresse maior na curva de juros.

Câmbio e Commodities

O real se valorizou perante o dólar com melhora do cenário interno. As commodities recuaram com importações chinesas abaixo da expectativa, mostrando menor interesse dos chineses no consumo de commodities.

Renda Fixa

As taxas de renda fixa recuaram na semana com alívio na curva de juros devido a perspectivas de corte na Selic ainda esse ano, com isso, a procura por pré-fixados e NTNBs longas continuam a aumentar.

Perspectivas para a semana

No Brasil, teremos os indicadores macros do Varejo e Serviços importantes setores do PIB brasileiro e, no âmbito corporativo, os balanços do Banco do Brasil, Itaúsa, Magazine Luiza, entre outras. O Planalto se articula com o congresso para liberar emendas e conseguir votos no arcabouço.

No Exterior, os focos estarão no teto de dívida do governo norte americano, além dos dados da indústria e varejo na China, EUA e Europa, que são importantes termômetros da atividade econômica mundial. 

Na Europa, ainda teremos a inflação ao consumidor, que é o principal indicador do Banco Central Europeu na tomada de decisão de juros. Por fim, a temporada de balanços na Europa se intensifica.

Fonte: Investing

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