Por iHUB 17 de outubro 2022
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Dow Jones se descola positivamente de Nasdaq e S&P500 com alta de 1,15% na semana

Com volatilidade, o Ibovespa se descolou negativamente das bolsas mundiais, após dados da inflação norte-americana virem mais altos do que a expectativa do mercado. Além disso, o tom mais duro do FED elevou as preocupações relacionadas a um nível mais restritivo de juros.

Apesar dos balanços melhores do que o esperado do JP Morgan e Wells Fargo, o discurso do Federal Reserve e a desconfiança no ajuste do plano fiscal no Reino Unido pesaram novamente. 

No radar corporativo, as companhias exportadoras se destacaram devido à alta do dólar. Os ativos ligados a commodities metálicas tiveram desempenho negativo acompanhando as cotações de minério de ferro, de acordo com indícios da manutenção da política Covid-zero adotada na China e a indefinição sobre as políticas adotadas para conter a crise imobiliária no país. 

A ata do FOMC enfatizou que os riscos da inflação voltaram novamente para cima depois de uma pausa recente. A volta da subida das commodities e possíveis desequilíbrios na oferta e demanda podem levar a maiores altas nos próximos meses.

Além disso, a inflação ao consumidor voltou a ganhar força em setembro (+0,4%) nos EUA, estando acima do consenso do mercado, puxada por energia (eletricidade e gás) e alimentos. 

No Reino Unido, o PIB do 3T22 (-0,3% T/T) caiu mais do que o esperado, enquanto a produção industrial caiu mais em agosto (-1,8%), contra -1,1% em julho. A inflação ao produtor no mercado britânico subiu 0,4% em setembro, acima das expectativas e com o núcleo dentro do esperado (+0,3%). 

Por fim, o fluxo estrangeiro para a bolsa até a última divulgação do pregão de 13/10 está positivo no mês de outubro em R$2,17 bilhões. No acumulado do ano, positivo em R$72,23 bi. 

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Indicadores da Semana

Fonte: Investing

Cenário Local

No Brasil, a inflação medida pelo IPCA em setembro recuou 0,29%, vindo acima do consenso de -0,32%. Novamente,  combustíveis, comunicação puxaram a deflação e pelo segundo mês consecutivo houve deflação de alimentos. O índice de difusão baixou para 61,54%.

Porém, o setor de serviços tem a quarta alta seguida em agosto (+0,7%) e acima do esperado, acumulando +8,4% no ano e 10,1% acima do nível pré-pandemia. 

Destaques da Semana

Fonte: B3

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A Braskem (BRKM5) foi o grande destaque positivo da semana, a notícia de que a gestora americana Apollo, teria realizado uma oferta pela companhia no valor de R$37 bi, em um valuation acima do atualmente negociado. 

Os frigoríficos também tiveram desempenho positivo na semana, com notícias de um surto de gripe aviária nos principais estados produtores de aves nos EUA. Cosan (CSAN3) aprofundou as quedas na semana, na esteira ainda de dúvidas do mercado sobre os investimentos realizados na semana anterior sobre VALE. 

O setor varejista sofreu grandes perdas semanais com a percepção de um FED em um tom mais agressivo, que levou as taxas de treasury no exterior para cima, juntamente com DIs no Brasil e dólar, destaque para PETZ3 e MGLU3 puxando as maiores baixas da semana. 

Commodities

O barril de petróleo caiu 6%, contaminando as commodities e com o mercado preocupado com a desaceleração mais forte das principais economias mundiais. 

Câmbio

O dólar seguiu novamente ganhando força no mundo com os agentes precificando altas mais elevadas nos juros americanos. Enquanto a libra voltou a se recuperar com rumores de que parte dos cortes de impostos propostos pelo governo do Reino Unido será revertido. 

Renda Fixa

Taxas dos títulos públicos e crédito privado subiram na semana acompanhando o movimento da curva de juros. Novamente, dando oportunidade de entrada nos vencimentos mais longos.

Juros

A curva de juros subiu com o IPCA de setembro mostrando menor deflação do que o esperado. Já na parte longa sofreu maiores altas sob influência externa, acompanhado a alta dos treasuries norte-americanos.

Gráfico, Gráfico de linhas

Descrição gerada automaticamente

Perspectivas para a semana

A semana terá indicadores macros importantes, com produção industrial e livro bege nos EUA, inflação na Zona do Euro, onde os agentes seguem atentos às pressões inflacionárias da região e um aperto monetário mais forte por parte do BCE.

Por sua vez, no Reino Unido o novo ministro de finanças Jeremy Hunt cancelou a maior parte do plano de corte de impostos. Na Ásia, as atenções se voltam para a produção industrial e vendas no varejo da China e a reação dos mercados com Xi Jinping se reelegendo para mais um mandato, trazendo uma mensagem para os EUA sobre a anexação de Taiwan além da manutenção da política zero Covid. 

Por fim, a temporada de balanços corporativos nos EUA será pesada, podendo trazer volatilidade. Confira o calendário do mercado dessa semana.

Fonte: Investing

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