Por Lucas Sharau 15 de fevereiro 2022
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IVVB11 ou SMAL11? Qual desses ativos você acha que faz mais sentido incorporar na sua carteira de investimento?

Antes de inserir qualquer investimento no seu portfólio, é fundamental que você entenda o que está fazendo. Tanto o IVVB11, como o SMAL11, são ETF’s, cujo objetivo é performar um indicador do mercado financeiro.

Leia também: Como investir em ETFs 

Esse índice pode ser o: Ibovespa (IBOV), de dividendos (IDIV), do segmento imobiliário (IMOB B3), entre outros. Qualquer índice que haja uma especificação na bolsa de valores. Você encontra o painel desses índices dentro do site da B3.

Abaixo, confira mais detalhes sobre o IVVB11 e SMAL11.

IVVB11: é o espelho de um indicador do mercado americano, mais especificamente do S&P 500 (Standard & Poor’s 500), que reúne as 500 maiores empresas da bolsa americana. 

O S&P500 foi desenvolvido em 4 de março de 1957 pela empresa de análise de risco Standard & Poor’s, com o intuito de poder aferir a temperatura do mercado para os investidores. Ou seja, eles pegam uma grande fatia do mercado, e se ela sobe ou desce no todo, é possível dizer com alguma precisão como o mercado está se comportando. 

Entenda mais sobre o tema assistindo ao vídeo:

Para uma empresa ser considerada uma das 500 maiores empresas da bolsa de valores dos Estados Unidos, ela tem que ter uma boa captação de dinheiro na bolsa e ao mesmo tempo ser bem negociada.

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SMAL11: Ele também é índice brasileiro, que é o espelho de um indicador do mercado, o SMLL. É calculado pela própria B3, foi publicado desde 2008 e tende a refletir a performance de empresas menores da bolsa de valores do Brasil, chamadas Small Caps. 

Tendo em vista esses dois ETFs, pode surgir uma dúvida: “Por que investir no Brasil, que tem as menores empresas, sendo que do outro lado eu tenho as maiores empresas do mercado de bolsa americana?”.

O racional para essa questão é que se uma empresa é pequena em valor de mercado na bolsa hoje, ela pode ter muito mais espaço para crescer. Diferente de um colosso, por exemplo, que já tem uma empresa muito grande, raramente ela vai duplicar ou triplicar de valor. 

Já as empresas Small Caps (ações de empresas que possuem baixa capitalização no mercado), que o índice SMAL11 reflete, as Small Caps do Brasil, em teoria tendem a ter um potencial de valorização muito grande.

Como exemplo temos a Magazine Luiza, que em 2016 fazia parte do índice do SMAL11, e devido alguns desdobramentos e preços diluídos, proporcionalmente é como se comprássemos ação em 2011 a R$0,11, sendo que hoje custa em torno de R$6,00.

Portanto, quem investiu em 2011 no MGLU3, hoje teria multiplicado o seu patrimônio em quase 150 vezes. As pessoas buscam investir no SMAL11 ou nas Small Caps, devido ao potencial de valorização. 

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Para a empresa ser considerada uma Small Caps, precisa necessariamente estar fora do grupo das 85% empresas que compõem as maiores empresas da bolsa brasileira.

Além disso, ela também tem que possuir alguma liquidez, por isso, não adianta apenas a empresa ser relativamente pequena se o papel não for negociado. Portanto, essas organizações que não possuem liquidez, também ficam fora do SMAL11. 

Se uma empresa entrar em falência ou recuperação judicial ela também é excluída do índice, isso aumenta um pouco a segurança para quem quer investir no ETF. Outro ponto importante, é que as empresas que compõem o SMAL11 precisam estar nessa proporção de valores há algum tempo.

Não adianta uma empresa ser uma grande captadora de recursos, só que passou por dificuldades financeiras e no mês que ela começou a ficar fora daquele grupo dos 85%, ela não integra necessariamente e imediatamente o SMAL11, ela tem que ficar um tempo naquele patamar até que ela possa se enquadrar como uma Small Caps.

Leia também: Porque investir em Small Caps? 

O ETF é uma cesta de ações, uma carteira teórica é um indicador que tem várias ações, então se o seu medo é ficar com o patrimônio zerado e perder o dinheiro, as chances de isso acontecer é menor do que se você for comprar uma única ação, por exemplo.

Além disso, como você tem uma diluição em várias empresas, várias cestas dentro do mesmo ativo, a chance dele margear zero é muito pequena. 

E se a corretora falir?  

Esse investimento é cotado em bolsa de valores e todo investimento feito por meio de bolsa de valores, fica registrado no seu CPF.

O papel da corretora é ser a custodiante desse investimento. Ela ficará guardando esse investimento para você e se porventura a corretora vier a falir ou quebrar, você pode mandar uma carta ou por meios digitais, solicitando uma transferência de custódia para uma outra corretora, outro banco ou outro custodiante.

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Mas, o que valerá mais a pena SMAL11 ou IVVB11?

Em primeiro lugar, o SMAL11 é composto de empresas pequenas com potencial de valorização, mas ele também atribui um risco maior no seu portfólio. Pois, pode ser que algumas dessas empresas ao longo do percurso e do tempo vão ficando pelo caminho, por exemplo.

Em outras palavras, caso você esteja em um momento da sua vida que não faz sentido ter essa oscilação, o SMAL11 é muito arriscado. 

Em segundo lugar, o IVVB11 tem progressão, consistência de crescimento e é mais estável, não é tão agressivo como o SMAL11. Tende a ter uma recorrência de ganhos mais perene, por longo prazo. 

Por isso, para fazer esse investimento, é necessário observar o seu perfil e o seu momento de vida.

Preços de cada um (até fev/22):

  • SMAL11: em torno de R$115,00
  • IVVB11: em torno de R$261,00 

Vale levar em consideração que esses valores podem variar. Portanto, é importante consultar a bolsa de valores, ou seu homebroker para saber o preço do momento na hora de negociar.

Para investir nesses ativos, você precisa estar atendo com três principais custos, são eles: 

  • 1º: Custódia;
  • 2º: Emolumentos;
  • 3º Corretagem. 

Os dois primeiros tendem a custar algo na ordem de 0,2% ao ano e a corretagem vai depender da corretora que você está inserido. 

Sobre o imposto de renda, independente de reforma tributária e do que está para acontecer, hoje o que é feito em relação aos ETF’s é o seguinte: se eu negociei o ETF em bolsa de valores e apurei um ganho financeiro, necessariamente preciso apurar quanto dinheiro eu ganhei e sobre esse valor de ganho eu tenho que pagar uma DARF no valor de 15% desse ganho. 

Se ganhar R$100,00 reais, tem que entrar no site da Receita Federal Digitar “R$15,00 reais” por ser 15% do ganho, emitir a DARF, ir ao banco e pagar a DARF.

Entenda mais sobre o tema: Imposto de Renda para investidores da Bolsa de Valores

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