Por iHUB 29 de novembro 2021
5 minutos de leitura
Leitor automatico
1x
1,5x
2x

Desempenho do mercado financeiro entre 21 e 28 de novembro; alguns países como Israel já fecharam suas fronteiras e o mercado teme uma nova onda de lockdowns pelo mundo; veja os assuntos que podem impactar seus investimentos esta semana.

Nas últimas semanas temos abordado, neste boletim, os motivos pelos quais a bolsa brasileira tem apresentado tanta volatilidade e queda acentuada de diversos ativos, da renda-fixa até as ações.

A crise hídrica, PEC dos precatórios, inflação no Brasil, Estados Unidos e  China, falta de energia na Europa, crise logística global e dos microprocessadores e alta da Selic, são fatores que contribuem para que os investidores busquem reduzir sua alocação em ativos considerados de maior risco, migrando suas aplicações para investimentos mais seguros. 

É possível observar isso devido às bolsas caírem no mundo inteiro e o dólar apresentar alta frente a uma cesta de moedas. Mas, desta vez parece ser diferente, somando a este coquetel que é de tirar o sono dos economistas e estrategistas, estamos diante do que possivelmente será a variante mais transmissível da coronavírus.

A variante Ômicron representa risco elevado, mas há dúvidas sobre o potencial de danos que a variante pode causar, de acordo com a OMS

Identificada inicialmente na África do Sul, a variante foi batizada de Ômicron e segundo o jornal Financial Times ela tem se disseminado mais rapidamente do que as cepas anteriores como a Delta e a Beta.

Ainda é cedo para dizer se ela é mais letal, por exemplo, mas alguns países já começaram a tomar medidas protetivas como proibir a chegada de viajantes vindos da África do Sul, ou até mesmo fechando suas fronteiras para conter o avanço da disseminação. O rumor de que as viagens possam ser canceladas fez com que o preço do barril de petróleo caísse 13% apenas nesta sexta-feira, 26/11. Vale lembrar que a commodity é responsável pelo querosene de aviação que é o combustível das aeronaves.

As economias mundiais davam sinais claros de aquecimento e o Federal Reserve (Banco Central Americano) já sinalizava a redução dos estímulos à economia, fica agora a dúvida de como ficará essa questão caso o país entre novamente em lockdown. Alguns especialistas dizem que os estímulos financeiros dados pelo FED causam inflação por lá e mais cedo ou mais tarde o FED terá que subir os juros.

No Brasil, a questão macroeconômica que vigora e ainda preocupa o mercado é a inflação, o IBGE divulgou o IPCA-15 de novembro, que é a prévia para o mês da inflação, que apresentou alta de 1,17%, no comparativo com o mês anterior. A gasolina mais uma vez foi a vilã do índice com uma alta de 6,62%.

Leia também: Como a inflação afeta os investimentos no dia a dia?

No cenário político tudo indica que a PEC dos precatórios será votada nesta terça-feira pelo senado, mas isso ainda não está confirmado.

Confira como o mercado encerrou a semana

Destaques do Ibovespa

Veja as empresas que mais valorizaram e as que mais se desvalorizaram na semana.

A Petrobrás anunciou que pretende distribuir R$392 bilhões ao longo dos próximos 5 anos, esta notícia somada à descoberta de petróleo na bacia de Santos animou os investidores e isso fez o papel subir 9,10% na semana.

Black Friday

A data mais aguardada pelas varejistas chegou, nos últimos anos as vendas da Black Friday superaram as do Natal. 

A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) estima que este ano o movimento será de R$3,9Bi, o que representaria uma alta de 3,8% em relação ao ano anterior, mas não é motivo para as varejistas comemorarem uma vez que devido a inflação, em termos reais isso representa uma queda de 6,5%, a primeira em 5 anos.   

Câmbio

O Dólar encerrou a semana praticamente estável, mas com queda de 0,07% em relação ao Real, cotado em R$5,60 /USD.

Recomendações dos analistas

A XP anunciou a troca de algumas ações da sua carteira gráfica semanal Top Picks, confira a seguir.

Você pode ter acesso à essa e muitas outras carteiras gratuitamente, acesse gratuitamente nossa área logada.

Boletim FOCUS

Focus aponta para maior expectativa de inflação e menor crescimento do PIB. 

Levando em consideração que já estamos encerrando o ano de 2021, decidimos incluir neste boletim as expectativas do Focus para 2022. 

Em mais uma semana consecutiva, os especialistas projetam uma inflação maior em 2022. Há quatro semanas acreditava-se que a inflação (IPCA) de 2022 seria 4,55%, hoje a expectativa dos especialistas já está em 5%. Este número é emblemático uma vez que a meta da inflação é 3,5% a.a., com um intervalo de confiança de 1,5 ponto percentual para mais (5%) e para menos (2%), ao projetarem um IPCA no limite do intervalo de confiança fica então a dúvida se o Banco Central será capaz de segurar a inflação no ano que vem.

A taxa Selic e o câmbio permaneceram estáveis na visão dos analistas de uma semana atrás.

O Relatório Focus é divulgado pelo Banco Central e resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado.

Confira as projeções do FOCUS.

A temporada de balanços do 3º trimestre continua, o que se atentar?

Confira quem divulga balanço esta semana.

Em meio a um cenário de incertezas, ter um profissional qualificado que te ajude a escolher os melhores investimentos para sua carteira, de acordo com seu perfil, é essencial. Preencha o formulário abaixo, que um de nossos assessores vai entrar em contato com você.