Por iHUB 06 de março 2023
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Confira o que foi notícia na semana e os motivos para nova queda no Ibovespa

O Ibovespa encerrou mais uma semana em queda, aos 103.865 pontos. O índice sofreu impactos após o anúncio de queda do preço dos combustíveis, a taxação sobre exportações de óleo bruto no Brasil e, novamente, ataques ao Banco Central por conta da política de juros após o anúncio negativo do PIB referente ao 4T22.

Em Wall Street, a semana foi de volatilidade, sob influência da forte oscilação das taxas dos treasuries norte-americanos. No final, as bolsas acabaram em alta, depois do discurso de alguns dirigentes do FED acalmando o mercado.

Fonte: Investing

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Cenário local

A taxa de desemprego medida pelo Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), feita entre outubro de 2022 até dezembro do mesmo ano, encerrou em 7,9%, recuando no comparativo aos 8,7% registrados no período anterior.

O PIB referente ao 4° trimestre de 2022 teve leve recuo de 0,2%, na comparação trimestral, vindo em linha com a expectativa. No entanto, o acumulado de 2022 subiu 2,9%, abaixo do esperado. Pesaram no 4T22 a queda dos investimentos e indústria, já o recuo da agropecuária de 1,7% em 2022 foi a principal contribuição negativa para o PIB. Além disso, como mencionamos anteriormente, a queda no Ibovespa também foi importante na semana.

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Fonte: B3

Radar corporativo

A semana apresentou forte volatilidade porque o mercado reagiu com mau humor sobre a prévia operacional da Vale vir abaixo do esperado, reportando dados inferiores na produção de minério de ferro, com queda de 2%. Segundo a companhia, o número vir abaixo do esperado se deve aos atrasos de licenciamento na Serra Norte.

A temporada de balanços também começou, e tivemos números do Banco Santander, também reportando dados abaixo da expectativa. O banco foi impactado diretamente pelo caso de Americanas, com recuo de 46% em seu lucro líquido, aproximadamente R$ 1,69 bi. Com isso, registrou queda de 21,1% no ano para R$ 12,9 bi.

Como destaque positivo, a Natura entre as principais altas da semana, subindo com rumores de que a LVMH e L’Oréal estariam interessadas em comprar uma participação na marca de cosméticos de luxo, Aesop.

Macro EUA

A principal notícia da semana é referente ao anúncio do índice de manufatura em fevereiro (47,7), que veio abaixo do esperado pelo mercado (48).

Macro Europa

A inflação na França voltou a ganhar força, atingindo 7,2% em fevereiro, contra 7% de janeiro, um novo recorde no país.

O preço ao consumidor na Espanha bateu os 6,1% em fevereiro, contra os 5,9% de janeiro e acima dos 5,5% de consenso entre os analistas.

Na zona do Euro, a inflação subiu para 8,5% em fevereiro, acima do consenso (8,2%) e com o núcleo acelerando para 5,6% (5,3% anteriormente). 

Macro China

O índice de atividade industrial na China voltou a se expandir em fevereiro, atingindo 51,6 pts, contra 49,2 de janeiro.

Commodities

As commodities metálicas tiveram leves altas com dados melhores da China. Já o barril de petróleo subiu com a menor aversão ao risco.

Juros

Curva de juros abriu sob influência externa, com abertura dos yields dos treasuries norte-americano. Pelo lado interno, a taxação das exportações de óleo bruto também ajudaram a estressar a curva.

Câmbio

O dólar teve uma semana volátil com noticiários internos e exterior volátil tbm. No entanto, terminou em leve queda.

Renda Fixa

Taxas tiveram alta na semana refletindo a piora do cenário interno, após novamente o governo atacar a o Banco Central e anunciar taxação sobre exportações de petróleo.

NTNBs longas atingiram IPCA+6,50% nível atingido em 2016, com a NTN-B 2045 renovando máxima histórica de IPCA+6,58%. Taxas pré-fixadas de bancários também tiveram elevações tocando os 16% a.a. 

Perspectivas para semana

A semana terá importantes indicadores no exterior, com payroll e discurso de Jerome Powell nos EUA, discurso de Lagarde no Banco Central Europeu e decisões de juros no Japão, Canadá e Austrália. 

No Brasil, teremos os focos no IPCA, notícias no novo arcabouço fiscal de Haddad e eventos fechados de Campos Neto e diretores do BC com gestoras. Por fim, teremos os balanços da CSN, Braskem, Magazine Luiza e Embraer ao longo da semana.