Por Paulo Cunha 09 de junho 2022
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Confira o panorama do mercado financeiro entre maio/junho de 2022

Fica cada dia mais claro que a inflação é um fenômeno global e persistente no ano de 2022. O que antes era percebido como algo temporário e causado pela pandemia, agora já é encarado como um problema crônico e preocupante.

Sendo assim, os principais Bancos Centrais do mundo têm adotado políticas contracionistas para combater a alta dos preços e, como sempre costuma acontecer em períodos assim, os mercados ficam mais avessos e sem uma perspectiva muito positiva no horizonte até que fique claro quando o aperto dos juros deve terminar.

Lá fora..

A expectativa de maiores juros impostos pelo FED causou desvalorização de -2,1% no índice de Tecnologia da Nasdaq, que costuma ser mais sensível a estes movimentos.

No entanto, o S&P ficou no zero a zero, evidenciando que os investidores estão em um compasso de espera antes de realizar novos movimentos mais bruscos após a realização ocorrida nos últimos quatro meses.

…no Brasil

O panorama do mercado financeiro nacional em maio foi um pouco mais positivo, com o Ibovespa se valorizando 3,31%, e o dólar se desvalorizando 5,92%, o que sinaliza que deve estar havendo entrada de fluxo estrangeiro de investimentos no Brasil.

Vale dizer que os múltiplos locais continuam bastante descontados quando olhamos a relação preço e lucro das Empresas e da Bolsa como um todo, o que pode sinalizar preços atraentes para compras, porém no longo prazo é sujeito a muita volatilidade.

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Em uma visão setorial podemos perceber que os segmentos de Energia e Commodities parecem os mais atraentes.

Fonte: XP Investimentos

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Visão de gestores e a performance dos fundos multimercados

Uma visão mais otimista também aparece no case de alguns gestores renomados, como a Verde de Luis Stulberger, apesar de salientar que os riscos fiscais aumentaram devido a inflação e aproximação das eleições:

“O Brasil se beneficia no curto prazo com o aumento dos preços das commodities e o ciclo mais adiantado de aumento de juros. Por outro lado, as reiteradas ameaças ao combalido arcabouço fiscal do país por medidas eleitoreiras colocam pressão nos prêmios de risco. Um cenário que tem se mostrado mais complexo para ações, apesar dos valuations atrativos, e tem beneficiado a moeda dado o enorme diferencial de taxas de juros”, explica o gestor.

Em outra carta, a Quantitas também afirma que segue aproveitando os preços baixos da bolsa local, apesar do cenário de curto prazo mais desafiador:

“No cenário atual de preços, não entendemos existir assimetria de risco relevante na bolsa ou juros nos EUA. No entanto, consideramos segmentos mais atrativos atrelados a valor na bolsa local, ainda que não existam triggers claros no curto prazo para uma melhora estrutural relevante nos preços”, destaca.

Até o encerramento do mês de maio, em 2022 o Índice dos Fundos multimercados (uma média da indústria) entregou 8,75%, uma das classes mais rentáveis no ano.

Quais riscos devemos nos atentar?

Nos EUA, a incerteza quanto a intensidade e prolongamento do aperto dos juros deve continuar guiando as bolsas, junto o desenrolar da guerra na Ucrânia que segue pressionando a inflação.

No Brasil a aproximação com as eleições e as divulgações das pesquisas eleitorais que certamente vão trazer volatilidade para os próximos meses.

Fonte: XP Investimentos

Abaixo, confira os principais indicadores do mercado financeiro em maio de 2022:

  • CDI: +0,99%
  • Poupança: +0,64%
  • IPCA-15: +0,59%
  • Ibovespa: +3,21%
  • S&P 500: +0,06%
  • Nasdaq: -2,04%
  • Ouro: -3,65%
  • Bitcoin: -15,59 %
  • Dólar: -5,92%
  • IHFA: +1,27%
  • IFIX: -1,47%

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