Ibovespa recua em meio a maior aversão ao risco global

Dados macroeconômicos no Brasil, EUA e China são divulgados essa semana

O Ibovespa enfrentou uma semana de realização, impactado pelo aumento da aversão ao risco no mercado global. A insegurança foi intensificada pelas incertezas relacionadas às tarifações do governo norte-americano sob a administração de Trump.

Nos Estados Unidos, a atividade manufatureira demonstrou sinais de recuperação, ao registrar 50,9 pontos em janeiro (25), indicando expansão econômica com a leitura acima da faixa de 50 pontos.

Enquanto na Europa, a inflação na região apresentou alta de 2,7% no mesmo período, superando as expectativas do mercado e causando impacto significativo no ambiente econômico europeu.

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Por fim, na China, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,5% em relação ao ano anterior, ligeiramente acima da previsão de 0,4%. Trata-se do maior aumento desde agosto de 2024. Por outro lado, a inflação ao produtor (PPI) permaneceu em território negativo. A leitura de -2,3% a.a. marca o acumulado de deflações iniciadas em novembro de 2022.

Cenário Local

Dados recentes apontam que a Produção Industrial brasileira apresentou um desempenho superior ao esperado no mês de dezembro de 2024, registrando um crescimento de 1,6%. O avanço supera o resultado alcançado em novembro de 2024, que havia sido de 1,1%, indicando um ritmo mais acelerado nas atividades industriais no final do ano.

No entanto, a inflação ao produtor também mostrou sinais de pressão no mesmo período. O índice subiu 1,48% em dezembro, ganhando força quando comparado ao mês de novembro, que apresentou alta de 1,25%. O movimento sugere desafios adicionais no controle dos preços no âmbito da cadeia produtiva, um fator que deverá ser monitorado de perto nos próximos meses.

Juros

A trajetória da curva de juros passou por uma nova elevação na última semana, impulsionada principalmente por sinais de incerteza fiscal e pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (COPOM), que apresentou um tom mais cauteloso do que o esperado pelo mercado.

O cenário reflete preocupações de agentes econômicos em relação ao equilíbrio das contas públicas e às possíveis repercussões na política monetária. Adicionalmente, o documento do COPOM reforçou uma postura conservadora, o que intensificou as expectativas sobre a manutenção de uma taxa de juros elevada no curto prazo.

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Câmbio e Commodities

Na sexta semana seguida de valorização, o real continua registrando ganhos consideráveis em relação ao dólar, impulsionado por um expressivo fluxo de entrada de capital estrangeiro no país. O movimento reflete a crescente atratividade do mercado brasileiro para investidores internacionais em meio a um cenário econômico global desafiador.

Os preços do barril de petróleo registraram queda ao longo da semana, refletindo as incertezas em torno da tarifação dos Estados Unidos e seus possíveis impactos sobre o consumo global.

Renda Fixa

As taxas de renda fixa registraram alta recentemente, impulsionadas pela abertura da curva de juros e pelo aumento das expectativas de inflação. O movimento foi acompanhado por um tom mais rígido na ata do Copom, refletindo o cenário econômico atual.

Perspectivas para a semana

A semana promete ser marcada por indicadores macroeconômicos cruciais relacionados à inflação no Brasil, Estados Unidos e China. Esses dados são aguardados com grande interesse pelo mercado financeiro, dado o impacto direto no contexto econômico global. 

Além disso, a temporada de divulgação de balanços corporativos continua movimentando o cenário internacional, oferecendo uma visão mais clara sobre a saúde financeira de empresas em diferentes setores e regiões do mundo.

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