Ibovespa encerra no positivo após saída do CEO da Petrobras

FED sinaliza que taxas de juros nos EUA podem permanecer em patamares altos por mais tempo

O Ibovespa fechou a semana em território positivo, após uma série de oscilações marcantes, influenciado principalmente pela saída do CEO da Petrobras e pela publicação da ata do Copom, que, apesar de revelar divergências entre os votos, unificou os membros do comitê no compromisso contra a inflação.

Nos Estados Unidos, a situação foi diferente. O presidente do Federal Reserve declarou não ver necessidade imediata de elevação das taxas de juros. Contudo, sinalizou que estas permanecerão em patamares altos por um período mais extenso, o que reacendeu o ânimo das empresas de tecnologia, propiciando uma escalada dos índices acionários a novos recordes históricos.

Em uma atualização recente sobre o cenário econômico dos Estados Unidos, observou-se um aumento significativo na inflação do atacado em abril. Os números divulgados mostraram um crescimento de 0,50%, superando as expectativas de analistas que previam uma alta de apenas 0,3%. Além disso, o núcleo da inflação, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, também registrou um aumento de 0,5%, ultrapassando as projeções de 0,2%.

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Por outro lado, a inflação ao consumidor nos Estados Unidos teve um comportamento mais contido em abril. O índice avançou 0,3%, alinhado às expectativas do mercado. Em uma análise anual, a inflação ao consumidor recuou para 3,6% nos últimos 12 meses, apresentando um decréscimo em relação aos 3,8% registrados anteriormente.

Este comportamento misto nos índices de inflação reflete os desafios contínuos enfrentados pela economia americana, equilibrando entre o crescimento econômico e a estabilidade de preços.

No primeiro trimestre de 2024, a economia da zona do euro registrou um crescimento de 0,3% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme indicam os dados recentes.

Cenário Local

No mais recente comunicado do Comitê de Política Monetária (COPOM), observou-se uma divisão de opiniões entre seus membros quanto à condução da política de juros no Brasil. Uma parcela do grupo se mostrou favorável à manutenção do ajuste previamente sinalizado de 50 pontos-base, seguindo o compromisso assumido na reunião anterior.

Por outro lado, uma corrente mais cautelosa prevaleceu, optando por um aumento mais moderado de 25 pontos-base. Essa decisão reflete as preocupações com o cenário internacional desafiador e as incertezas no âmbito fiscal do país. A ata do encontro reiterou, contudo, a determinação unânime dos membros em alcançar a meta de inflação estabelecida.

No front econômico interno, o setor de serviços demonstrou sinais de recuperação em março, registrando um crescimento de 0,4%, uma reversão positiva após a queda de 0,9% observada em fevereiro. Esse resultado contribui para um acumulado positivo de 1,4% nos últimos 12 meses, evidenciando uma trajetória de melhoria gradual na prestação de serviços no país.

Juros

A curva de juros experimentou um leve recuo, após registrar uma expressiva elevação na semana anterior. Esse movimento foi igualmente influenciado pela estabilidade dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, conhecidos como treasuries.

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Câmbio e Commodities

Na última semana, o real registrou uma discreta valorização frente ao dólar, que se manteve quase inalterado no cenário global.

O preço do barril de petróleo experimentou um aumento, impulsionado pela expectativa de um leve crescimento na demanda mundial. Em um movimento similar, a maioria dos metais também viu seus valores subirem, com o gás natural merecendo um destaque especial pela expressiva alta.

Renda Fixa

Na semana que se caracterizou por sua volatilidade no mercado de renda fixa, as taxas de renda fixa apresentaram poucas variações.

Perspectivas para a semana

Na semana em curso, os holofotes do mercado estarão voltados para a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) e para os discursos do presidente do Federal Reserve (FED), Jerome Powell, bem como outros dirigentes da instituição. Este conjunto de eventos é aguardado com grande expectativa pelos investidores, que buscam sinais sobre os futuros movimentos da política monetária americana.

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