Ibovespa inicia a semana com tendência de queda
Mercado não está muito otimista com as perspectivas de queda do juros
Nos últimos dias, a economia dos Estados Unidos tem sido o centro das atenções, com notícias sobre a inflação ganhando destaque. O índice de preços ao consumidor de janeiro surpreendeu ao subir 0,3%, superando as expectativas iniciais e gerando impacto nos mercados financeiros globais.
A repercussão desses eventos tem se manifestado diretamente nas bolsas de valores e no comportamento dos investidores ao redor do mundo. A incerteza gerada pelas variações nos indicadores econômicos norte-americanos têm levado a um ambiente de cautela entre os agentes do mercado financeiro, que buscam compreender as possíveis ramificações desses acontecimentos na economia global.
A economia europeia tem sido alvo de grandes mudanças ao longo da última semana. A previsão de crescimento econômico da Alemanha para 2024 foi revisada para baixo, refletindo uma expectativa de 0,7%, em comparação com a projeção anterior de 0,9%.
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Além disso, o Reino Unido está previsto para enfrentar uma redução nos aumentos salariais em 2024, enquanto a taxa de inflação se mantém estável em 4% e os preços dos alimentos caem. Somando-se a isso, discursos iminentes de representantes dos bancos centrais, incluindo o FED e o BoE, podem influenciar as expectativas de taxas de juros para este ano.
Cenário Local
Na última semana, a economia brasileira apresentou uma série de eventos significativos que impactaram diversos setores, destacando-se o avanço da colheita brasileira de soja para a safra 2023/24 atingindo 20,9% da área plantada. Vale ressaltar que é esperado que o Ibovespa (IBOV) retorne do feriado do Carnaval com tendência negativa.
Juros e Renda Fixa
O comportamento das taxas de juros no Brasil na última semana tem sido influenciado pela incerteza em relação à direção da política monetária nos Estados Unidos. O recente corte na taxa Selic pelo Banco Central a reduziu para 11,25% ao ano, o nível mais baixo desde março de 2022.
As expectativas do mercado sugerem que a taxa pode atingir 9% ao ano até dezembro de 2024 e 8,5% ao ano até o final de 2025. Além disso, o mercado está menos otimista sobre a possibilidade de um futuro corte na taxa de juros, devido à inflação maior do que o esperado em janeiro.
Câmbio e Commodities
O dólar encerrou a semana cotado a 4,9595 reais, registrando uma diminuição de 0,72%, refletindo uma tendência de queda ao longo dos últimos dias, com acumulado de redução em 0,14%.
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O comportamento do preço do barril de petróleo na última semana surpreendeu os analistas e investidores, com um aumento de 12.018 milhões de barris nos estoques norte-americanos, totalizando 439.450 milhões de barris. Esse cenário contrasta com as previsões iniciais de um acréscimo de apenas 2.8 milhões de barris.
Além disso, a OPEP afirmou em seu relatório mensal que a demanda global por petróleo tende a crescer em 2024 e 2025, mantendo as projeções anteriores. Morgan Stanley elevou sua perspectiva trimestral para o preço do petróleo Brent para uma média de U$82.50 por barril nos dois primeiros trimestres.
Perspectivas para a semana
Atualmente, o calendário econômico desta semana é mais curto no Brasil, mas possui eventos que podem impactar os mercados globais. Entre os destaques estão a divulgação do PIB da Zona do Euro (15/02) e o Índice de Preços de Exportação nos EUA (15/02).
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