Ibovespa encerra em alta e inflação nos EUA sobe

Semana começa com expectativa pela ata do FED e movimentações fiscais no Brasil
O principal índice da Bolsa brasileira encerrou a sexta-feira em alta, repercutindo os desdobramentos de uma nova pesquisa que indicou queda na popularidade do governo Lula. No cenário internacional, a redução da aversão ao risco também contribuiu para um dia de otimismo entre os investidores, impulsionado pela implementação mais branda das tarifas comerciais promovidas pelos Estados Unidos no governo Trump.
O movimento do mercado reflete a combinação desses fatores, indicando uma percepção mais positiva sobre as perspectivas econômicas e políticas no curto prazo. Nos Estados Unidos, a inflação de janeiro de 2025 surpreendeu ao registrar alta de 0,5%, superando as estimativas do mercado, que apontavam para um avanço de 0,3%.
O núcleo da inflação, métrica amplamente monitorada pelo banco central norte-americano, também apresentou aceleração, atingindo 3,3% na comparação anual, ante os 3,2% registrados na leitura anterior.
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Na Europa, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro registrou crescimento de 0,9% na comparação anual, em linha com as expectativas. No entanto, a região enfrenta sinais de enfraquecimento econômico, evidenciado pela desaceleração do crescimento trimestral, que caiu de 0,4% para 0,1% no quarto trimestre de 2024, reforçando preocupações sobre o ritmo de recuperação econômica.
Cenário Local
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,16% em janeiro de 2025, resultado que ficou dentro das expectativas dos analistas do mercado financeiro. Entre os componentes que puxaram o índice para baixo, destaque para o grupo Habitação, impulsionado pela queda de 14,21% no preço da energia elétrica.
Este movimento foi o principal responsável pela leitura mais moderada da inflação no período. Além disso, a difusão do índice em janeiro também apresentou redução em comparação ao observado em dezembro de 2024, o que pode ser interpretado como um sinal de desaceleração na disseminação dos preços.
Dados recentes mostram que o setor de serviços registra um recuo pelo segundo mês consecutivo, com queda verificada em dezembro. Este comportamento sugere um arrefecimento da atividade no segmento ao final de 2024. Apesar disso, no acumulado anual, o setor apresentou expansão de 3,1%, reafirmando sua relevância no crescimento econômico ao longo do ano.
O comércio varejista brasileiro acompanhou a tendência de desaceleração e registrou uma leve queda de 0,10% em dezembro de 2024. No entanto, ao analisar o desempenho no acumulado do ano, o setor contabilizou uma alta de 4,10%, destacando a capacidade de recuperação no cenário de desafios econômicos enfrentados no último ano.
Em resumo, os dados divulgados pela economia brasileira apontam nuances importantes para diferentes setores, ilustrando uma conjuntura de desaceleração com sinais de resiliência em algumas áreas específicas.
Juros
A curva de juros apresentou recuo, acompanhando o movimento de queda nos títulos do Tesouro americano (treasuries). Investidores também ajustaram suas expectativas com a sinalização de que a implementação de medidas tarifárias da administração Trump poderá ocorrer em um ritmo mais lento do que inicialmente projetado. Esse cenário contribuiu para um alívio nos mercados, refletindo diretamente no comportamento dos juros.
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Câmbio e Commodities
O real registrou mais uma semana de valorização, impulsionado pelo fluxo de capital estrangeiro e pelo enfraquecimento do dólar em relação a uma cesta de moedas globais. Esse cenário reflete um movimento de ajustes no mercado financeiro, evidenciando a maior atratividade do mercado doméstico frente ao cenário internacional.
O preço do barril de petróleo enfrentou oscilações ao longo da semana, mas fechou próximo da estabilidade, refletindo as expectativas sobre um possível desfecho para a guerra na Ucrânia.
Renda Fixa
Taxas de renda fixa registram queda em meio ao recuo da curva de juros e à estabilização do câmbio.
Perspectivas para a semana
Nesta semana, investidores estarão atentos ao principal evento da agenda econômica global: a divulgação da ata do Federal Reserve (FED), que poderá oferecer sinais sobre os próximos passos da política monetária nos Estados Unidos. Paralelamente, a temporada de balanços corporativos continua a se desenrolar, trazendo novidades de empresas no Brasil, Europa e EUA.
No cenário doméstico, as atenções se voltam para o âmbito fiscal. O governo brasileiro planeja enviar ao Congresso uma proposta de isenção de Imposto de Renda para rendimentos mensais de até R$5 mil, medida que já desperta debates sobre seu impacto nas contas públicas.
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