Ibovespa fecha em alta pela quarta semana consecutiva
Declarações de Jerome Powell impactaram positivamente as bolsas norte-americanas
Nos Estados Unidos, as declarações de Jerome Powell sobre a taxa de juros não subir tanto devido a condições de crédito bancário mais rígidas e a expectativa de acordo de teto de dívida do governo norte-americano colaboraram para a alta das bolsas norte-americanas.
Dentro disso, os dados de vendas no varejo em abril nos EUA subiram 0,4%, abaixo dos +0,8% esperado. A produção industrial no país subiu 0,5% em abril, acima do consenso de -0,1%.
Na Europa, a produção industrial em março recuou 1,4%, mais do que a expectativa de +0,9%. Além disso, a inflação na zona do euro ficou nos 7% na comparação anual, acima dos 6,9% na leitura anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) do 1T23 subiu 0,6%, vindo em linha e subindo 1,3% no anualizado.
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Enquanto na China, os dados do varejo e indústria estão abaixo do esperado para o mês de abril. Com varejo em +18,4% – ante 21% – e indústria em +5,6% sendo que a expectativa era de +10,9% esperado.
Cenário Local
O Ibovespa fechou pela quarta semana consecutiva no positivo, com expectativas do arcabouço fiscal e exterior favorável, apesar da volatilidade da Petrobras com a mudança na política de preços dos combustíveis. Além disso, as vendas no varejo subiram 0,8% em março, acumulando alta de 2,4% no ano.
Encerrando com mais 2,10% aos 110.745 pontos, o Ibovespa já sobe 6,10% no mês de maio. Tivemos na semana como destaque, o anúncio de reajuste nos preços de combustíveis pela Petrobras, trazendo um alívio no cenário de inflação.
Do lado político, permanece o foco no andamento do arcabouço fiscal. No cenário corporativo, finalizando a temporada de divulgação de balanços referente ao primeiro trimestre do ano. Na última sexta-feira, tivemos exercício de opções.
A temporada de resultados foi encarada como mista pela XP, em relação ao EBITDA, 45% das empresas divulgaram resultado acima da expectativa e apenas 16% vieram abaixo. As expectativas de lucro das empresas subiram 3,30% para 2023 e para 2024 e 2025, os aumentos variam entre 5% e 7%.
Fluxo estrangeiro
O fluxo para o mês de maio está positivo em R$52,8 milhões, sendo que só no dia 18/05 (último dado reportado), foi de saída de R$316,5 milhões. No ano, o fluxo é positivo em R$11,210 bi.
Confira o comentário técnico por Gilberto Coelho Jr.
O IBOV superou a média de 200 dias e a resistência em 110.151 em sinal de força da tendência de alta. Acima dos 110.440 teria projeções em 114.800 ou 120.000. Abaixo de 108.085 teria sinal de realização mirando teste de suportes em 105.500 ou 101.000. O IFR sobrecomprado e as Bandas de Bollinger sugerem cautela com possíveis realizações.
O SP500 superou a resistência dos 4.200 abrindo espaço para novas altas na direção dos 4.330 ou 4.400. Abaixo dos 4.127 teria sina de realização mirando teste de suportes em 4.050 ou 3.970.
O DOLM23 apesar de abaixo das médias de 21 e 200 dias, segue em movimento de repique. Como superou os 4.985 vai mirando correção nos 5.015 ou 5.128. O sinal de baixa seria retomado com uma perda dos 4.963 mirando suportes nos 4.900 ou 4.830 por projeção de Fibonacci.
Juros
A curva de juros voltou a subir, após sucessivas quedas. O varejo e a indústria mais fortes corrigiram a curva para cima, com os agentes vendo que apesar dos juros altos a atividade econômica continua melhorando, podendo o Banco Central manter por mais tempo a taxa de juros elevada.
Câmbio e Commodities
O real registrou queda corrigindo as três semanas de quedas. O barril de petróleo e minério voltaram a subir, no entanto, o ouro teve uma semana de correção após tocar perto das máximas históricas na semana anterior.
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Renda Fixa
As taxas de renda fixa nos pré-fixados ficaram na estabilidade e o IPCA+ recuou devido ao recuo das expectativas de inflação com a aprovação do arcabouço fiscal no congresso. Enquanto os créditos privados continuaram com prêmios sobre as Bs interessantes, apesar do recuo das taxas desde o evento de Americanas e Light.
O mercado de emissões primárias de RF continuou fraco, com as empresas ainda esperando a definição do arcabouço fiscal e monitorando melhor momento para abrir novamente a janela de emissões.
Perspectivas para a semana
Para a semana o IPCA-15 e a ata do FOMC serão os principais acontecimentos da semana, além do arcabouço fiscal e teto de dívida dos EUA. No mais, Roberto Campos Neto discursa hoje e uma série de dirigentes do FED falam ao longo da semana.
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