FED sinaliza altas mais brandas nos juros norte-americanos

Brasil vive cenário volátil no mercado após discurso de Haddad em evento na Febraban

Nos Estados Unidos, a ata do último encontro do FED sinalizou que o órgão deve optar por altas mais brandas nos juros para as próximas reuniões. A última semana foi mais curta nos EUA devido ao feriado do dia de ação de graças.

O Brasil permanece em um cenário de volatilidade no mercado financeiro devido à questão da responsabilidade fiscal do próximo governo e ao discurso de um dos nomes mais cotados para o Ministério da Fazenda.

Na Europa, os índices de atividades econômicas na região recuaram para abaixo dos 50 pts, indicando retração, enquanto na China o Banco Central do país cortou o compulsório bancário em 25 pts.

Cenário Local

O Ibovespa teve mais uma semana de complicações com riscos fiscais e o discurso de Fernando Haddad – principal nome cotado para a Fazenda – na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que não agradou o mercado.

Além disso, o IPCA-15 subiu 0,53% no mês de novembro, ficando um pouco abaixo do esperado pelos analistas.

No radar corporativo da semana, as ações – que são mais expostas a juros – tiveram uma leve melhora, recuperando parte da queda sofrida na semana anterior, mesmo com o cenário de juros em uma situação delicada.

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O destaque de alta na semana foi Copel (CPLE6), após a empresa informar que o estado do Paraná tem a intenção de transformar a companhia em capital disperso, sem controlador. A empresa obteve aprovação na assembleia legislativa do Paraná, em um modelo parecido com o da Eletrobras, o que agradou bastante ao mercado, vislumbrando a possibilidade de privatização.

Veja aqui relatório da Levante sobre o tema e confira aqui o relatório da XP.

A Petrobrás (PETR4) trabalhou em volatilidade na semana, mas, na última quinta-feira, o senador Jean Paul Prates (PT) afirmou que o governo eleito terá “todo o cuidado para alertar o mercado de que não terá intervencionismo na Petrobras”. A fala fez com que acalmasse o ativo, desfazendo o desconforto que estava rondando até então.

Commodities e Juros

Os lockdowns na China pesaram sobre os preços da commodities, no entanto, o estímulo econômico do governo local diminuiu as perdas da semana.

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No Brasil, os juros tiveram fortes oscilações com riscos fiscais e alívio com IPCA-15 abaixo do esperado.

Renda Fixa

Em semana de incertezas e oscilações nos juros futuros, as taxas pré-fixadas e os papéis IPCA+ subiram na semana, tornando mais atrativo ainda se posicionar em renda fixa de vencimentos longos.

O mercado de emissões em renda fixa voltou a se aquecer com grandes emissões de empresas e bancos AAA abrindo para captações a taxas bastante atraentes, dado o momento incerto no Brasil. As taxas das emissões em andamentos seguem bastante altas.

Perspectivas para a semana

A semana será recheada de indicadores macro importantes com dívida pública no Brasil e PIB 3T22, além dos focos voltados na PEC de transição e equipe econômica do próximo governo.

No lado externo, a inflação nos EUA e Europa e payroll norte-americano serão os principais indicadores macro, que balizarão mais uma vez as projeções de juros e PIB nas principais economias do mundo.

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