Discurso de Powell impacta o mercado nos EUA

Divulgação de índices de inflação nos EUA e no Brasil são esperados durante a semana

A declaração otimista de Powell sobre a economia e a queda da inflação geraram um impacto positivo nos mercados financeiros. Wall Street alcançou um novo recorde histórico, demonstrando confiança nos rumos da economia. 

No entanto, as ações do setor de tecnologia sofreram correções, o que influenciou a realização de lucros nas bolsas de valores. As perspectivas favoráveis para a economia impulsionaram os investidores e refletiram-se nos índices de mercado, apesar das oscilações setoriais.

A queda de 9,88% nas ações da Petrobras devido à interferência impactou negativamente o Ibovespa, que encerrou a semana em terreno negativo. Além disso, o real brasileiro enfraqueceu 1,1% no mesmo dia. A instabilidade do mercado financeiro reflete a sensibilidade dos investidores a eventos externos e internos que podem afetar as empresas e a economia como um todo.

A economia norte-americana apresentou um crescimento significativo em fevereiro de 2024, com a criação de 275.000 vagas, superando a expectativa de 229.000. No entanto, os dados de janeiro sofreram revisão para baixo, passando de 353.000 para 229.000. Além disso, houve um aumento na taxa de desemprego, que atingiu 3,9%.

Na semana passada, o Banco Central Europeu anunciou a decisão de manter as taxas de juros inalteradas em 4,0%. Essa escolha foi feita diante da queda na inflação, com previsões revisadas para baixo em 2024, principalmente devido aos preços mais baixos de energia.

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Na China, o crescimento das exportações do país em 7,1% e o aumento das importações em 3,5% no período de janeiro a fevereiro superaram as expectativas, indicando uma melhoria na demanda e sinalizando um cenário positivo para o comércio global e a recuperação econômica.

Cenário Local

No Brasil, o aumento da dívida pública em relação ao PIB para 75,0% em janeiro de 2024 reflete a necessidade de medidas para conter o déficit fiscal e manter a sustentabilidade das contas públicas. 

O superávit primário de janeiro (R$102,1Bi) veio acima do esperado e melhor do que o mesmo período de 2023 (R$99,0 Bi). Sua projeção para os próximos anos são indicativos positivos, mas é crucial monitorar a evolução da dívida em relação ao PIB para garantir a estabilidade econômica e fiscal do país.

Juros

A curva de juros subiu, apesar dos melhores números do superávit primário de janeiro e das declarações de Powell sobre a inflação recuando. O aumento na curva de juros se deve a diversos fatores, incluindo a taxa de inflação, perspectivas econômicas e decisões do Banco Central. 

A movimentação da curva é influenciada tanto por condições econômicas domésticas quanto internacionais, especialmente mudanças nas expectativas para as políticas de taxa de juros nos Estados Unidos.

Câmbio e Commodities

A desvalorização do real na semana foi impactada principalmente pela queda de cerca de 10% das ações da Petrobras na sexta-feira. Esse declínio resultou em uma diminuição de 1,36% no índice de ações brasileiro referente à semana.

A queda no preço do barril de petróleo e a alta das commodities metálicas estão diretamente ligadas aos dados melhores do que o esperado da China durante a semana. Previsões indicam um aumento na oferta global de petróleo para 2024, porém, a recente queda nos preços é atribuída às preocupações com a escassez de suprimentos e ao aumento nos estoques de petróleo bruto nos EUA.

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Renda Fixa

As taxas das rendas fixas mantiveram-se estáveis, mesmo com a abertura dos juros futuros. Este cenário reflete a expectativa de estabilidade da taxa Selic para 2024. Importante considerar a atual taxa básica de juros de 11.75%. A próxima reunião do Banco Central está marcada para os dias 30 e 31 de janeiro de 2024.

Perspectivas para a semana

A semana será recheada de indicadores macros, com os focos nos índices de inflação nos EUA e Brasil. Ademais, o mercado segue acompanhando as novas notícias em relação a dividendos da Petrobras. Investidores devem ficar atentos a possíveis impactos nos mercados acionários e cambiais.

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