Por iHUB 15 de agosto 2022
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No Brasil, a temporada de balanços é positiva, com 73% dos resultados acima da expectativa

O otimismo prevaleceu nos mercados na última semana. As bolsas americanas subiram – após a inflação nos EUA em julho ter vindo abaixo do esperado –  marcando a quarta semana consecutiva de alta, o que leva os agentes a apostarem em um FED menos agressivo no ciclo de altas nos juros.

Os dados de inflação ao consumidor americano, ainda que próximo das máximas históricas (8,5% aa), mostraram que a inflação desacelerou no mês com queda dos preços da gasolina, o que compensou a alta nos preços dos alimentos. Nos demais mercados, a Europa encerrou a semana com ganhos de 1,20% e o Japão com alta de 1,30%, já Hong Kong fechou a semana em estabilidade. 

Apesar da preocupação com a pressão inflacionária e a crise energética da Europa, as apostas do mercado são para um FED mais ameno na próxima reunião – com aumento de 0,50% –, deixando o mercado mais confortável com ativos de risco e afastando o receio de os EUA de fato estarem em uma recessão.

Dados de atividade também mostram um mercado de trabalho robusto, o que corrobora com a tese de que a inflação possa retornar à meta sem que o FED tenha que surpreender com altas severas na taxa de juros.

A temporada de balanços corporativos do 2º trimestre do ano está chegando ao fim, com 73% das companhias apresentando dados melhores do que a expectativa, com destaque para o setor de energia com crescimento de cerca de 300% no lucro líquido de forma agregada. 

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Vale ressaltar que, se remover o setor de energia do S&P 500, os retornos teriam contraído 3,70% no trimestre.

Cenário Local

No Brasil, o Ibovespa seguiu a tendência de alta e fechou positivo em 5,91% na semana, em 112.764 pontos. Foram divulgados também os dados de inflação brasileira, com o IPCA de julho trazendo deflação de -0,68%, menor taxa mensal desde 1980 e primeira queda em dois anos. 

A queda se deve principalmente à redução no preço dos combustíveis (redução de impostos e ajuste de preços da Petrobras), o que fez com que a gasolina recuasse mais de 15% no mês e o etanol, 11%. Além disso, o IGP-M e o IPC-M também estão contraindo. A preocupação se dá pelos preços do setor de alimentação que seguem em alta. 

Na última quinta-feira (11/08), a Petrobras anunciou mais uma queda de 4,07% no preço do diesel, contribuindo também para o alívio inflacionário. Agora, na manhã desta segunda-feira (15/08), a companhia divulgou uma queda no preço da gasolina em 4,8%.

Estes sinais reforçam a tese de que o ciclo de alta da Selic está no fim e o mercado começa a pensar na possibilidade de projetar uma queda, sustentando a busca por ativos de risco. A ata do Copom reforçou a possibilidade do ciclo estar próximo ao fim.

Além disso, a última semana foi intensa na agenda de balanços corporativos, encerrando a temporada. Foi observada a recuperação nas margens e a melhor capacidade de lidar com adversidades, como pressões de custo e aumento de juros. 

Cerca de 73% dos resultados apresentados foram acima da expectativa e o Ibovespa reagiu bem aos números mais consistentes.

Confira como o mercado encerrou a semana

Fonte: Investing.com.br

Destaques do Ibovespa

Fonte: B3

Relatório FOCUS

No relatório focus divulgado hoje, ocorreram as seguintes alterações:

A curva de juros futuros teve novamente forte queda, refletindo ainda a ata do Copom, alívio no dólar e melhora do sentimento em relação ao Brasil. Ainda assim, a inflação nos EUA abaixo do esperado pode contribuir também para aliviar a curva.

Fluxo do Investidor Estrangeiro

O fluxo segue bastante positivo no país. O último dado divulgado pela B3 foi do dia 11/08, trazendo forte entrada de R$1,64 bilhões para a bolsa. 

Nos últimos 10 pregões divulgados, foram mais de R$7,79 bi, com apenas 1 dia com fluxo negativo, trazendo como resultado para parcial do mês de agosto uma entrada de capital de R$7,43 bi, e no ano entrada de R$61,19 bi.

Veja também: Deflação no Brasil pode se estender até o fim de agosto

Perspectivas para a semana

No Brasil, a temporada de balanços continua nesta semana e, no exterior, o destaque é a ata do FED, além da inflação na zona do Euro. Por fim, o foco, na Ásia,  é a reação da China com a chegada da delegação de congressistas norte-americanos em Taiwan.

Esta semana se inicia com informações chinesas pesando no cenário, trazendo dados de venda no varejo, investimento e produção industrial abaixo do esperado no país, reforçando a tese de desaceleração global. 

O Banco Central da China cortou os juros por lá, inesperadamente, com o objetivo de incentivar a economia, porém, economistas acreditam que possa ter pouco impacto, já que os controles da Covid tornam as famílias e empresas relutantes em tomar empréstimos. 

As commodities estão sendo pressionadas para baixo, com petróleo caindo cerca de 3% nesta manhã e minério de ferro de Qingdao -3,61% e essas preocupações devem trazer uma pressão negativa no início da semana. 

Confira abaixo o calendário econômico desta semana

Fonte: Investing.com.br

Veja também o calendário de balanços para esta segunda-feira (15/08)

Fonte: Investing.com.br

Confira os dados de expectativas e números reportados na cobertura XP

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