Por iHUB 14 de outubro 2024
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Balanços de gigantes como Netflix e Walmart nos EUA serão divulgados nesta semana

Na última semana, o Ibovespa registrou uma retração, impactado principalmente pelo aumento do risco fiscal e pela saída de investidores estrangeiros. Em contraste, Wall Street apresentou um desempenho positivo, impulsionado por balanços corporativos dos grandes bancos norte-americanos que superaram as expectativas do mercado.

O núcleo de inflação nos Estados Unidos registrou um aumento maior do que o esperado em setembro, alcançando 0,2% em comparação com a expectativa de 0,1%. No acumulado anual, a inflação ficou em 3,3%, ligeiramente acima da previsão de 3,2%. Essa variação inesperada reflete as pressões persistentes sobre os preços na economia norte-americana.

Além disso, a ata recente do Federal Reserve (FED) revela uma divisão entre seus dirigentes quanto aos próximos passos da política monetária. Enquanto parte do mercado aguarda uma redução de 0,25% nas taxas de juros, há uma expectativa crescente de que a autoridade monetária opte por manter a estabilidade na próxima reunião. Essa incerteza destaca os desafios enfrentados pelo FED em meio a um cenário econômico complexo.

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A ata do Banco Central Europeu (BCE) revelou uma postura cautelosa em relação aos cortes agressivos das taxas de juros na região. As discussões destacaram preocupações persistentes com a inflação, que continua a ser um fator de atenção significativo para os formuladores de políticas monetárias.

Fonte: Investing

Cenário Local

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma elevação de 0,44% em setembro, revertendo a deflação observada no mês anterior. Os segmentos de alimentos e energia destacaram-se como os principais vetores desse crescimento inflacionário. 

No cenário do comércio, as vendas no varejo apresentaram uma retração de 0,3% em agosto. No entanto, quando comparadas ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 5,1%.

Fonte: B3

Juros

A recente abertura da curva de juros reflete as incertezas fiscais crescentes, desencadeadas pelo anúncio do governo sobre possíveis alterações na faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). 

O mercado demonstra apreensão diante da possibilidade de uma nova tributação sobre os mais ricos. As discussões em torno dessas medidas fiscais têm gerado um ambiente de cautela entre investidores, que observam atentamente os desdobramentos políticos e econômicos.

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Câmbio e Commodities

O real sofreu nova desvalorização em meio à saída de investidores estrangeiros, enquanto o dólar se fortalece globalmente. No cenário das commodities, o preço do barril de petróleo registrou alta devido à instabilidade no Oriente Médio. Em contrapartida, as commodities metálicas enfrentaram queda, motivada pela decepção com a falta de novos estímulos econômicos na China.

Renda Fixa

As taxas de renda fixa apresentaram uma nova alta, impulsionadas pela abertura dos juros futuros e pelo crescimento das expectativas de inflação. Este movimento sinaliza uma preocupação crescente entre os investidores em relação ao cenário econômico, sugerindo ajustes nas estratégias de alocação de ativos para mitigar riscos associados à inflação.

Perspectivas para a semana

Na semana que se inicia, o foco estará voltado para importantes indicadores macroeconômicos globais. No Brasil, a agenda econômica se mostra mais tranquila. Nos Estados Unidos, a divulgação de balanços de grandes instituições financeiras, como bancos, Netflix e Walmart, promete injetar volatilidade nos mercados. Além disso, serão apresentados dados cruciais das indústrias e do varejo. 

Na Europa, a atenção se volta para mais uma decisão de política de juros. Enquanto isso, na China, serão divulgados os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2024.

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