Por iHUB 20 de dezembro 2021
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O fantasma da inflação, velho conhecido dos brasileiros, resolveu dar as caras pelo mundo afora. Bancos centrais das principais economias se veem obrigados a agir para que o problema não fuja ao controle.

Nesta semana foi a vez do FED – Federal Reserve, Banco Central Americano – se dirigir ao mercado e anunciar a antecipação do término dos estímulos da economia já em março de 2022. Na prática, isso significa que o FED deixará de comprar títulos no mercado, com o objetivo de reduzir o dinheiro em circulação na economia, e isso contribui para a diminuição da inflação. Além disso, o banco central americano informou que a elevação da taxa de juros pode ser antecipada e sinalizou pelo menos três aumentos em 2022.

Na Europa o cenário é parecido com os Estados Unidos, embora o BCE – banco central europeu- tenha mantido a taxa de juros, ele anunciou que o fim da compra de títulos será mais breve do que o esperado pelo mercado.

Fonte: XP Investimentos

Leia também: Como a inflação afeta os investimentos no dia a dia?

A variante Ômicron continua a trazer incertezas quanto à possibilidade de novos lockdowns pelo mundo. Países como a Alemanha já começam a exigir quarentena de pessoas que chegam da Inglaterra e da Holanda, locais que vem apresentando aumento nos casos do Covid.

Nos Estados Unidos a situação é parecida. Epidemiologistas que estão estudando a disseminação do vírus, dizem que o país está passando por uma nova onda e isso pode sobrecarregar o sistema de saúde.

Embora a Ômicron, aparentemente, tenha menos impacto no aumento da mortalidade, a hipótese de que novos lockdowns aconteçam traz volatilidade para todos os mercados. 

No Brasil, foi divulgada a ata do COPOM – Comitê de Política Monetária o Bacen reafirmou seu compromisso em trazer a inflação de 2022 para mais próximo do centro da meta, e sinalizou um novo aumento da taxa SELIC em 150bp já na próxima reunião, que acontecerá em fevereiro de 2022.

No cenário político, o destaque foi para aprovação da PEC dos precatórios em segundo turno e para a queda do veto ao aumento do fundo eleitoral que deve liberar R$5,7 bilhões para serem utilizados nas campanhas políticas do próximo ano.

Confira como o mercado encerrou a semana

Fonte: Investing.com.br

Destaques do Ibovespa

Veja as empresas que mais valorizaram e as que mais se desvalorizaram na semana.

Fonte: B3

O caso da Eletrobrás segue em discussão pelo TCU – Tribunal de Contas da União. Após algumas análises, o órgão adiou o parecer final, mas deu sinal verde para que o governo e a companhia continuem com o rito processual de desestatização.

Após aprovação do conselho da Americanas S.A. para incorporar as ações da LAME4,  o preço das ações das duas companhias disparou 9,9% e 12,04% respectivamente, na semana.  

Câmbio

O dólar encerrou a semana em alta de 1,49% em relação ao real, cotado em R$5,69/USD.

O índice DXY, que compara o dólar com outras seis moedas fortes, caiu diante dos discursos dos bancos centrais europeus reafirmando o compromisso em frear a inflação, isso fez essas moedas se fortalecerem e o dólar enfraquecer.

Renda fixa no Brasil

Na semana foi divulgada a ata da reunião do COPOM, na qual o Banco Central havia aumentado a taxa Selic em 150bp, passando para 9,25% a.a. 

Na ata, o Bacen reafirmou seu compromisso em trabalhar para controlar a inflação e trazê-la mais próximo do centro da meta em 2022. Parte do mercado já começa a visualizar uma Selic mais alta, e talvez por isso a curva de juros préfixado para vencimento em 2024 tenha dado uma leve mudança de tendência, sinalizando uma alta. 

Confira o gráfico de cotação do Tesouro Direto prefixado 2024

Fonte: Tesouro Direto

O mesmo efeito também foi identificado no título IPCA+ com vencimento em 2026 

Veja o gráfico da cotação do título Tesouro Direto IPCA+ vcto. 2026.

Fonte: Tesouro Direto

Carteiras Recomendadas

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Entrou para a carteira: Localiza (RENT) e Petrorio (PRIO).

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Fonte: XP Investimentos

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Boletim FOCUS

O Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado. Praticamente não houve alterações em relação a semana passada.

Confira as projeções do Boletim Focus

Fonte: Banco Central

Confira os assuntos que podem impactar seus investimentos essa semana

Fonte: Investing.com.br

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