Por iHUB 16 de novembro 2021
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Em período de muita volatilidade, o índice Ibovespa encerra a semana com alta de 1,44%, aos 106.335 pontos. Desempenho do mercado financeiro entre 7 e 15 de novembro de 2021

Abrindo o boletim semanal, mais uma vez o mercado foi impactado pelo cenário fiscal e macroeconômico do país. 

Na última quarta-feira, 10/11, ocorreu a divulgação do IPCA de outubro que apresentou alta de 1,25%, ante uma alta de 1,16% em setembro. Puxado principalmente pela alta dos preços da gasolina, o índice está em 10,67% em 12 meses, valor maior do que a previsão dos especialistas que era de 10,45%.

Uma inflação maior pressiona ainda mais o Banco Central a elevar a Selic, isso já faz com que os economistas estimem a taxa em 11% ao final de 2022, contra 10,25% que era a previsão anterior.

É sabido que políticas de aumento da taxa de juros são contracionistas, ou seja, freiam o crescimento do país, assim economistas já projetam alta de apenas 1% para o PIB de 2022.  

Somado a isso, as vendas do varejo vieram abaixo das expectativas: -0,6%,, o que confirma um cenário macro mais desafiador para este segmento de mercado. Embora o varejo apresente alta de 3,8% no ano e as empresas varejistas estejam entregando bons resultados, o aumento da inflação começa a mudar o padrão de consumo das pessoas tornando o cenário futuro mais desafiador para as companhias. 

Além das preocupações com o cenário macro, o mercado tem acompanhado de perto o desenrolar da PEC dos precatórios, que impacta diretamente o fiscal do país.

Votada e aprovada na câmara dos deputados em segundo turno na terça-feira, 09/11, a proposta objetiva colocar um limite para o gasto com pagamentos de precatórios, alterando também a forma com que é calculado o teto dos gastos do governo, isso trouxe certo alívio ao mercado.

Leia também: Política e investimentos, o que esperar daqui para a frente?

Internacional

No cenário americano os ânimos começaram bem, refletindo os bons resultados do 3º trimestre das empresas, mas ao longo da semana esse humor foi diminuindo à medida que dados da inflação foram divulgados. Estes efeitos mudaram a tendência de alta e fez com que os mercados encerrassem a semana em queda.

A inflação que era esperada ser transitória, devido ao desenrolar do covid19, tem se mostrado mais persistente do que o previsto. Energia, salários, aluguéis são os principais fatores que contribuem para elevação dos preços por lá.

Na China, os especialistas aguardam os dados de como foram as vendas do dia 11/11, conhecido como o “Dia dos Solteiros”, essa data movimenta mais compras do que a Black Friday. Será um bom termômetro para medir como o varejo está aquecido.

Por lá segue a pressão inflacionária, mas por lado o mercado respira melhor devido aos pagamentos realizados pela incorporadora Evergrande.

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Confira como o mercado encerrou a semana:

Destaques do Ibovespa

O destaque negativo da semana foi para as ações da Natura (NTCO3), baixa lucratividade e o não aproveitamento das sinergias com a Avon foram os motivos pelo qual a ação encerrou a semana em queda de -16,40%. 

Embora tenha apresentado um resultado em linha com o esperado pelos analistas, a companhia VIA (VIIA3) provisionou um gasto de R$1,2 bilhão à título de atualização dos processos trabalhistas, o que fez com que suas ações despencassem, encerrando a semana com queda de -14,80%.

No campo positivo podemos destacar a PETZ3, que apresentou lucro líquido 56,1% maior do que o mesmo período no ano passado e Lojas Americanas (LAME4), que divulgou resultados acima de seus pares, impulsionado principalmente pelo mercado digital.

Veja as empresas que mais valorizaram e as que mais se desvalorizaram na semana:

Câmbio

O Dólar encerrou a semana mais uma vez em queda, -1,51% em relação ao Real, cotado em R$ 5,45/USD.

Recomendações dos analistas

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Boletim FOCUS

Focus aponta para maior expectativa de inflação e menor crescimento do PIB.

Levando em consideração que já estamos encerrando o ano de 2021, decidimos incluir neste boletim as expectativas do Focus para 2022. 

Como é possível notar na segunda tabela, em mais uma semana consecutiva os especialistas projetam um IPCA mais alto, 4,79% em 2022 contra 4,18% que era a expectativa há quatro semanas atrás.

A taxa Selic e o câmbio também apresentam altas e na contra o PIB deve crescer menos, segundo a visão dos especialistas.

O Relatório Focus é divulgado pelo Banco Central e resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado

Confira as projeções do FOCUS:

A temporada de balanços do 3º trimestre continua, o que se atentar?

Confira quem divulga balanço esta semana:

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