Por Diogo Santos 21 de fevereiro 2022
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Confira as informações mais importantes no boletim semanal da terceira semana de fevereiro

Mais uma vez a semana foi marcada pelas tensões geopolíticas que envolvem a Rússia e a Ucrânia. O presidente americano, Joe Biden, reiteradamente afirma que as tropas russas, lideradas por Vladimir Putin, estão prestes a invadir a Ucrânia.

Por outro lado, Putin nega essa investida e informa que, ao contrário do que o presidente americano diz, a Rússia estaria diminuindo a quantidade de soldados na fronteira com a Ucrânia após a realização de exercícios militares.

Os motivos de interesse pelos Estados Unidos e pela Rússia em dominar o controle sobre essa região são diversos e históricos. Estaria no centro desta questão a inclusão da Ucrânia no grupo dos países pertencentes à OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte. Caso isso aconteça significaria um avanço estratégico do lado ocidental, principalmente dos Estados Unidos, sob o leste Europeu.

Vale lembrar que a OTAN surgiu em 1949 durante a guerra fria. A organização liderada pelos Estados Unidos visava proteger os países europeus do avanço do comunismo e da expansão Soviética.

O artigo 5º do tratado talvez seja o que mais incomode a Rússia. Neste trecho está expresso que, caso algum país ameace um dos membros do grupo, todos os outros devem se juntar e oferecer apoio ao que está sendo ameaçado, este apoio seria feito por meio de equipamentos militares, financeiros, envio de tropas entre outros.

Como a possibilidade deste conflito tem afetado os mercados?

Segundo analistas, diante deste cenário o mercado está em estado de alerta ao sinal de qualquer acontecimento mais grave, seja a fala mais acentuada de um dos presidentes, ou o deslocar das tropas do exército russo.

Esse fato pode desencadear vendas massivas de ativos considerados de maior risco, como seriam as ações de países emergentes, ou das moedas desses países. Outro movimento que pode acontecer é a busca por ativos mais seguros como o ouro, a prata e por moedas fortes como o dólar, euro, entre outros.

Da Ucrânia partem oleodutos que abastecem pontos importantes da Europa, portanto, medidas que impeçam o funcionamento normal deste sistema podem causar efeitos sobre o preço do petróleo.

A semana foi de muita volatilidade para essa commoditie, mas a notícia de que as negociações do acordo nuclear com o Irã estão evoluindo, e o país poderia aumentar significantemente a oferta de petróleo para o mundo, reduziu a volatilidade e o preço do barril de petróleo.

Na China, os dados de inflação ao consumidor vieram abaixo das expectativas, e isso contribuiu para que o Banco Central do país anunciasse mais um pacote de estímulos à economia na faixa dos US$15,7 bilhões.

Ainda pesam os aumentos de casos de Covid em algumas cidades. Em Hong Kong, por exemplo, o número de novos casos saltou mais de 500% na última semana, o que motivou o anúncio de novas restrições a população de maneira geral.

Cenário Interno

No Brasil, segue em pauta a discussão sobre o combate à inflação, tendo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dito em entrevista que espera o pico da inflação no Brasil entre abril e maio. Roberto expressou que o BC está comprometido em combater com afinco a inflação no país.  

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Divulgação dos resultados das empresas da B3

As empresas brasileiras seguem divulgando seus resultados referentes ao 4º trimestre de 2021. Na semana passada, o destaque foi para o Banco do Brasil (BC) que surpreendeu o mercado.

Foram apresentados fortes resultados impulsionados pelo aumento e melhora da carteira de crédito, que subiu 18% no comparativo com o ano anterior. Diante disso, as ações do banco subiram 7,9% na semana.

Outra empresa que não decepcionou os acionistas foi a WEG, que apresentou lucro acima da expectativa com um crescimento de 18% no comparativo com o mesmo período do ano anterior. As ações da empresa subiram 0,9% na semana.

Ao todo, quase um terço de todas as empresas da B3 já divulgaram seus resultados.

Confira como o mercado encerrou a semana

Fonte: Investing.com.br

Destaques do Ibovespa

Veja as empresas que mais valorizaram e as que mais se desvalorizaram na semana.

Fonte: B3

O destaque positivo da semana foi para as ações Cielo (CIEL3). Segundo analistas, o fato decorre após a empresa divulgar uma alienação de participação na Merchant E-Solutions. A empresa disse que isso se trata de um movimento para fortalecer seu core-business no Brasil.

Para o destaque negativo, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) apresentou números abaixo das expectativas, e a XP alegou não poder comentar no momento por razões de compliance.

Câmbio e juros

O dólar encerrou a semana com queda de 2,16% em relação ao real, cotado em R$ 5,14/USD.

A curva dos juros futuros DI com vencimento em janeiro de 2031 caiu 5bps, e atingiu o patamar de 11,56%.

Praticamente não foram alteradas as taxas dos títulos do Tesouro Direto Prefixado.

Confira as taxas praticadas no Tesouro Direto Prefixado com vencimento em 2024.

Fonte: Tesouro Direto

Boletim FOCUS

O Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, resume as expectativas para o PIB, IPCA, Câmbio, Selic, feita pelos agentes de mercado, como bancos, corretoras, gestoras entre outros. 

O relatório desta semana veio sem grandes alterações. Em relação a semana passada, o mercado revisou sua projeção para a inflação, que passou de 5,50% para 5,56% e a perspectiva em relação ao dólar, que caiu de R$5,58 para R$5,50.

Confira as projeções do Boletim Focus para o ano de 2022

Carteiras recomendadas

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Confira os assuntos que podem impactar seus investimentos essa semana.

Para esta semana o mercado continuará acompanhando de perto a tensão entre Rússia e Ucrânia, o desenrolar dessa situação pode ter forte impacto nas commodities agrícolas e principalmente no preço do petróleo. No Brasil segue a temporada de balanços.

Confira as empresas que divulgam seus balanços esta semana

Fonte: Investing.com.br

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