Os dados econômicos são positivos, mas bolsas expõe cautela dos investidores
Confira o boletim semanal da primeira semana de junho
A última semana foi muito importante no que se refere a dados macroeconômicos, tanto no Brasil como no exterior. Nos Estados Unidos, os dados econômicos apresentados pelo Livro Bege – nome que se dá ao relatório sobre diversas condições econômicas dos 12 distritos federais -, apontaram que, desde a última publicação, houve crescimento leve ou modesto na maioria dos distritos.
O relatório também destaca o contínuo avanço dos preços, sobretudo dos insumos. Outro dado aguardado pelo mercado eram os números de payroll (mercado de trabalho). No mês de maio, foram criadas 390 mil novas vagas de emprego, superando a expectativa, que era de 325 mil. Já a taxa de desemprego se manteve estável.
Ao contrário do que significaria em tempos de pujança econômica, os excelentes dados mencionados acima deixaram o mercado mais receoso do que animado.
Acompanhe também o boletim semanal em vídeo.
Isto é coerente porque, na interpretação dos analistas o FED – Federal Reserve -, pode intensificar o aperto monetário, seja via aumento mais expressivo da taxa de juros ou acelerando a limpeza do seu balanço. Tais medidas visam combater a inflação, a qual o presidente Joe Biden deixou claro ser sua principal meta atual.
Segundo esta interpretação, uma economia mais robusta é capaz de aguentar o crescimento das taxas de juros, mesmo que isso signifique uma recessão no fim do ano. Estes fatores somados há uma semana com diversos feriados e baixo volume financeiro fez com que as principais bolsas encerrassem no campo negativo.
Por um lado, vemos o aperto monetário no Brasil, Estados Unidos e Zona do Euro como medida para combater a persistente inflação e que, certamente levará a uma redução do crescimento da economia.
No entanto, a China parece ir no sentido oposto. Esta semana, foi registrado o menor número de novos casos de covid no país, dando segurança para o governo local seguir com o afrouxamento dos lockdowns.
Logo, como medida para estimular o comércio nessa reabertura, o governo de Xangai apresentou um pacote de US$637 bilhões, que inclui desde subsídios para compra de carros até aumento do período de carência para pagamento de impostos.
Na Europa, a inflação da Zona do Euro subiu para 8,1% em maio, superando as expectativas dos analistas que era de 7,7%. O ritmo mais acelerado da inflação preocupa. Somente em abril, o índice estava em 7,4% e a alta de juros por lá está cada vez mais eminente.
O BCE – Banco Central Europeu – anunciou que começaria a subida dos juros em 0,25% apenas em julho. Porém, com estes novos dados, os analistas estarão atentos à reunião da entidade, que acontecerá nesta semana, na qual o BCE pode adiantar o início do ciclo de altas da taxa de juros.
Cenário local
No Brasil, a semana também foi de divulgação de dados macros, inclusive o mais importante deles: o PIB do primeiro trimestre. O indicador apresentou alta de 1%, enquanto o consenso do mercado era de 1,2%.
Esta é a terceira alta consecutiva e o PIB já supera os valores pré-pandemia. Foi divulgado também o IGP-M, que apresentou uma desaceleração para alta de 0,52% no mês de maio. No mês anterior, o aumento foi de 1,41%.
Para as empresas, a pauta da semana, mais uma vez, se deu pela desestatização da Eletrobras (ELET6). Na última sexta-feira (03), iniciou o período de pedido de reserva daqueles que possuem saldo no FGTS, o montante pode ser de R$200,00 até 50% do saldo. Fique atento, pois a data limite da reserva é dia 08/06.
Veja mais sobre como investir na Eletrobras: Vale a pena usar o FGTS para comprar ações da Eletrobras?
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Confira como o mercado encerrou a semana
Destaques do Ibovespa
Veja as empresas que mais valorizaram e as que mais se desvalorizaram na semana
O grande destaque positivo da semana foi para as ações do Grupo Positivo (POSI3). A XP atribuiu a alta aos fatores macroeconômicos, como o aumento do PIB, que foi divulgado na semana passada.
As ações da Marfrig (MRFG3) também se mostraram relevantes na última semana. Segundo a XP, essa alta se deve a alguns fatores. O primeiro seria uma correção, depois de o papel ter caído bastante nas últimas semanas. Essa queda teria sido impulsionada pelo risco de recessão americana.
Um ponto que pode ter influenciado a alta expressiva da ação foi o anúncio de que o controlador aumentou sua posição, esse pode ter sido um canalizador de fluxo.
Para o destaque negativo, foram apontadas as ações das Lojas Americanas (AMER3). Os analistas atribuem o desempenho ruim à alta dos juros futuros, o que impacta empresas de tecnologia e crescimento.
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Câmbio e juros
O Dólar encerrou a semana com alta de 0,92% em relação ao Real, cotado em R$ 4,77/USD.
Já a curva dos juros futuros DI, com vencimento em janeiro de 2031, apresentou alta de 31bps na semana e atingiu o patamar de 12,45%.
Confira os assuntos que podem impactar seus investimentos essa semana.
No cenário internacional, o fato mais importante da semana será para a decisão do Banco Central Europeu, que vai definir se começa o ciclo de altas da taxa de juros agora ou apenas em julho. É esperado ainda dados do PIB do primeiro trimestre na Zona do Euro, além de dados de inflação nos Estados Unidos e na China.
No Brasil, são aguardados os dados do IPCA do mês de maio e sobre as vendas do varejo durante o mês de abril.
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