Por iHUB 12 de dezembro 2022
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Investidores brasileiros aguardam a Ata do Copom para definir os próximos passos

Nos Estados Unidos, os receios de recessão no mundo em 2023 permanecem. O índice de atividade de serviços mostrou retração em novembro, estando em 46,2 pts – abaixo dos 50 pts indica retração. No entanto, a atividade industrial mostrou expansão no mesmo período.

A inflação ao produtor subiu acima do esperado em novembro (+0,3%, contra +0,2%), com o núcleo novamente ganhando força. A confiança do consumidor teve o 3º mês seguido de alta, na medida em que a inflação vai arrefecendo.

Na Europa, o setor de serviços seguiu em retração em outubro e as vendas no varejo recuaram 1,8% no bloco europeu, pior do que o esperado de -1,7%. Além disso, o PIB do 3T22 subiu 0,3%, acima da expectativa de 0,2%. Na comparação anual +2,3%, contra +2,1% esperado.  

Enquanto na China, a balança comercial teve resultado bem aquém do esperado em novembro com os lockdowns arrefecendo a atividade econômica da China.

Fonte: Investing

Cenário Local

Em semana de última reunião do Copom, o Ibovespa teve mais perdas com os investidores por estar digerindo a PEC da transição de R$145 bilhões e da confirmação de Fernando Haddad como ministro da fazenda.

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Nesse cenário, o Copom manteve a taxa Selic em 13,75% a.a, sem surpresas no comunicado e mantendo-se vigilante na condução do fiscal. Os investidores esperam maiores informações na Ata do Copom na próxima semana.

No Brasil, o IPCA de novembro fechou em +0,41%, abaixo das projeções de 0,55%, com a menor pressão de serviços, industriais e uma black friday que não foi potente. O índice de difusão teve recuo expressivo, para 59% ante 68% em outubro.

Além disso, as vendas no varejo subiram 0,4% em outubro e +2,7% na comparação anual. O resultado foi positivo depois de 5 meses seguidos de queda.

Fonte: B3

A semana foi marcada por intensa volatilidade, com a bolsa brasileira encerrando a semana em queda de -3,94% aos 107.519 pontos. No cenário corporativo, fragilizado por incertezas na política fiscal, juntamente com uma liquidez reduzida nos pregões da semana. 

As empresas que melhor performaram na semana foram as ligadas a commodities por conta dos desdobramentos de novos anúncios sobre o afrouxamento da política zero Covid na China. Os papéis do setor varejista, trabalharam na ponta oposta, em meio a alta dos juros que segue pressionando o setor.

O fluxo estrangeiro para a bolsa brasileira, considerando dados divulgados até o dia 07/12, está no mês de dezembro positivo com entrada de R$2,95 bilhões e no ano já são R$90 bi. Nos últimos 10 pregões, tivemos entrada de R$5,33 bilhões, sendo apenas 3 pregões com fluxo negativo.

Commodities

O barril de petróleo recuou na semana, com os temores de menor demanda no mundo. Por sua vez, o minério voltou a subir +15% com restrições na China se abrandando, enquanto as commodities agrícolas fecharam em posições mistas.

Leia também: Como proteger os investimentos em momentos de incerteza?

Curva de Juros

A curva de juros futuros voltou a subir com incertezas fiscais da PEC de transição, que embora tenha sido desidratada, ainda traz preocupações com a dinâmica da dívida pública no curto e médio prazo.

Renda Fixa

As taxas de renda fixa se mantiveram com a curva de juros e NTNBs estáveis em relação à semana anterior. As emissões de renda fixa tendem agora a dar uma pausa devido ao final do ano, reabrindo em janeiro de 2023.

Perspectivas para a semana

A semana terá como o principal indicador a decisão de juros nos EUA, na última reunião do ano. Ademais, vários bancos centrais, como BOE, BCE e outros vão anunciar os juros ao longo da semana. 

No Brasil, os focos continuarão na PEC da transição indo para votação na câmara e definição dos nomes dos ministros do próximo governo, em especial a equipe econômica. 

Isso está fazendo com que muitas casas comecem a revisar as expectativas de Selic para 2023, postergando a queda da Selic somente em 2024. O Mercado ainda espera a ata do Copom.  

Fonte: Investing

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