Após Eleições nos EUA, atas do Copom e FED repercutem esta semana
Nesta semana, o foco também estará nos balanços corporativos no Brasil e nos EUA
No último pregão da semana, as bolsas de valores em Wall Street atingiram novos recordes históricos, impulsionadas pela vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, permaneceu estagnado.
As preocupações com a situação fiscal do país, bem como especulações sobre cortes de gastos significativamente menores do que o antecipado pelo mercado, contribuíram para o cenário de incerteza entre os investidores domésticos.
O Banco Central dos Estados Unidos, conhecido como FED, reduziu a taxa de juros para a faixa entre 4,5% e 4,75%. A decisão foi fundamentada pela continuidade da inflação em direção à meta estabelecida pela instituição, além de um arrefecimento no mercado de trabalho. Esta medida reflete o esforço do FED em balancear o crescimento econômico enquanto controla a inflação.
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Na economia europeia, o índice de inflação no atacado registrou uma deflação de 3,4% no mês de setembro. Este número representa uma intensificação na queda dos preços em comparação com a leitura anterior, que havia mostrado uma deflação de 2,3%. A dinâmica dos preços no atacado pode ter implicações significativas para a economia da região, influenciando tanto o custo da cadeia produtiva quanto às expectativas de inflação futura.
Cenário Local
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou um aumento de 1,54% no mês de outubro, influenciado principalmente pelos custos da energia elétrica e dos gêneros alimentícios. Em um movimento que acompanha as preocupações com a estabilidade econômica, o Copom elevou a taxa básica de juros para 11,25% ao ano.
Paralelamente, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma elevação de 0,56% no mês de outubro, superando a expectativa anterior de 0,53%. Novamente, alimentação e energia elétrica foram os principais impulsionadores desse resultado.
Juros
A recente retração observada na curva de juros no mercado financeiro foi fortemente influenciada pelo fechamento dos Treasuries nos Estados Unidos. Este movimento é acompanhado de perto por investidores e analistas, uma vez que a taxa de retorno dos títulos do governo norte-americano tem impacto significativo nas decisões de investimento globais. A tendência de queda dos juros reflete um cenário de mudança no apetite de risco, marcando um ajuste nas expectativas econômicas futuras.
Câmbio e Commodities
Após semanas de forte desvalorização, o real voltou a registrar recuperação significativa. Investidores atribuem essa melhora à esperada implementação de um pacote de redução de gastos pelo governo brasileiro, o que tem gerado um otimismo cauteloso no mercado financeiro.
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No cenário global, o preço do barril de petróleo experimentou uma alta ao longo da semana, revertendo as quedas verificadas anteriormente. Enquanto isso, no setor de commodities metálicas, os preços sofreram uma queda, impactados pela decepção com as medidas de estímulo econômico desenvolvidas pela China, consideradas insuficientes pelos analistas.
Renda Fixa
O clima de alívio toma conta do mercado financeiro com a retração das taxas de renda fixa, impulsionada pela definição das eleições nos Estados Unidos. A curva do DI, referência importante para investidores, experimentou um movimento de recuo, sinalizando a estabilização e fornecendo uma base mais previsível para as decisões de investimento.
Perspectivas para a semana
A próxima semana promete movimentar o cenário econômico global, com diversos indicadores macroeconômicos a serem anunciados. Nos Estados Unidos, os discursos de dirigentes do FED e a divulgação da ata do COPOM estarão sob os holofotes, além dos dados de inflação, que podem sinalizar as próximas movimentações da política monetária norte-americana.
Na China, o foco se volta para as vendas no varejo e para a produção industrial, que são consideradas essenciais para avaliar o ritmo de crescimento da segunda maior economia do mundo.Paralelamente, a temporada de balanços continua a todo vapor, trazendo novidades sobre o desempenho financeiro de empresas na Europa, Brasil e Estados Unidos.
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