Por iHUB 06 de julho 2023
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Confira uma análise sobre o momento atual da bolsa brasileira e qual pode ser o futuro do índice

O cenário atual traz um  Ibovespa atingindo os 120 mil pontos no dia 21 de junho, mas voltando aos 119 mil pontos logo em seguida, com isso é possível analisar  o preço da bolsa ,avaliando seu múltiplo em relação à sua própria média histórica. 

Considerando esse fator, a análise torna-se especialmente interessante. O índice Ibovespa, que contém as principais ações do mercado acionário brasileiro, apresenta hoje um múltiplo Preço/Lucro entre 7,5x e 8x.

Esse número, quando comparado ao histórico do índice, sugere que o mercado brasileiro está consideravelmente barato. Para ter uma noção, a média histórica dos últimos 15 anos do múltiplo Preço/Lucro do Ibovespa é de 11,3x. A diferença é substancial e indica que o valor atual do índice está descontado..

Portanto, embora o índice tenha saído de algo próximo de 100 mil pontos, de julho do ano passado para cá, avaliando dessa forma, o índice segue com espaço para subir ainda mais. Nesse sentido, observa-se um desconto de mais de 30% do Preço/Lucro do Ibovespa em relação à sua média histórica. Dessa forma, isso pode representar uma oportunidade de investimento interessante para aqueles que buscam exposição ao mercado brasileiro.

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O que esperar da bolsa para o segundo semestre? 

O início da segunda metade do ano mostrou-se promissor, com julho seguindo o ritmo positivo estabelecido em junho, registrando ganhos logo de cara. Notavelmente, o Ibovespa começou acelerando desde cedo, com destaque para ações de grande peso no índice, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que registraram altas de 0,64% e 20,31% em junho, respectivamente. 

As razões para o otimismo de algumas ações que levaram o Ibovespa em 120 mil pontos são diversas. Entre elas, a perspectiva de proximidade no corte dos juros básicos do Brasil. O Boletim Focus revelou que as projeções de inflação continuam em queda, enquanto as expectativas para o PIB estão em ascensão. 

Além disso, a primeira semana do novo semestre promete ser crucial na Câmara dos Deputados, com o presidente da casa, Arthur Lira, anunciando um esforço concentrado para aprovar matérias de grande relevância até o final da semana, incluindo o marco fiscal, a reforma tributária e o Carf.

Mesmo com o feriado do 4 de julho, que tradicionalmente acalma os movimentos no mercado brasileiro, não conseguiu frear o ímpeto de alta no início deste segundo semestre. Portanto, o cenário se mostra favorável para o mercado, mantendo o ritmo positivo deste início da segunda metade do ano.

Ibovespa segue com espaço para superar os 120 mil pontos 

A casa de análises Guide sinaliza que a relação preço/lucro do Ibovespa apresentou uma leve melhora nos últimos meses, contudo, ainda se encontra consideravelmente abaixo da média histórica. 

Devido ao recente início do ciclo de cortes de juros, espera-se que essa relação continue crescendo nos meses subsequentes, contribuindo para uma valorização adicional do Ibovespa.

Ademais, observa-se uma potencial valorização do Ibovespa sustentada pelo crescimento dos lucros. Embora a economia brasileira tenha apresentado um desempenho aquém do esperado nos últimos trimestres, nota-se um crescimento consistente nos lucros das empresas que compõem o Ibovespa. 

Além disso, a XP Investimentos projeta que o Ibovespa pode superar os 130 mil pontos até o final de 2023. “Embora nossa perspectiva para o segundo semestre seja positiva para o Brasil, destacamos alguns riscos. Há riscos de recessão no exterior, que podem pesar nos preços das commodities, além do potencial retorno de riscos domésticos, com a reforma tributária como a próxima pauta fiscal, em especial a segunda parte que será sobre impostos em renda”, segundo o relatório da XP.

Nesse sentido, do ponto de vista da Guide, a continuidade na redução da taxa de juros tende a favorecer a alta do mercado de ações. Esta análise é reforçada pelo valuation do Ibovespa, que se encontra em patamares bastante baixos. Apesar da recente valorização, o índice ainda é negociado a uma relação preço/lucro de 8 vezes, muito aquém da média histórica que é de aproximadamente 12 vezes.

Mercado segue otimista com possibilidade de Ibovespa superar os 120 mil pontos

Em pesquisa realizada pelo Bank of America (BofA), conduzida junto a gestores de 33 fundos latino-americanos que gerenciam um total de US$ 63,7 bilhões, revelou-se que a perspectiva positiva para a bolsa brasileira é alimentada principalmente pelos dados de inflação e pela antecipação de um futuro corte na taxa Selic.

Nesse sentido, das instituições consultadas, 73% preveem que o Banco Central começará a reduzir a taxa de juros a partir da reunião de agosto. Com isso, a maioria desses gestores também compartilha da visão de que a Selic deverá terminar o ano na faixa de 12% a 12,75%. 

Além disso, em relação à inflação, a rápida aprovação do arcabouço fiscal pela Câmara, que representa um melhor cenário fiscal para o país, é o principal motivo para as expectativas de desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos seis meses. Dessa forma, esse conjunto de fatores favorece o otimismo do mercado em relação ao Ibovespa em 120 mil pontos para mais. 

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