Por iHUB 18 de abril 2023
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Saiba como funciona a distribuição de dividendos de uma das empresas mais importantes no setor alimentício

Com mais de 10 anos no mercado de capitais, uma das maiores empresas de proteínas do mundo, a Marfrig, é popularmente conhecida por seus frigoríficos, tendo como principal ramo de atuação a produção de carne processada. Mas e os dividendos da Marfrig, será que valem a pena para o investidor?

Na Bolsa, a empresa vendida sob o ticker MRFG3, oferece oportunidades aos investidores com perfil de risco mais elevado. Contudo, o pagamento de dividendos da Marfrig com maior frequência tem atraído demais investidores. 

Sobre a Marfrig

Com mais de 30 mil colaboradores, a companhia atua em mais de 100 países, possuindo 19 unidades de produção e 10 centros de distribuição. Além disso, a companhia também possui um mix de produtos que vão desde carne suína, aves e carne bovina. 

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Vale destacar que, a Marfrig iniciou sua história nos anos 2000, no estado do Mato Grosso do Sul, posteriormente a mesma iniciou um processo de expansão, começando por São Paulo e mais tarde voltou sua produção para o mercado externo, sendo a primeira empresa nacional a exportar carne suína para a China.

Características das ações da Marfrig (MRFG3)

As ações da Marfrig (MRFG3) possuem as seguintes características.

  • Segmento de Listagem: Novo Mercado
  • Tag along: 100% ON
  • Free Float: 47,99% ON

Lembrando que o novo mercado implica numa listagem da Bolsa (B3) que classifica as melhores companhias em relação a boas práticas de governança corporativa. Além disso, o Free float se refere ao percentual de ações em livre negociação no mercado, excluindo aquelas que estão sob custódia de controladores e da tesouraria da companhia. 

Já o Tag along funciona como um mecanismo de proteção aos minoritários que garante a estes o direito de deixarem a companhia em caso de eventuais mudanças no grupo controlador. 

Como são os dividendos da Marfrig?

A distribuição de dividendos da Marfrig cresceu bastante nos últimos dois anos. Se pegarmos a última distribuição realizada de 0,91 R$, temos que houve um dividend yield no patamar de 10,89%. Nesse sentido, esses valores foram crescendo ao longo de 2022. 

Além disso, quando contabilizamos os últimos 12 meses, o dividend yield da companhia ficou em 33,39%. Esse forte crescimento é observado no resultado da companhia, que expandiu sua receita líquida de algo em torno de 85 milhões para 130 milhões, entre os anos de 2021 e 2022.

Os últimos pagamentos de dividendos da Marfrig ocorreram por meio do pagamento de proventos em 19/12/2022, 19/08/2022 e 13/04/2022, nos valores de R$0,91, R$0,75 e R$0,58 por ação, respectivamente.

Abaixo seguem as distribuições realizadas desde abril de 2021. Com isso, observamos que a companhia tem gerado lucro e se comparado a um valor que analiticamente mostre que os múltiplos estão atraentes, pode, sim, ser uma boa escolha no quesito de ações para dividendos.

19/12/20220,9128/12/2022DIV
19/08/20220,75815/09/2022DIV
13/04/20220,5822/04/2022DIV
21/12/20211,2529/12/2021DIV
10/09/20211,40128/09/2021DIV
09/04/20210,20430/04/2021DIV

Lembrando, contudo, que é importantíssimo avaliar o cenário que se configura para os próximos trimestres, antes de considerar apenas o histórico de pagamentos de dividendos, dado que o rumo da companhia pode mudar, afinal, existe a possibilidade de uma fusão ocorrer com a empresa BRF (BRFS3), no qual a companhia já possui um percentual majoritário.

Expectativas do mercado para uma eventual fusão BRF e Marfrig 

Criada pela fusão entre Perdigão e Sadia, a BRF (BRFS3) desde o final do mês passado, tem um novo conselho de administração formado pelo empresário e líder da Marfrig, Marcos Molina dos Santos. Dessa forma, a Marfrig que já tinha 33,25% de ações da BRF, passou a ter o comando da empresa. 

Nesse sentido, algo que já havia sido tentado antes sem sucesso e se configura como o cenário provável para o futuro, é a fusão das companhias, uma operação que poderia gerar valor para ambas as empresas. 

Além disso, um relatório publicado em fevereiro pelo grupo Santander destaca que uma eventual fusão levaria a companhia resultante a negociar com um prêmio de 30% maior que sua principal concorrente (JBSS3). 

Em outras palavras, poderia ser bastante vantajoso para a Marfrig, que teria um portfólio bastante diversificado em produtos, enquanto a BRF teria em tese uma melhora no seu quadro de gestão, o resultado disso é visto com bons olhos pelo mercado, com a possibilidade de dividendos da Marfrig ainda mais forte no futuro. 

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