Por iHUB 27 de dezembro 2022
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BDRs são uma forma de investir em ações de empresas fora do país, recentemente democratizada para todos os investidores

Com o advento dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs), tornou-se possível adquirir ativos de empresas estrangeiras que não negociam diretamente na bolsa de valores brasileira. Então, vamos dar uma olhada nos melhores BDRs e algumas considerações importantes para os investidores.

Regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desde 2000, os BDRs eram limitados a investidores com mais de R$1 milhão no mercado de capitais. Em 2020, porém, a CVM democratizou para os investidores comuns, oferecendo alocação de capital entre os melhores BDRs do mercado, mesmo com pouco dinheiro. 

O que são BDRs? 

Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) são ativos negociáveis ​​que refletem as ações da empresa emitidas fora do Brasil. Geralmente são emitidos por bancos e permitem que investidores brasileiros usem o real, a moeda oficial do Brasil, para negociar com empresas estrangeiras.

Assim, os melhores BDRs representam algumas das empresas mais conhecidas no negócio global, como Google, Apple, Facebook, Microsoft e muitas outras fora do Brasil, listadas na Bolsa de Valores por meio dos BDRs.

Investidores no Brasil, por exemplo, podem comprar BDRs da Microsoft, maior fabricante de software do mundo fundada por Bill Gates. A Microsoft é negociada em dólares americanos na bolsa de valores Nasdaq, mas o BDR permite que investidores brasileiros comprem em reais.

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Dessa forma, o BDR oferece aos investidores brasileiros uma forma de obter exposição a investimentos em ações estrangeiras sem precisar negociá-los diretamente nesses mercados.

Como os BDRs funcionam? 

O BDR representa a propriedade indireta de ações em empresas não brasileiras. Para isso, envolvem-se sempre duas instituições no processo, uma no exterior e uma no Brasil.

A instituição no exterior se responsabiliza por custodiar as ações, como no exemplo citado, caso a BDR seja relativa à Microsoft (MSFT34) a instituição custodiante é nos Estados Unidos. Enquanto isso, a instituição no Brasil (em tese) envia o dinheiro relativo à compra desta ação e emite um certificado de depósito desta ação ao mercado, que é o BDR.

Em resumo, os BDRs são recibos de depósito de ações custodiadas em instituições no exterior.

Por essa razão, é importante frisar que a BDR, por sua vez, não dá a titularidade direta da ação ao investidor.

Porém, existe uma outra particularidade interessante sobre as BDRs:, ao comprá-las, apesar de não ser o dono da empresa de forma direta, o investidor PODE, caso atenda aos pré-requisitos legais para, solicitar a propriedade direta dessas ações no país em que elas estão custodiadas.

As BDRs são negociadas em bolsa de valores, assim como as ações e os ETFs. E seus preços variam conforme a oferta e a demanda do mercado.

Os BDRs pagam dividendos?

É importante ressaltar também que as BDRs, apesar de não serem exatamente as ações, têm como objetivo trazer ao investidor os mesmos benefícios da compra das ações dessas empresas. Por essa razão, elas PAGAM dividendos no Brasil.

Esses dividendos são convertidos para o real e pagos no prazo de até 5 dias ao investidor.

 

Sobre os valores, são retidos alguns custos e taxas cobradas pelas instituições envolvidas no processo.

Além disso, os BDRs por envolverem transações internacionais, exigem que haja um tratamento diferenciado das ações em seu Imposto de Renda, inclusive podendo ser necessário o pagamento de Carnê-Leão até o último dia útil do mês posterior ao recebimento desses valores e/ou à venda desses ativos.

Saiba quais os melhores BDRs para 2023

Coca-Cola — COCA34

A empresa é líder na crescente indústria de bebidas não alcoólicas, bem posicionada para capturar o crescimento pós-pandemia, explorar mercados emergentes com presença em mercados maduros, lucrativos e geradores de caixa.

Além disso, é tida como uma das marcas mais fortes do mercado, podendo responder com segurança a diferentes ciclos econômicos. Por fim, a Coca-Cola paga aos acionistas um dividendo trimestral desde 1º de abril de 1973, variando de US$0,05 a US$0,28 por ação. 

Dado que existem outras empresas que pagam dividendos mais lucrativos, muitos investidores dão pouca atenção a isso. No entanto, investidores de longo prazo com foco em dividendos devem sempre avaliar a sustentabilidade da empresa e sua estratégia de crescimento.

Apple — APPL34

A Apple, mais conhecida por ser produtora do iPhone, iPad e iTunes, continua forte depois de 45 anos. Agora está entrando nos mercados de saúde e streaming, expandindo seus negócios de serviços para incluir música, TV, canais de fitness, notícias e muito mais.

Para se ter uma ideia, no trimestre de junho, a receita de serviços da Apple aumentou 12% ano a ano, para US$19,6 bilhões. Os serviços incluem a App Store, AppleCare, iCloud, Apple Pay, Apple Music, Apple TV+, Apple Arcade e outras ofertas.

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Com isso, a Apple continua inovando e as vendas crescem mais do que o esperado, mas como uma empresa de US$2,7 trilhões pode continuar a crescer e gerar lucros para os investidores?

Para esse fim, a Apple provou repetidamente que não deve ser subestimada, sendo uma marca dominante que continua a comandar uma participação de mercado considerável e está ativa em entretenimento, hardware, software, IA/AR/VR e potencialmente veículos elétricos.

Microsoft — MSFT34

Como a Apple, a Microsoft está em uma onda de sucesso, apesar da pandemia e dos ventos contrários macroeconômicos. A empresa encerrou o ano fiscal de 2022, finalizado em 30 de junho, com receita de US$198,3 bilhões, um aumento de 18% em relação a 2021. 

Além disso, a empresa tem uma posição sólida em vários nichos importantes. Em seu serviço de nuvem, por exemplo, a Microsoft vem ganhando o espaço da Amazon. No segundo trimestre, a Amazon obteve 31% de participação de mercado e a Microsoft ficou em segundo lugar com 24%, segundo a empresa de pesquisa Canalys. 

Em suma, o domínio da Microsoft em áreas como produtividade digital, videogames e serviços em nuvem garante que ela tenha um dos melhores BDRs do mercado.

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