Ações da Gol: qual o futuro das companhias aéreas?
Companhias aéreas podem apresentar bons resultados com aumento da demanda e período de férias
Enquanto, as ações da Gol (GOLL4) apresentaram um crescimento de 13,35% até o momento em 2023, com uma alta de 25,3% em maio. As ações da Azul (AZUL4) tiveram uma valorização acumulada de 53% neste ano e registraram um aumento de 54,7% para o mesmo mês.
Podemos dizer que após enfrentar um período desafiador durante a pandemia, o setor aéreo está apresentando uma recuperação significativa no mercado de ações. No último pregão de maio, as ações da Gol subiram 3,48%, atingindo o valor de R$8,32.
Essa valorização das ações das empresas aéreas indica um movimento de retomada do setor e reflete a expectativa de recuperação da demanda por viagens aéreas à medida que as restrições da pandemia são relaxadas e a confiança do consumidor se fortalece. Com isso, os investidores estão demonstrando otimismo em relação às perspectivas de recuperação e crescimento das companhias aéreas.
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Gol reestrutura suas dívidas
A Gol concluiu com sucesso a rolagem da sua dívida, através da formação da holding Abra em parceria com a Avianca. Assim, como parte do acordo, a Gol irá recomprar e cancelar cerca de US$1 bilhão de títulos de dívida com vencimentos entre 2024 e 2026.
Em contrapartida, emitirá US$1,4 bilhões em títulos desse tipo para a holding, com vencimento em 2030. Essa transação resultou em um desconto de US$313 milhões em relação ao valor nominal dos bonds.
Esse processo permitiu que a Gol reduzisse sua dívida líquida em aproximadamente US$100 milhões. Além disso, proporcionou uma redução nos pagamentos de juros anuais em cerca de US$30 milhões. Essa reestruturação financeira fortalece a posição da empresa, melhorando sua saúde financeira e proporcionando maior flexibilidade para investimentos futuros.
Principais riscos ao investir em ações da Gol
Ao investir nas ações da Gol (GOLL4), é importante considerar os principais riscos associados a essa empresa. Em primeiro lugar, há o risco de depreciação cambial, devido à alta exposição da Gol a custos dolarizados, como capital de giro, arrendamento de aeronaves e perfil de dívida. As flutuações desfavoráveis nas taxas de câmbio podem afetar negativamente os resultados financeiros da empresa.
Além disso, outro risco a ser considerado é a concorrência acirrada, que pode ser mais intensa do que o esperado devido à ampla concorrência, pressionando a capacidade da Gol de repassar preços e afetar sua rentabilidade.
Outra questão diz respeito aos aumentos nos preços do petróleo que representam um risco significativo para a empresa, uma vez que a Gol tem uma exposição considerável aos custos de combustível de aviação.
Retomada da demanda de voos já está acontecendo
A demanda por voos domésticos no Brasil está se recuperando e se aproximando dos níveis pré-pandemia. Segundo um relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgado em maio, a demanda por voos domésticos em abril teve uma queda de apenas 2,9% em comparação com o mesmo mês de 2019. Ao mesmo tempo, a oferta de voos aumentou 2,5% no mesmo período.
Dessa forma, esses dados indicam uma tendência positiva para o setor da aviação, mostrando uma maior confiança dos passageiros em viajar novamente. A retomada gradual da demanda é um sinal encorajador para as companhias aéreas, que estão se esforçando para se recuperar dos impactos econômicos causados pela pandemia.
Sobre o futuro das companhias aéreas
Recentemente, o presidente Lula sancionou a Lei n° 14.592/2023, que estabelece um plano de redução de impostos federais para o setor de turismo do Brasil. Uma das medidas incluídas é a prorrogação da isenção fiscal de PIS/Cofins para as companhias aéreas.
Inicialmente prevista para terminar em maio de 2023, essa isenção agora foi estendida até dezembro de 2026, com efeito imediato. Anteriormente, as companhias aéreas eram submetidas a uma alíquota de 3,65% de PIS/Cofins sobre sua receita bruta.
Essa medida visa auxiliar o setor de turismo, em particular representa um grande incentivo às companhias aéreas. Nesse sentido, a prorrogação dessa isenção oferece um alívio ao setor, que vem buscando reestruturar suas dívidas. Assim, considerando os riscos associados e a capacidade do governo em incentivar o setor. É possível vislumbrar um bom futuro para essas companhias.
Em especial, as ações da Gol vem registrando ganhos nos últimos pregões. Dessa forma, podemos dizer que existe uma boa probabilidade dessas ações se recuperarem no médio prazo e voltarem a ter margem e lucratividade interessantes.
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