10 ações abaixo de R$25 para começar a investir em 2024
Conheça algumas ações que podem ser atrativas para o investidor que está começando a aplicar em renda variável
Em meio às flutuações do mercado financeiro, surgem oportunidades em ações que merecem atenção. Segundo a XP Investimentos, a bolsa brasileira encontra-se em uma fase de oportunidades únicas, onde o preço das ações está abaixo do potencial de lucro e do valor patrimonial das empresas.
Veja a seguir 10 possíveis ações que estão abaixo de R$25 para analisar e ter mais embasamento em seus investimentos em renda variável em 2024.
Além disso, ressaltamos que este texto serve somente como informação e não deve ser considerado como uma recomendação para comprar ou vender ativos de nenhuma natureza.
1 – Klabin (KLBN11)
Fundada em 1899, a Klabin traz consigo uma história entrelaçada com o desenvolvimento econômico do Brasil. O que começou como uma jornada modesta floresceu ao longo dos anos, impulsionada pelo compromisso inabalável com a qualidade e a inovação, consolidando a Klabin como um dos principais players no setor.
Para André Vidal, Head de Óleo, Gás e Petroquímicos da XP, a Klabin vem sofrendo um processo de derating ao longo dos anos. Parte disso é atribuída ao crescimento da empresa em produtos mais comoditizados.
Desde 2014, a empresa figura no prestigiado Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE). Em 2020, a Klabin alcançou um marco notável ao se tornar a única empresa brasileira do segmento de papel e celulose a integrar o cobiçado Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), sendo reconhecida tanto nas carteiras de Índice Mundial quanto nas de Índice de Mercados Emergentes.
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2 – Metalúrgica Gerdau (GOAU4)
A Metalúrgica Gerdau S.A., como uma empresa holding controladora do conglomerado Gerdau, desempenha um papel central na produção e comercialização de uma variedade de produtos de aço. Suas usinas estão estrategicamente localizadas em países como Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Um dos principais riscos de se investir na companhia está diretamente ligado à sensibilidade da Gerdau aos preços dos metais e à demanda global por aço. Dado que a empresa tem uma exposição significativa ao consumo de aços longos em todo o mundo, especialmente em produtos utilizados na infraestrutura, uma queda na demanda nos países em que opera pode impactar substancialmente os resultados financeiros da companhia. Adicionalmente, flutuações nos preços internacionais do aço também têm o potencial de influenciar a lucratividade das operações da Gerdau.
No último dia 20 de fevereiro, a Gerdau SA reportou balanço, e resumidamente, entendemos que:
A Gerdau enfrentou desafios com resultados abaixo das expectativas no último trimestre de 2023, registrando uma queda de 39% no EBITDA ajustado. Pontos críticos incluíram desempenho insatisfatório no Brasil, volumes mais fracos na América do Norte e resultados abaixo do esperado na América do Sul. A XP em relatório destaca que, apesar disso, a recomendação de Compra para as ações da Gerdau é mantida, baseada na expectativa de demanda crescente por aço nos EUA, perspectivas favoráveis para o mercado doméstico em 2024 e uma avaliação atrativa, com a empresa negociada a um múltiplo EV/EBITDA de 4,0x para 2024. Embora o trimestre tenha sido desafiador, a visão é de um potencial sólido de desempenho futuro.
O horizonte otimista abarca a perspectiva do governo brasileiro de implementar tarifas sobre o minério de ferro, o que fortaleceria a posição da Gerdau no mercado. Além disso, como líder de mercado em seus segmentos, a empresa mantém uma rentabilidade robusta, mesmo diante de um ambiente mais desafiador, possibilitando assim o pagamento de dividendos e a realização de recompras de ações.
Em relatório de tendências baseado em análise técnica, realizado pelo analista Gilberto Coelho da XP do dia 27/02/2024, comenta que: GOAU4 está em tendência de baixa no curto prazo e abaixo de 9,91 projetaria de 9,26 a 8,62. Tem resistências em 10,05 e 11,33.
3 – Vamos (VAMO3)
Vamos (VAMO3) se destaca como líder no setor de locação de veículos, e os analistas da Genial Investimentos preveem que a queda nas taxas de juros contribuirá para as ações. A empresa, que está bem alavancada, tem potencial para se beneficiar não apenas da redução nas despesas financeiras, mas também do reaquecimento previsto no mercado de tráfego em 2024. Sendo assim, muitos a consideram como uma das ações abaixo de R$25.
Segundo a corretora, apesar de a redução das taxas de juros ter um impacto negativo na precificação dos contratos de aquisição, esse efeito pode ser mitigado com um desempenho aprimorado das operações, proporcionando condições de crédito mais aprimoradas e taxas de juros mais atrativas.
Além disso, espera-se uma melhoria gradual nas margens dos segmentos de compras, à medida que a redução de estoque contribua para uma certa normalização em comparação com os últimos trimestres.
4 – Itaúsa (ITSA4)
Para investidores de olho em ações abaixo de R$10, a Itaúsa (ITSA4) representa uma opção sólida. Seguindo o desempenho do Itaú, a empresa apresenta não apenas margens crescentes e lucro em alta, mas também se destaca pela distribuição de dividendos e expansão nos setores de investimentos e operações internacionais.
A criação da Itaúsa (ITSA4) em 1974 visava simplificar as decisões financeiras e estratégicas da família de Egydio de Souza Aranha. A companhia tem em seu portfólio participação no Itaú Unibanco, Duratex, Alpargatas e Nova Transportadora do Sudeste.
Inicialmente com um portfólio diversificado, o crescimento expressivo do Itaú ao longo dos anos resultou em sua predominância, representando praticamente a totalidade do patrimônio e lucro da empresa. Na prática, a Itaúsa pode ser percebida como uma plataforma de investimento no Itaú, oferecendo um desconto de holding aproximado de 20%.
Atualmente, as ações da Itaúsa apresentam um desconto de aproximadamente 22% em relação ao valor de mercado (excluindo as não listadas), considerado pela gestão como significativamente elevado. A empresa sugere que um desconto mais apropriado seria situado entre 10% e 15%, tendo em vista a maturidade do portfólio e a avaliação das empresas não listadas com base no valor do patrimônio líquido, o qual não reflete integralmente o valor de mercado, geralmente mais elevado.
Em análise realizada pela Genial Investimentos, referente ao balanço do 3T2023, destacam que identificou-se uma ineficiência fiscal estimada em cerca de 13,2% (com 9,25% representando PIS/Cofins pagos pelo JCP da participação direta no Itaú e 3,9% relacionados à ineficiência gerada pela participação na IUPAR, que também paga PIS/Cofins sobre o JCP recebido do Itaú). Essa constatação por si só justificaria um desconto alinhado à faixa sugerida pela gestão. Além disso, percebemos outros elementos que respaldam um desconto maior, incluindo as despesas da holding e a menor liquidez das ações, sugerindo que o desconto poderia se aproximar mais dos 15%, em nossa perspectiva.
Em relatório de tendências baseado em análise técnica, realizado pelo analista Gilberto Coelho da XP do dia 27/02/2024, comenta que: ITSA4 está em tendência de alta no curto prazo e acima de 10,63 projetaria de 12,33 a 15,1. Tem suportes em 10,26 e 9,4. Em análise fundamentalista pela Genial Investimentos, na data de 27/02/2024, o preço alvo do ativo está em R$12,07 com recomendação de compra pela casa.
5 – CVC (CVCB3)
Em meio a mudanças significativas, as ações da CVC despontam como uma aposta para 2024, impulsionada pelo reaquecimento do setor de turismo. Sob nova liderança, a empresa pode beneficiar-se da diminuição dos juros e do cenário favorável após a falência de algumas empresas do setor.
Contudo, devido à alta alavancagem da empresa, à necessidade de aplicação de capital por meio de capital de giro e à iminência de um evento de liquidez, os analistas do Citibank recomendam que os investidores adotem uma postura cuidadosa em relação à CVC.
6 – Magalu (MGLU3)
No segmento varejista, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) continuam chamando a atenção dos investidores. Os especialistas destacam sua presença em todos os canais e iniciativas inovadoras, solidificando sua posição como uma escolha robusta para aqueles que buscam ações de amplo apelo popular.
Segundo analistas da XP Investimentos, o momento do Magazine Luiza ainda é desafiador no curto e médio prazo:
“Apesar de acreditarmos que ainda há bastante espaço para a companhia crescer, ainda enxergamos um cenário de curto e médio prazo desafiador devido a: (i) deterioração macroeconômica, que tende a reduzir a renda disponível, impactando a demanda por bens duráveis; e (ii) ambiente competitivo agressivo, com forte expansão de competidores estrangeiros, como Alibaba, Shopee, Amazon e Shein, o que tende a impactar o crescimento e rentabilidade das plataformas de e-commerce locais.”
No entanto, essa pressão deixa de afetar os resultados em 2024 da Magazine Luiza, uma vez que o repasse será concluído ainda neste ano.
7 – JHSF (JHSF3)
Reconhecida como uma incorporadora, a JHSF (JHSF3) atraiu a atenção dos investidores ao anunciar recentemente um calendário de dividendos mensais para 2024, revelando-se uma escolha estratégica para quem busca diversificação e potencial de retorno.
Renato Reis, analista da DVInvest/Blue3 Investimentos, destaca que o Valor Geral de Venda (VGV) está em torno de R$ 6,1 bilhões, um recurso que deve gerar faturamento rápido, com o dinheiro entrando de uma única vez na caixa. Como resultado, segundo o analista, pode-se esperar uma enxurrada forte de lucro e resultados.
8 – B3 SA – Brasil, Bolsa, Balcão (B3SA3)
Como a principal bolsa de valores do Brasil, a B3 é uma escolha natural para quem busca exposição ao mercado financeiro. Uma análise do Banco Safra em relação à B3 SA – Brasil, Bolsa, Balcão, como um nome promissório para aproveitar a virada de ciclo, destaca fatores cruciais para o potencial de valorização da empresa, o que a torna uma das possíveis ações custando menos de R$25.
A perspectiva de fluxos estrangeiros mais significativa é apontada como um impulsionador fundamental para o aumento do Volume Médio Diário de Negociações (ADTV).
Além disso, a análise do banco em relação aos fundamentos destaca aspectos importantes para a atratividade da empresa como um investimento, como, por exemplo, sua capacidade de gerar caixa e valuation em bons níveis.
9 – Pão de Açúcar (PCAR3)
O Pão de Açúcar (PCAR3) é visto como uma escolha promissora para alguns analistas, considerando diversos fatores atrativos. A empresa é reconhecida como uma gigante no setor varejista brasileiro, operando em diversos segmentos, incluindo supermercados, hipermercados e comércio eletrônico, bem como, um histórico sólido.
Iago Souza, analista da Genial Investimentos, ressalta que a empresa reafirma uma promessa crucial para o ano de 2024: a redução do seu endividamento, avaliada através da alavancagem. Adicionalmente, destaca-se a convergência das melhorias operacionais, que têm o potencial de contribuição para a geração de caixa.
10 – EcoRodovias (ECOR3)
A atuação da EcoRodovias é focada em sistemas logísticos resultantes da integração entre as concessões rodoviárias localizadas em áreas estratégicas do território brasileiro e plataformas logísticas.
Na avaliação realizada pela Mirae, destaca-se o excepcional desempenho operacional registado no terceiro trimestre de 2023. O destaque recai sobre a notável melhoria das margens, especialmente nas concessões rodoviárias. Esse cenário fortalece a perspectiva de um crescimento sustentável e retornos ascendentes à medida que a empresa avança com novos projetos em 2024.
As informações fornecidas anteriormente sobre as 10 ações abaixo de R$25, são apenas para fins informativos e não devem ser interpretadas como recomendações de investimento. O objetivo foi oferecer uma visão geral sobre possíveis escolhas no mercado financeiro.
Ressaltamos a importância de realizar sua própria pesquisa e análise ou consultar um profissional financeiro antes de tomar decisões de investimento. O mercado financeiro é dinâmico, e as condições podem mudar rapidamente, portanto, a prudência é fundamental ao considerar qualquer investimento.
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