Empresas emitem debêntures: saiba como investir nesse ativo
Debêntures podem ser uma alternativa para diversificar a carteira dos investidores
As debêntures surgem como uma opção atraente e crescentemente popular entre os investidores devido aos rendimentos mais substanciais quando comparados a outros ativos de renda fixa. Além disso, uma estratégia necessária para alcançar sucesso nos investimentos envolve a diversificação da carteira, independentemente do seu perfil de investidor.
Contudo, vale ressaltar que, conforme a máxima financeira diz, o risco está intrinsecamente relacionado aos potenciais rendimentos. Portanto, antes de alocar recursos em debêntures, é de extrema importância aprofundar o conhecimento sobre esse tipo de ativo, a fim de tomar decisões informadas e bem embasadas.
Além disso, durante o mês de outubro, empresas como Energisa, Cosan, Taesa, Sequoia, CCR ViaSul, entre outras no ramo de energia, infraestrutura e construção civil estão emitindo debêntures com rendimentos considerados atrativos.
O que são e como funcionam esses títulos?
Existem dois principais tipos de debêntures: as simples, também conhecidas como não conversíveis, e as conversíveis. As debêntures não conversíveis não podem ser transformadas em ações da empresa emissora, enquanto as debêntures conversíveis têm a flexibilidade de serem convertidas em ações da mesma empresa.
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Quanto ao funcionamento das debêntures, o investidor empresta dinheiro a uma empresa e, em contrapartida, recebe o montante investido corrigido no momento do resgate, juntamente com os rendimentos conforme os termos estabelecidos no momento da compra.
Para as empresas, as debêntures muitas vezes representam uma alternativa mais atrativa para a captação de recursos em comparação com empréstimos bancários de curto prazo, devido ao seu menor custo de captação. Para os investidores, esse tipo de ativo geralmente oferece um bom rendimento e maior previsibilidade.
Como investir em debêntures?
Investir em debêntures pode ser realizado de duas maneiras principais: diretamente adquirindo os títulos, ou por meio de um fundo de investimentos. Dessa forma, em ambas as opções, é necessário possuir uma conta em uma corretora de valores para realizar as transações.
Com isso, a escolha entre essas alternativas depende do nível de segurança e conhecimento do investidor. Se alguém se sente mais confortável com uma abordagem gerida por especialistas, os fundos de investimentos podem ser a escolha mais apropriada. No entanto, é importante estar ciente de que a gestão profissional geralmente envolve taxas anuais e a possibilidade de taxas de desempenho.
Assim, quando se trata de debêntures, uma das vantagens é a possibilidade de obter liquidez e taxas competitivas em seus investimentos. No entanto, é fundamental considerar o objetivo do investimento e as taxas associadas a cada opção. Não necessariamente a debênture incentivada, que oferece benefícios fiscais, será a melhor escolha em todos os casos.
Sobre a remuneração e tributação
Antes de se aventurar no mundo das debêntures, é crucial compreender diversos pontos-chave para otimizar o alinhamento desse investimento com seu perfil de investidor e objetivos financeiros.
Primeiramente, a forma de remuneração das debêntures é um fator determinante, com opções que variam desde taxas prefixadas, mais indicadas após ciclos de alta de juros e porcentagens do CDI, preferíveis durante tendências de aumento nas taxas de juros, além de Índices de preços, como o IPCA, que se destacam para investidores de longo prazo em busca de preservação de patrimônio.
Além disso, a tributação das debêntures também deve ser compreendida. Debêntures incentivadas geralmente possuem custos baixos, muitas vezes limitados à taxa da corretora para a negociação dos ativos.
Para debêntures comuns, há a incidência de Imposto de Renda seguindo a tabela regressiva de renda fixa, o que implica em menor tributação com o aumento do prazo de investimento.
Ao investir por meio de fundos de investimento, pode haver a cobrança de taxas de administração (que gira em torno de 1% ao ano) e, opcionalmente, de desempenho, que pode chegar a 20% sobre os ganhos acima do índice de referência.
Riscos associados a debêntures
O risco associado às debêntures também é um elemento fundamental a ser considerado, uma vez que esses ativos não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Portanto, estão mais suscetíveis a riscos de inadimplência por parte da empresa emissora, o que pode resultar na perda do valor investido em caso de falência ou falta de pagamento.
Com intuito de mitigar essa possibilidade, é aconselhável consultar as classificações de risco da empresa emissora, atribuídas por agências de rating, que avaliam a qualidade de crédito das empresas. É importante lembrar que os maiores rendimentos estão geralmente associados a investimentos mais arriscados. Nesse sentido, respeitar seu perfil de investidor e não se desviar dele em busca de retornos elevados é muito importante.
Quanto ao resgate das debêntures, essas são aplicações de médio a longo prazo, com resgates geralmente ocorrendo após dois anos de investimento. O ideal é aguardar a data de vencimento, pois o resgate antecipado envolve a venda do título a preços de mercado, o que pode resultar em prejuízos.
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