Por Paulo Cunha 12 de novembro 2025
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Descubra quais são os pilares que diferenciam um bom assessor de investimentos e por que a orientação certa pode transformar seus resultados financeiros.

Edição #012

Nesta semana, a iHUB foi reconhecida como finalista do Prêmio ABAI, figurando entre os melhores escritórios de assessoria de investimentos do país. Nosso assessor e sócio Daniel Abrahão também está entre os indicados em duas categorias ao prêmio de Melhor Assessor do Brasil e Melhor Assessor da Região Sudeste.

Mais do que uma conquista, esse reconhecimento é também um convite à reflexão: O que realmente define um bom assessor de investimentos?

Num mercado cada vez mais competitivo, onde plataformas se multiplicam e produtos parecem se igualar, a verdadeira diferença raramente está no acesso a investimentos — mas na qualidade da orientação. O bom assessor não é aquele que fala o que o cliente quer ouvir, mas o que ele precisa entender.

Valor que vai além dos números

Pesquisas da Vanguard, uma das maiores gestoras de recursos do mundo, mostram que clientes que contam com assessoria profissional podem ter até 3% a mais de rentabilidade anual na carteira ao longo do tempo, não por acesso a produtos “melhores”, mas pela forma como as decisões são estruturadas e executadas.


Esse ganho vem de três fontes principais:

  1. Planejamento financeiro e alocação eficiente: montar um portfólio coerente com objetivos e tolerância ao risco;
  2. Rebalanceamento disciplinado: ajustar a carteira com base em mudanças reais, não em emoções de mercado;
  3. Controle comportamental: evitar erros clássicos como vender na baixa e comprar na alta.

Na prática, o bom assessor é aquele que protege o cliente de si mesmo — do excesso de confiança, da pressa, do medo e da euforia.

Os pilares de uma boa assessoria

Um assessor de excelência trabalha sobre cinco pilares fundamentais:

1. Conhecimento profundo da vida do cliente.
Mais do que saber quanto ele tem para investir, é entender o contexto: seus objetivos, compromissos, sonhos e medos. Só assim é possível construir um planejamento financeiro que seja realista, sustentável e flexível o suficiente para lidar com o imponderável.

2. Planejamento e propósito.
Investir sem propósito é como dirigir sem destino, qualquer caminho serve, inclusive o errado. Um bom assessor ajuda o cliente a definir metas claras e mensuráveis, identificando fragilidades de execução e os riscos que precisam ser mitigados.

3. Gestão patrimonial e alocação de portfólio.
A verdadeira arte não está em “bater o mercado”, mas em equilibrar risco e retorno ao longo do tempo. Uma carteira bem desenhada deve refletir os objetivos de vida, e não os humores da bolsa.

4. Orientação técnica e didática.
O assessor é, ao mesmo tempo, técnico e tradutor. Ele domina os instrumentos financeiros, mas tem a sensibilidade de explicar de forma clara e acessível como cada um se encaixa na estratégia global do cliente.

5. Coaching comportamental.
Por mais que lide com números, o assessor trabalha essencialmente com emoções humanas. E é nas horas de volatilidade, quando o medo ou a ganância falam mais alto, que o seu papel se torna mais valioso. O bom assessor é aquele que ajuda o cliente a manter o curso quando o instinto grita para mudar de rota.

Transparência e confiança: a base de tudo

À medida que o setor amadurece, cresce também a exigência por transparência total: sobre custos, comissões, incentivos e modelo de remuneração. E isso é positivo. Porque a confiança é o ativo mais valioso de uma relação financeira. Ela é o que permite conversas francas, decisões racionais e um serviço de altíssima qualidade.

No fim, um bom assessor não é aquele que entrega o melhor produto, mas aquele que entrega direcionamento, disciplina e confiança: os três ingredientes que sustentam a construção de patrimônio ao longo da vida.

O investidor consciente sabe que, em finanças, técnica é essencial, mas confiança é insubstituível.

Afinal, investir é um processo. E a diferença entre chegar ou se perder no caminho está, muitas vezes, em quem está ao seu lado.

Nos vemos na próxima edição.

— Paulo Cunha