Por iHUB 08 de setembro 2022
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Debate com investidores trouxe informações do setor e perspectivas de liberdade econômica para o futuro

Nos últimos dois anos, o brasileiro tem os seus olhos voltados para a economia. Uma crise de saúde única para gerações também ocasionou uma crise econômica que, se por um lado trouxe inflação e problemas em diversas áreas, do outro evidenciou a relevância do agronegócio brasileiro e a importância do Brasil avançar e ser um país com mais liberdade econômica para empreendedores conduzirem os seus negócios.

Em um encontro promovido pela iHUB Investimentos, Pedro Merola, acionista de grandes corporações do agronegócio como Zeus Agrotech e Fazenda Santa Fé, e Geanluca Lorenzon, secretário de acompanhamento econômico no Ministério da Economia, conversaram com investidores sobre o retrato dos últimos anos e as perspectivas para o futuro.

Otimistas com o papel de protagonismo do Brasil no cenário global, os especialistas compartilharam visões sobre os seus respectivos setores de atuação, além de traçar um panorama geral para o futuro da economia brasileira.

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Agro vive o seu melhor na história?

O agronegócio alcançou participação de 27,4% no PIB brasileiro em 2021, a maior desde 2004, quando foi de 27,53%, segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Pedro Merola argumenta que é difícil cravar que este é o melhor momento na história do setor, mas não se pode ignorar os avanços dos últimos anos.

“O agro não parou durante a pandemia, pelo contrário, teve um aumento de demanda não apenas pelo cenário interno, mas principalmente pelo cenário externo que demandou mais alimentos. O Brasil possui um papel fundamental na exportação de alimentos em todos os continentes, e tem condições de exportar ainda mais nos próximos anos”, comenta ele.

Atualmente, o agro brasileiro cresce 3,8% ao ano na produção de proteína animal, de acordo com Pedro Merola, um número acima da média mundial, o que mostra o potencial do setor no Brasil. Além disso, cada real de lucro movimenta R$26,00 no país, totalizando R$450 bi na economia.

Quando esses números são levados em uma perspectiva de futuro, o Brasil pode crescer 40% no agro em 10 anos, reduzindo a zero o desmatamento, segundo Merola.

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Liberdade econômica

Um dos temas mais abordados historicamente no país é a dificuldade para abrir um negócio, as “barreiras” que uma pessoa tem de passar para ter a oportunidade de empreender. 

No levantamento do Índice de Liberdade Econômica da Fundação Heritage de 2022, o Brasil subiu da 143° posição para a 133° entre 177 países. Os motivos para o crescimento estão, principalmente, em liberdade monetária (78,4 pontos), liberdade de negócios (63,2 pontos), eficácia judicial (57,2 pontos) e liberdade de trabalho (55,9 pontos).

Geanluca Lorenzon compartilhou durante o evento que um dos principais objetivos da equipe no ministério era otimizar e proporcionar um melhor ambiente de negócios para pequenos e médios empresários.

“Logo na chegada a meta era melhorar o ambiente de negócios no país, tornar mais simples e rápida a abertura de empresas. Sabemos da importância que o empreendedorismo tem na geração de empregos e o quão difícil é liderar um novo negócio, então era uma prioridade avançar nessa questão”, afirma.

Além disso, Geanluca apontou que, no futuro, muitas das medidas tomadas nos últimos dois anos serão constatadas, e que a liberdade econômica do Brasil tende a ser muito melhor do que a vista nos últimos anos.

“Liberdade econômica gera resultados para economia no longo prazo, com liberdade para empreender as pessoas vão construindo os seus negócios, gerando empregos e aquecendo a economia nacional, mas isso não é do dia pra noite, é preciso tempo para o país avançar, além de outras medidas que podem ser tomadas para continuar esse processo, semeando um ambiente melhor para o empreendedor brasileiro”, finaliza o especialista do Ministério da Economia.