Por Pedro Anspach 20 de setembro 2022
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Conheça os três principais pilares para a construção de um bom portfólio de investimentos

Um assunto que surge frequentemente em debates a respeito do mercado de capitais é a existência de uma fórmula perfeita para a criação de um portfólio de investimentos. Não é de hoje que diversos especialistas no assunto buscam incessantemente descobrir isso. 

Entretanto, atualmente já é comprovado que não existe uma alocação ideal. O que funciona são estratégias vencedoras que apresentam uma probabilidade superior de se obter sucesso frente a outros métodos no longo prazo. 

Em linhas gerais, para implementar boas estratégias é necessário sempre considerar três pilares: risco, retorno e liquidez. Baseando-se nessas vertentes, que são conhecidas como “tripé dos investimentos”,  esse artigo mostrará para você, investidor, um caminho simples para adotar essa tese, visando a otimização entre esses três conceitos.

Michael Batnick, gestor de patrimônios da Ritholtz diz: “Evitar erros catastróficos é mais importante do que construir o portfólio perfeito”. 

Abaixo está uma explicação sucinta do significado de cada um dos pilares para um bom portfólio:

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  • Risco: trata-se da variação esperada para um ativo. Quando o risco é alto isso significa que pode oscilar com intensidade em um curto espaço de tempo, tanto para o campo positivo como negativo.
  • Retorno: é o lucro ou prejuízo obtido com um investimento em determinado período. O resultado é dado em valores percentuais.
  • Liquidez: prazo definido para que seja possível resgatar os recursos investidos e convertê-los em dinheiro novamente. Assim sendo, quanto mais rápido e fácil for para vender um ativo, maior a sua liquidez.
O triângulo dos investimentos – A relação entre Rentabilidade, liquidez e  risco (ou segurança). - omeupatrimonio.com.br

O primeiro passo para iniciar um plano vencedor é ser assertivo quanto à definição do perfil de risco. Naturalmente, as pessoas têm graus de tolerância distintos a risco nos investimentos. Alguns suportam maiores oscilações e outros têm um certo bloqueio com ativos de volatilidade alta, o que é perfeitamente normal. 

Sabendo que as pessoas têm abordagens desiguais para risco, pode-se afirmar que é contraproducente alocar o dinheiro de investidores conservadores em ativos arriscados, assim como um perfil agressivo não é condizente com um portfólio de baixa volatilidade. 

Dada essa condição específica de cada indivíduo, é crucial encontrar o perfil de risco adequado. Caso o perfil escolhido não seja o correto, a chance de insucesso e retrabalho é elevada.

Após o perfil de risco estar corretamente atribuído, será conduzida uma análise considerando o segundo pilar, a liquidez. Isto é, saber exatamente quanto tempo o investidor pode ficar sem ter acesso ao dinheiro investido, considerando todas as possibilidades envolvidas no portfólio em um horizonte de no mínimo cinco anos. isso parece óbvio, mas na verdade, pode acabar em consequências irreversíveis. 

Leia também: Operação Rubi: entenda como ajudar a proteger seu investimento

Exemplificando o risco de liquidez: suponha um investimento feito por Edgar com prazo mínimo de quatro anos para resgate, sob qualquer circunstância. Passados dois anos, ainda na metade do ciclo, Edgar está precisando desesperadamente do valor para pagar as parcelas de um financiamento imobiliário, pois caso não honre os pagamentos será forçado a devolver o imóvel. 

Ou seja, Edgar se depara em uma situação com risco de perder sua residência, além de desperdiçar parte do valor pago nas parcelas anteriormente. Considerando os fatos, fica evidente como é fundamental o cuidado e planejamento para liquidez. 

Aprofunde-se mais sobre risco de liquidez neste texto da XP Investimentos clicando aqui.

Uma vez concluídos o planejamento de liquidez e o perfil de risco específico para determinado portfólio, chega a hora de se atentar ao retorno, o terceiro pilar. Todavia, é impossível saber qual será o retorno obtido antes do término investimento. Por isso, é necessário o uso de outro conceito na hora da escolha dos ativos: o retorno esperado. 

Respeitando os parâmetros de risco e liquidez previamente definidos, o objetivo passa a ser a seleção dos melhores ativos que irão compor um portfólio de investimentos. De uma forma mais simples, a ideia é escolher, dentro de um certo nível de risco, os ativos com o maior retorno esperado. 

Por exemplo, Rogério decidiu fazer um investimento e está avaliando duas alternativas: ativos X e Y. Ambos apresentam o mesmo patamar de risco, só que os retornos esperados são distintos. O ativo X tem um retorno esperado de 12,5% a.a., enquanto o Y tem uma expectativa de 14% a.a.. Logicamente, Rogério deve optar pelo ativo Y.

Através do exemplo exposto acima, é possível assimilar o conceito de Risco/Retorno. A explicação está no próprio nome, ou seja, qual é o comportamento do retorno esperado em função do risco do investimento. Deve-se sempre optar por aquele que apresenta a melhor relação Risco/Retorno para o portfólio de investimentos.

Caso queira “mergulhar” em Risco/Retorno, confira aqui uma matéria sobre o índice de sharpe, que mede justamente essa relação entre as duas variáveis.

De acordo com as recomendações  presentes  nesse texto, um grande passo será dado para agregar valor à estratégia de investimentos e proteger o patrimônio sem grandes esforços. Contudo, vale ressaltar, que ainda é possível através de estudo, elevar o nível técnico e enriquecer a análise.

Um bom conteúdo para se aprofundar em alocação de ativos, é a teoria das fronteiras eficientes de “Harry Max Markowitz”, economista americano. Conheça mais sobre o trabalho de Markowitz, clicando aqui.

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