Ibovespa reflete impacto da decisão do Copom

Divisão de decisões no Comitê de Política Monetária também impactou os juros e o câmbio

O Ibovespa registrou mais uma queda, impactado por preocupações no âmbito fiscal e pela recepção negativa de uma decisão dividida do Comitê de Política Monetária (Copom), afetando também o mercado de juros e câmbio. 

Paralelamente, Wall Street apresentou alta, impulsionada pelas declarações de membros do Federal Reserve (FED), que sinalizaram a ausência de planos futuros para o aumento de juros, retirando essa possibilidade do foco das discussões do colegiado.

Nos Estados Unidos, a Confiança do Consumidor de Michigan registrou uma queda surpreendente, passando de 76,0 para 67,4 pontos, um resultado que ficou aquém das expectativas do mercado, que projetavam um índice de 77,2 pontos.

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Na Europa, o Banco Central Europeu decidiu manter a taxa de juros estável, porém sinalizou possíveis reduções a partir de junho deste ano. Na China, o superávit comercial do país fechou o mês de abril em US$ 72,35 bilhões, ficando abaixo das expectativas, que eram de US$ 81,4 bilhões.

Cenário Local

No cenário econômico nacional, o Comitê de Política Monetária (Copom) promoveu um corte de 25 pontos-base na taxa Selic, ajustando-a para 10,50%. A decisão, marcada pela divisão de opiniões, foi definida pelo voto decisivo do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Em outra frente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um avanço de 0,38% em abril, superando as projeções de 0,35%. Esse aumento foi impulsionado, sobretudo, pelos segmentos de alimentação, saúde, cuidado pessoal e comunicação, enquanto o setor de habitação apresentou retração.

No âmbito do comércio, as vendas no varejo mantiveram-se estáveis em março. No entanto, quando observada a variação anual, houve um crescimento de 5,7%, ultrapassando a expectativa de 5,2% prevista pelo mercado. Este desempenho sinaliza uma resiliente dinâmica de consumo no território nacional.

Juros

A curva de juros experimentou uma abertura significativa, refletindo a reação negativa do mercado à recente deliberação do Comitê de Política Monetária (COPOM), marcada por divisões internas.

Câmbio e Commodities

Na última semana, o Real registrou uma marcante desvalorização, fenômeno este influenciado por um Comitê de Política Monetária (COPOM) que apresentou divisões internas.

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No mercado de commodities nesta semana, observou-se uma escalada nos preços do barril de petróleo, acompanhada por aumentos similares nos valores do gás natural e do ouro. Por outro lado, o minério de ferro apresentou um recuo em sua cotação.

Renda Fixa

No mais recente desdobramento do mercado financeiro, observou-se um movimento ascendente nas taxas de renda fixa, acompanhado por uma expansão na curva de juros. Em um cenário marcante, as taxas das Notas do Tesouro Nacional série B (NTNBs) ultrapassaram novamente o patamar de IPCA+6%, evidenciando um ajuste significativo nas expectativas dos investidores. Este fenômeno reflete as contínuas adaptações do mercado ante os cenários econômicos em constante evolução.

Perspectivas para a semana

A agenda econômica da semana destaca-se no Brasil pela divulgação da Ata do Copom e dados do crescimento anual e mensal do setor de serviços, assim como os balanços corporativos de empresas como BTG Pactual, Nubank, Natura, Multilaser, Petrobras, Marfrig, Dasa, Movida e JBS.

Nesta semana, o cenário econômico global será marcado pela divulgação de significativos indicadores macroeconômicos, com especial atenção voltada para os dados de inflação provenientes dos Estados Unidos e da Europa. Além disso, a China revelará novos números relacionados ao setor varejista e industrial, acompanhados da implementação de medidas adicionais de estímulo à economia.

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