Confira o desempenho do mercado financeiro em setembro
Mês começou quente e manteve a temperatura alta em quase todo o período, porém oscilou e Ibovespa fechou em -6,57%
Durante o mês de setembro, no Brasil, tivemos um clima de tensão na política entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que tomou conta do noticiário nos primeiros dias do mês e, mesmo arrefecendo com o passar dos dias, seguimos com dificuldades de avançar na resolução de questões econômicas, que impactam principalmente o cenário fiscal do país: o imbróglio dos precatórios, o avanço de reformas e privatizações, além das questões do aumento e possível extensão do Auxílio Emergencial.
Também pesaram sobre a economia a trajetória da inflação ainda ascendente e maiores preocupações com a crise hídrica.
Incertezas se traduzem em volatilidade e por isso tivemos um mês de bastante oscilação nos mercados, com o Ibovespa tendo seu pior desempenho desde o primeiro mês da crise do coronavírus em março de 2020, fechando setembro em -6,57%. O Real não escapou das pressões negativas e desvalorizou 5,3% frente ao Dólar.
Renda Fixa
As taxas de juros futuras seguiram projetando um ciclo mais intenso de alta da taxa Selic, que foi para 6,25% em setembro, além de todos os riscos já citados e as preocupações inflacionárias, haja vista o IPCA que está atualmente em 10,05% no período de 12 meses.
Internacional
No lado internacional, setembro mostrou que a pandemia segue gerando algumas incertezas para a atividade econômica, ainda assim não há indícios que teremos novos lockdowns, até mesmo pela nova postura dos governos de incentivar suas populações a se vacinarem.
Ao longo de setembro as maiores preocupações se tornaram (i) a crise energética em âmbito global, com a escassez de gás na Europa e de carvão na China; (ii) a retirada dos estímulos por parte do Fed (banco central americano) e demais bancos centrais; e (iii) o ritmo de desaceleração da economia chinesa, com destaque para o caso da empresa Evergrande que gerou tensões adicionais sobre o possível contágio para outros segmentos da economia do país.
Na reta final do mês o aumento dos Treasuries americanos de 10 anos para patamares acima de 1,5% e as discussões sobre o teto da dívida dos EUA, com os riscos de um shutdown nas atividades do governo federal, trouxeram ainda mais aversão a risco aos mercados e contribuíram para o S&P 500 fechar setembro em -4,82%.
Indicadores
CDI: +0,44%
IBOVESPA: -6,57%
S&P: -4,76%
Dólar: +5,3%
Equipe iHub Investimentos
Disclaimer: Este texto é um resumo de relatórios de análise reportados pela XP Investimentos
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