BC decide por corte na Selic, que fica em 12,25% a.a.
Mercado espera que o corte da taxa se mantenha em 0,50 pp até o final de 2023
Um novo corte na Selic já estava precificado pelo mercado para a reunião do Copom desta quarta-feira (01/11). O Banco Central (BC) não surpreendeu e decidiu realizar um novo corte na taxa de juros do país, que ficou a 12,25% ao ano, sendo a terceira queda consecutiva. A redução em 0,5% veio de acordo com a expectativa de analistas.
Em linha com a decisão do BC, o Boletim Focus de segunda-feira (30/10) mostrou que a previsão do IPCA para o final de 2023 é de 4,63%, enquanto o PIB ficou em 2,89% para o mesmo período e o órgão espera que a Selic esteja em 11,75% ao final do ano. A expectativa do dólar até o fim de 2023 é de R$5,00.
Uma pesquisa realizada pela XP Investimentos com 18 gestoras entre os dias 18 e 27 de outubro, mostrou que os analistas têm tido expectativas em linha com o Banco Central, tanto no corte da Selic até o final do ano como na revisão do IPCA e do PIB.
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Durante o dia (01/11), o Ibovespa, com a expectativa da Selic, permaneceu em alta de 1,69%, com abertura em 113.156 pontos e fechamento em 115.053 pontos. No último mês, o index apresentou estabilidade.
Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve (FED) decidiu manter a taxa básica de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano, em linha com as expectativas dos especialistas. Durante a Super Quarta, o dólar operou em baixa devido a expectativa pela decisão do FED.
Qual o futuro da Selic?
A Selic é a taxa que o Comitê de Política Monetária (Copom) utiliza para remunerar o investidor em seu principal título de investimento: o Tesouro Selic. Também conhecido por LFT (antiga Letra Financeira do Tesouro), é uma opção para o investidor que busca reserva de liquidez, além de ser o investimento com maior grau de segurança no país.
Um relatório divulgado pela Research XP em setembro de 2023 aponta qual o rumo dos investimentos quando a Selic está em queda.
“Diante de um cenário de taxas de juros baixas, a opção mais segura para garantir rentabilidades acima da taxa Selic é optar por investimentos que façam pagamento acima de 100% do CDI. Neste caso, é preciso ter muita atenção aos investimentos disponíveis, já que é preciso ter certeza que os riscos envolvidos não estejam fora do seu perfil de investidor.
Afinal, no mundo dos investimentos a regra é simples: quanto maior o risco, maior tende a ser o retorno. Ou seja: se você quer investir em opções mais rentáveis que a renda fixa, é preciso correr mais riscos.”
Renda variável ganha mais protagonismo
Em um ciclo de queda da Selic reforçado pelo terceiro corte consecutivo da taxa, os investidores costumam migrar parte dos investimentos para a renda variável, a qual pode voltar a ser considerada atrativa. Os ativos mais interessantes nesse setor no momento são:
Ações: Cada ação representa uma pequena “fatia” em uma empresa. No caso das companhias da B3 que pagam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), esses papéis são opções interessantes para a geração de renda.
Fundos imobiliários: fundos de investimento voltados a ativos imobiliários. Possuem diversos segmentos distintos, distribuídos entre as categorias de FIIs de papel, FIIs de tijolo e híbridos. A cada semestre, os FIIs precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos auferidos na forma de dividendos.
Porém, com a Selic ainda rendendo mais de 1% ao mês, mesmo com a queda, os investimentos em renda fixa continuam atrativos. Dentro disso, é interessante ao investidor considerar os títulos prefixados e indexados à inflação nos seus portfólios.
Estes títulos até o momento ainda permanecem com taxas elevadas, por conta do atual patamar de juros e, mesmo que a Selic continue em queda, ainda estará em um patamar alto até o final de 2023, em cerca de 11,75% de acordo com o Boletim Focus (18/09).
Leia também: Como operar minicontratos?
Para uma estratégia de médio prazo, com um pouco mais de risco, os títulos públicos e de crédito privado mais longos permitem que a venda seja realizada antes do vencimento com a possibilidade de ganhos maiores. Lembrando que, ganhos passados não são garantia de ganhos futuros e que cada ativo oferece riscos de acordo com suas características.
Além do Tesouro Direto, existem outros títulos de renda fixa bancários que podem ser encontrados nas remunerações prefixadas ou indexadas à inflação, e que podem somar ao portfólio do investidor de forma mais conservadora, como os CDBs (Certificado de Depósito Bancário), LCIs (Letra de Crédito Imobiliário), LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio) e LCs (Letra de Câmbio).
Para aqueles investidores moderados, há também títulos de crédito privado que podem ser encontrados nessas modalidades de remuneração e que permitem a estratégia de venda no mercado secundário:
1) DEB – Debêntures
2) CRI – Certificado de Recebíveis Imobiliários
3) CRA – Certificado de Recebíveis do Agronegócio
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