Por Diogo Santos 30 de maio 2022
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Confira o boletim semanal da última semana de maio

A semana passada trouxe certo alívio aos investidores do mercado norte americano. Após sete semanas seguidas de queda nas bolsas, S&P, Dow Jones e Nasdaq encerraram a semana no campo positivo com altas de 6,58%, 6,25% e 6,84%, respectivamente.

A volatilidade segue sendo a tônica do mercado, mas a expectativa de que a inflação dos Estados Unidos tenha atingido seu pico em março traz esperança ao mercado de que o FED – Banco Central Americano – não precise subir a taxa de juros além de 2,50%, que é considerada a taxa neutra para a economia.

O PCE, que é o índice utilizado pelo FED para monitorar a inflação do país, caiu de 5,2% em março para 4,9% em abril. Como consequência, as taxas de juros futuros das Treasuries de 10 anos recuaram para 2,74%, valor mais próximo da taxa neutra.

Diante disso, o mercado começa a questionar se as vendas massivas de ações que ocorreram ao longo das últimas semanas, impulsionadas pela expectativa de aumento na taxa de juros e que derrubaram as bolsas americanas, já tenham ido longe demais. 

Um reforço dessa tese é o fato de que neste ano o S&P já acumulou perda de -12,7%, além de ser negociado, há uma relação Preço/Lucro (P/L) 16,45 vezes, como parâmetro, em 2020, este indicador estava acima de 22.

Ainda é cedo para responder a questão, porém, na visão de alguns analistas, as altas de juros já estão estabelecidas no preço das ações, resta saber se haverá ou não recessão, pois neste caso ainda teria mais espaço para correções. 

Veja também o nosso boletim semanal no canal do YouTube do iHUB Lounge:

A ata da última reunião do FED reforçou seu tom de comprometimento com o combate da inflação, e adiantou que devem ocorrer dois aumentos de 0,50% nas próximas reuniões de junho e julho, afastando a crença de que o FED poderia surpreender com uma alta agressiva. 

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Se por um lado o receio de recessão, ou de estagflação, é motivo de preocupação dos economistas, por outro o consumo das pessoas segue elevado. A explicação é que devido aos fortes estímulos dados às pessoas durante a pandemia, somado à poupança das famílias, acabou permitindo que as pessoas continuassem a consumir normalmente.

Na China, embora o governo comece a dar sinais de uma afrouxada nos lockdowns, parece distante a possibilidade de que o país atinja sua meta de crescimento de 5,5% no PIB.

Os crescentes aumentos dos custos de matéria-prima e interrupções na cadeia de produção tem repercutido negativamente no setor industrial e os lucros das empresas deste setor apresentaram queda de -8,5% em abril.  

Cenário local 

No Brasil, a inflação também segue na pauta dos investidores e os últimos dados do IPCA-15 de maio, divulgados na semana passada, apresentaram alta de 0,59%, o maior valor para o mês desde 2016. 

Isto reforça a expectativa de alguns analistas que acreditam que o Banco Central seguirá aumentando os juros após julho, mês que alguns economistas acreditam ser o final do ciclo de alta.

Em relação às empresas da B3, o assunto do momento é a privatização da Eletrobras. Na última sexta-feira, a empresa protocolou na CVM o pedido de oferta pública, primária e secundária, que possibilitará a saída do governo, dando espaço para a desestatização da companhia. 

Esta oferta pode movimentar até R$30 bilhões de acordo com estimativas do Governo Federal e abre a oportunidade do investidor pessoa física investir em ações da empresa utilizando até 50% do seu saldo do FGTS. 

Veja mais sobre como investir na Eletrobras: Vale a pena usar o FGTS para comprar ações da Eletrobras? 

Confira como o mercado encerrou a semana

Fonte: Investing.com.br

Destaques do Ibovespa

Veja as empresas que mais valorizaram e as que mais se desvalorizaram na semana

Fonte: B3

O grande destaque positivo da semana foi para as ações da Cosan (CSAN3), o mercado reagiu positivamente ao evento realizado pela companhia, Cosan Day, no qual foi apresentado alguns planos para o futuro da empresa e as ações subiram 16,20%. Outra empresa que apresentou alta expressiva na semana foi a 3R Petroleum, segundo analistas esta alta se deve à valorização do barril de petróleo do tipo Brent, que subiu 6% e pelo anúncio de venda de contratos de gás natural produzidos nos polos Recôncavo e Rio Ventura.

Para o destaque negativo foram as ações do Banco Inter, a XP atribuiu a queda das ações a piora do ambiente econômico atual, como o aumento do endividamento das pessoas e a elevação das taxas de juros, o que aumenta os riscos de inadimplência da carteira de crédito do banco.

Câmbio e juros

O dólar encerrou a semana com queda de -3,03% em relação ao real, cotado em R$4,73/USD. 

Já a curva dos juros futuro DI com vencimento em janeiro de 2031, apresentou alta de 15bps na semana e atingiu o patamar de 12,14%. 

Confira outros assuntos que podem impactar seus investimentos essa semana

No cenário internacional, o destaque será para os dados de Payroll e a criação de novas vagas de trabalho no mercado americano. Outra informação aguardada é a divulgação da atividade na Zona do Euro em abril.

No Brasil, será divulgado o PIB do primeiro trimestre além do IGPM de maio e dados de emprego – Caged e Pnad.

Segue ainda o final da temporada de balanços na B3, confira quem divulgará seus números esta semana:

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