Balanços de Petrobrás e Ambev surpreendem, mas ainda assim a bolsa cai. O que esperar para esta semana?
Desempenho do mercado financeiro entre 24 e 30 de outubro de 2021
Abrindo o boletim semanal, confira o que aconteceu na última semana de outubro de 2021. Saiba no que ficar de olho na primeira semana de novembro.
O investidor brasileiro amarga mais uma semana de quedas na B3, questões políticas e econômicas estão no centro deste resultado.
A volatilidade mais uma vez deu às caras na B3 e nem os balanços de Petrobrás e Vale foram suficientes para levantar o ânimo dos investidores.
A petrolífera reportou um lucro líquido de R$31,142 bilhões de reais superando as expectativas dos analistas, mas o histórico de intervenções governamentais na empresa tem deixado o investidor receoso em relação ao papel.
O pano de fundo da volatilidade do mercado ainda é determinado pela questão fiscal do país. Segundo fontes levantadas pelo IHub Lounge isso tende a diminuir à medida que a PEC dos precatórios for votada. Se aprovada, a medida pode destravar cerca de R$91,6 bilhões para 2022.
A votação estava agendada para quarta-feira passada, 27 de outubro, mas foi adiada mais uma vez. A expectativa é de que seja votada nesta quarta-feira.
No campo macroeconômico a semana ficou pautada pelo aumento da Selic em 1,5 ponto percentual, passando, portanto, para 7,75% ao ano. Este que foi o maior aumento desde 2017, segundo o Bacen, foi necessário devido aos dados de atividade da economia virem abaixo da expectativa, além de uma maior inflação ao consumidor.
Saiba mais sobre o que está acontecendo no mercado financeiro
Mercados Internacionais
Na contramão do Brasil, o mercado americano segue subindo firmemente e o dólar se fortalecendo frente a outras moedas.
A temporada de balanços por lá tem demonstrado que as empresas estão conseguindo repassar o aumento de preço dos produtos aos consumidores. Isto têm garantido bons lucros, os índices Dow Jones, S&P e Nasdaq fecharam mais uma vez em máximas históricas.
Por outro lado, Jerome Powell, presidente do banco central americano, reafirma sua preocupação com a inflação do país no curto prazo. Segundo o próprio, ela deve persistir por mais tempo do que o esperado. Assim, o investidor deve estar atento a isto, porque impacta diretamente a economia brasileira.
Confira como o mercado encerrou a semana
Exterior mais uma vez testa máximas históricas e Ibov cai outra vez:
Destaques do Ibovespa
Veja as empresas que mais valorizaram e as que mais se desvalorizaram na semana
Ambev se destaca no campo positivo após a companhia divulgar lucro líquido de R$3,7 bilhões, 57,4% superior ao mesmo período do ano passado.
Já no campo negativo o destaque foi mais uma vez para as ações da companhia Azul linhas aéreas, seguida por Magazine Luiza.
Veja quais foram os destaques da semana
Câmbio
O dólar fechou a semana em queda de 0,19% em relação ao real, cotado em R$ 5,63/USD.
Recomendações dos analistas
XP faz alterações na perspectiva do Ibov
O estrategista-chefe da XP, Fernando Ferreira, divulgou em suas redes sociais que revisou a projeção para o Ibov, lançando o preço alvo para 122.000 pontos no meio de 2022. Anteriormente o analista previa 130.000 pontos já em dezembro de 2021.
Na sua visão a bolsa continua atrativa quando analisada por diversos ângulos, sendo um deles a relação preço/lucro das ações. Porém, destaca que se deve optar por ações defensivas e estar ciente do momento de alta volatilidade na bolsa.
Fernando destaca que em um cenário pessimista a bolsa chegaria em 98.000 pontos e no mais otimista 150.000 no meio de 2022.
XP faz alterações na sua principal carteira recomendada, XP Top 10
Saem Klabin (KLBN11) e Rede D’Or (RDOR3) e entram Gerdau (GGBR4) e Raia Drogasil (RADL3).
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Expectativas Macroeconômicas
O economista-chefe da XP corretora, Caio Megale, estima Selic em 9,25% ao final de 2021 e PIB de 5% ao final do ano. Veja as demais projeções abaixo:
Boletim FOCUS
Focus aponta para maior expectativa de inflação e menor crescimento do PIB.
Novamente o boletim FOCUS, relatório semanal que é divulgado pelo Banco Central, o qual é resultado de uma pesquisa com cerca de 140 instituições financeiras, mostra uma piora expressiva na expectativa dos agentes econômicos.
Há quatro semanas esperava-se que a inflação terminaria o ano em 8,51%, hoje essa expectativa subiu para 9,17%. Já em relação ao PIB, antes a expectativa era que o país ia crescer 5,04%, agora os especialistas acreditam num crescimento de 4,94%.
Veja abaixo os números do boletim FOCUS:
Iniciada a temporada de balanços do 3º trimestre
Veja, abaixo, a lista das empresas que divulgaram seus balanços esta semana:
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