Por iHUB 27 de novembro 2025
3 minutos de leitura
Leitor automatico
1x
1,5x
2x

Entenda quais os passos e possibilidades de investimentos fora do país

Investir em renda fixa nos EUA tem se tornado uma estratégia cada vez mais atrativa para investidores brasileiros que buscam diversificação, segurança e, potencialmente, retornos superiores aos oferecidos pelo mercado local. 

Mas a pergunta que não quer calar é: vale a pena investir em renda fixa nos EUA? A resposta, como em muitos casos no mundo dos investimentos, é sim, porém, com ressalvas, análise e um bom planejamento.

Por que considerar a renda fixa no exterior?

Primeiramente, a decisão de buscar oportunidades de renda fixa no exterior vai além de simplesmente encontrar um título com juros mais altos. Trata-se de uma estratégia de diversificação que protege o patrimônio contra riscos específicos do mercado local (como instabilidade econômica, política ou inflacionária).

O iHUB Conteúdos possui uma área exclusiva com e-books e planilhas para multiplicar os ganhos como investidor. A entrada na plataforma é gratuita clicando aqui!

Diversificação Geográfica e de Risco: Ao investir em ativos americanos, você expõe seu patrimônio a uma das economias mais estáveis do mundo, reduzindo a concentração de risco no Brasil.

Acesso a Moeda Forte (Dólar): Investimentos em dólar funcionam como uma proteção cambial (hedge). Quando o real se desvaloriza, o valor de seus ativos em dólar, em reais, aumenta.

Maior Liquidez Global: Muitos títulos de renda fixa nos EUA possuem uma liquidez global significativamente maior do que os títulos brasileiros.

Potenciais Taxas de Juros: Dependendo do ciclo econômico e das políticas do Federal Reserve (Fed), as taxas de juros americanas (como o Federal Funds Rate) podem oferecer retornos interessantes em comparação com a inflação local, garantindo um poder de compra mais estável.

Onde investir em renda fixa nos EUA?

Primeiramente, o mercado de renda fixa nos EUA é vasto e oferece diversas opções, cada uma com seu próprio perfil de risco e retorno.

Treasuries (Títulos do Tesouro Americano)

São os títulos de dívida emitidos pelo governo federal dos EUA, considerados um dos  investimentos mais seguros do mundo.

  • Treasury Bills (T-Bills): Curto prazo (até 1 ano).
  • Treasury Notes (T-Notes): Médio prazo (2 a 10 anos).
  • Treasury Bonds (T-Bonds): Longo prazo (mais de 10 anos).
  • Treasury Inflation-Protected Securities (TIPS): Títulos protegidos contra a inflação, onde o valor principal se ajusta ao CPI (Índice de Preços ao Consumidor).

Corporate Bonds (Debêntures Corporativas)

São títulos de dívida emitidos por empresas americanas. Oferecem retornos geralmente maiores que os Treasuries, mas possuem o risco de crédito da empresa (capacidade de pagar a dívida).

  • Investment Grade: Emitidas por empresas com alta classificação de crédito (mais seguras).
  • High-Yield Bonds (Junk Bonds): Emitidas por empresas com classificação de crédito mais baixa, oferecendo juros mais altos para compensar o maior risco.

Municipal Bonds

Títulos emitidos por estados, municípios e outras entidades governamentais locais dos EUA. O principal atrativo é a isenção de impostos federais (e, em alguns casos, estaduais e municipais) sobre os juros para residentes americanos. No entanto, para investidores não-residentes, essa vantagem fiscal pode ser diferente, exigindo análise.

ETFs de Renda Fixa (ETFs de Bonds)

São fundos de índice negociados em bolsa que investem em uma cesta de títulos de renda fixa nos EUA, proporcionando diversificação instantânea com baixo custo. É uma maneira atrativa de ganhar exposição a Treasuries, Corporate Bonds ou até títulos globais.

Leia também: Por que investir na carteira Top Dividendos da XP? 

Desafios e riscos para o investidor brasileiro

Ademais, apesar das vantagens, investir em renda fixa nos EUA envolve riscos e custos que devem ser considerados:

  • Risco Cambial (Inverso): Embora o dólar ofereça proteção, uma valorização significativa do real pode reduzir o retorno do investimento quando convertido de volta para a moeda brasileira.
  • Custo da Conversão (Spread e IOF): Há custos para converter reais em dólares, como o spread cobrado pela corretora/banco e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
  • Tributação (Imposto de Renda): A tributação no Brasil sobre os ganhos de capital e rendimentos de renda fixa no exterior é complexa e exige atenção. O IR incide sobre o ganho de capital e também sobre o rendimento (juros) na tabela progressiva ou fixa, dependendo do tipo de operação e do valor. Consulte sempre um especialista fiscal.
  • Risco de Taxa de Juros: Se as taxas de juros subirem, o valor de mercado dos títulos de renda fixa existentes (principalmente os de longo prazo) tende a cair, pois títulos novos serão emitidos com cupons mais altos.

Pode valer a pena, mas a renda fixa nos EUA não deve ser vista como um substituto completo para a renda fixa brasileira, mas sim como um componente fundamental da sua alocação estratégica global. Portanto, para começar, procure abrir conta em corretoras internacionais que ofereçam acesso direto a títulos e ETFs de renda fixa nos EUA. 

Ressaltamos que este texto serve somente como informação e não deve ser considerado como uma recomendação para comprar ou vender ativos de nenhuma natureza.

Antes de investir, é importante consultar um especialista. Preenchendo o formulário abaixo, um assessor da iHUB Investimentos, empresa parceira do iHUB Lounge, poderá te ajudar a construir uma carteira ideal para o seu perfil.