Fee Fixo ou Comissão: como é a remuneração do assessor de investimentos?
Entenda os modelos de remuneração, seja fee fixo ou comissão por produto, e como eles podem impactar o seu investimento
Ao buscar a ajuda de um assessor de investimentos, é fundamental entender como esse profissional é remunerado. O modelo de pagamento pode influenciar diretamente nas recomendações que você recebe.
Portanto, conhecer as opções é crucial para fazer uma escolha informada e transparente. Vamos explorar os principais modelos de remuneração, sendo eles: comissão, fee fixo e remuneração por performance.
Modelos de remuneração: Comissão por Produto e Fee Fixo
Primeiramente, existem dois modelos principais para a remuneração de assessores de investimento. O primeiro é a Comissão por Produto, o mais comum no Brasil. Então, neste modelo, o assessor recebe comissões embutidas nos produtos financeiros que o cliente adquire, como renda fixa, fundos, COEs, IPOs e ações com corretagem.
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As comissões são pagas pelo emissor do produto ou pela corretora, e não diretamente pelo cliente. É importante ressaltar que este modelo não significa, por si só, um conflito de interesse, mas exige total transparência e clareza por parte do assessor para com o cliente.
O segundo modelo é o Fee Fixo, ou consultoria. Nele, o cliente paga uma taxa anual, geralmente entre 0,5% e 1% do seu patrimônio investido, que é debitada mensalmente. Além disso, uma característica importante deste modelo é que o assessor não recebe comissões sobre os produtos. Portanto, isso pode permitir ao cliente o acesso a taxas melhores e a receber o cashback das comissões que seriam destinadas ao assessor.
Como calcular qual modelo é mais vantajoso
Uma forma inteligente de comparar os modelos é pedir ao seu assessor para calcular o ROA (Return on Assets). O ROA é a porcentagem que o assessor ganha anualmente com base no seu patrimônio. Por exemplo, se você tem R$1 milhão investido e o assessor gerou R$3.000 em comissões no ano, o ROA é de 0,30%.
Atualmente, a faixa média de ROA para investidores conservadores e moderados no Brasil fica entre 0,20% e 0,35% ao ano. Essa faixa costuma ser mais barata do que o fee fixo mínimo de consultorias, que geralmente começa em 0,5% a 1%. Portanto, calcular o ROA é um bom ponto de partida para decidir qual modelo é mais eficiente para você.
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A nova norma da CVM sobre comissões
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determinou que todo cliente tem o direito de solicitar à sua corretora um relatório detalhado com os valores de comissão recebidos pelo assessor em cada produto, incluindo Renda Fixa, COEs, Fundos, Bolsa, IPOs, etc.
Por fim, essa é uma medida crucial de transparência, dando ao investidor maior controle sobre seus investimentos. A dica é clara: “Se você ainda não pediu esse relatório, peça. Ele é seu direito e ajuda a investir com mais consciência.”
Como os produtos geram comissão
- Renda Fixa: As comissões vêm do spread embutido entre a taxa paga pelo emissor e a taxa final recebida pelo cliente. Então, no modelo de fee fixo, esse spread pode ser reduzido ou até zerado.
- COEs (Certificados de Operações Estruturadas): São produtos com estruturas complexas e geralmente comissões mais altas, exigindo muita atenção e clareza do assessor sobre os riscos envolvidos.
- Fundos de Investimento: A remuneração vem do rebate da taxa de administração e performance. No modelo de fee fixo, esse rebate é devolvido ao cliente como cashback.
- IPOs (Ofertas Públicas Iniciais): Os assessores podem ser comissionados pela distribuição das ações na oferta pública.
- Corretagem de Bolsa: A remuneração varia. Algumas corretoras repassam uma parte da corretagem por ordem executada, enquanto outras não. No modelo de fee fixo, isso não se aplica, mas o cliente ainda paga uma parte da corretagem.
Qual é o melhor modelo?
Portanto, a escolha do melhor modelo de remuneração depende de diversos fatores, como o seu perfil de investidor, o volume de patrimônio e a complexidade da carteira. O fee fixo tende a ser mais alinhado e transparente para clientes com maior patrimônio que buscam uma estrutura de consultoria.
Já a comissão pode ser mais vantajosa para clientes conservadores ou moderados, desde que o assessor garanta total transparência. Por fim, conclusão é que o melhor modelo é aquele onde você sabe exatamente como o profissional é remunerado e como isso impacta suas decisões de investimento.
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